"Creio em uma América do Norte onde a
separação da Igreja e do Estado seja absoluta - onde nenhum prelado católico
possa indicar a um presidente (caso este seja católico) a forma em que deveria
agir, e que nenhum ministro protestante deve dizer aos seus fiéis em quem
deverão votar - onde nenhuma igreja ou escola religiosa receba fundos públicos
ou preferência política - e onde não seja negado a ninguém um cargo público
meramente porque sua religião é diferente da do presidente que poderia nomeá-la
ou das pessoas que poderiam elegê-lo."
por John Kennedy
conforme citação em ‘Folha da Tarde’ Porto Alegre, Setembro de 1960
Em
nosso país, apesar de existir a separação constitucional entre a Igreja e o
Estado, infelizmente a atitude é bem outra, registando-se a mais triste
subserviência da maioria dos políticos ao clero, os quais, não obstante a
proibição da Carta Magna, carreiam somas astronômicas para os cofres da Igreja,
em flagrante e condenável desrespeito à nossa Lei Máxima.
Precisávamos
também no Brasil de uma atitude corajosa dos dirigentes da Nação, guardiães da Constituição,
no sentido de pôr cobro a tais abusos, fazendo cumprir rigorosamente e em
relação a todos os cultos religiosos as restrições constitucionais.
As
declarações do senador Kennedy abordam outros pontos também nevrálgicos, como a
intromissão do clero na política e o tratamento das escolas mantidas por
confissões religiosas.
Fonte:
Reformador (FEB) Fevereiro 1961
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