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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Ascenção



Ascensão

 16,19  Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. 
16,20  Os discípulos partiram e pregaram por toda a parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a Sua palavra com as curas que os acompanhavam.

                     
                Em “A Gênese”, de A. Kardec, lemos, em seu Cap. XV, para Mc (16,19-20):
                  
         “O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente atesta sua superioridade, foi a revolução que seus ensinos produziram no mundo, mau grado à exiguidade de seus meios de ação.

            Com efeito, Jesus, obscuro, pobre, nascido na mais humilde condição, no seio de um povo pequenino, quase ignorado e sem preponderância política, artística ou literária, apenas durante três anos prega sua doutrina; em todo esse curto espaço de tempo é desatendido e perseguido pelos seus concidadãos; vê-se obrigado a fugir para não ser lapidado; é traído por um de seus apóstolos, renegado por outro, abandonado por todos no momento em que cai nas mãos de seus inimigos.

            Só fazia o bem e isso não o punha ao abrigo da malevolência, que dos próprios serviços que ele prestava tirava motivos para o acusar.

            Condenado ao suplício que só aos criminosos era infligido, morre ignorado do mundo, visto que a História daquela época nada diz a seu respeito.

            Nada escreveu; entretanto, ajudado por alguns homens tão obscuros quanto ele, sua palavra bastou para regenerar o mundo; sua doutrina matou o paganismo onipotente e se tornou o facho da civilização.

             Tinha contra si tudo o que causa o malogro das obras dos homens, razão por que dizemos que o triunfo alcançado pela sua doutrina foi o maior de seus milagres, ao mesmo tempo que prova ser divina a sua missão.

            Se, em vez de princípios sociais e regeneradores, fundados sobre o futuro espiritual do homem, ele houvesse legado à posteridade alguns fatos maravilhosos, talvez hoje mal o conhecessem o nome.”

           

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Maria de Magdala



Maria de Magdala 

16,9  Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete obsessores.   


               Para Mc (16,9) - Maria de Magdala - leiamos  “Boa Nova”, de Humberto de Campos por Chico Xavier, onde coletamos a história dessa piedosa mulher que encarnou ao tempo que  Jesus fazia sua trajetória de luz sobre a Terra:

            “Maria de Magdala  ouvira as pregações do Evangelho do Reino, não longe da vila principesca onde vivia entregue a prazeres, em companhia de patrícios romanos, e tomara-se de admiração profunda pelo Messias.
            Que novo amor era aquele apregoada aos pescadores singelos por lábios tão divinos? Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se com o vinho de condenáveis alegrias. No entanto, seu coração estava sequioso e em desalento. Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes admiradores; mas seu espírito tinha fome de amor. O profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos. Depois que lhe ouvira a palavra, observou que as facilidades da vida lhe traziam agora um tédio mortal ao espírito sensível. As músicas voluptuosas não encontravam eco em seu íntimo, os enfeites romanos de sua habitação se tornaram áridos e tristes. Maria chorou longamente, embora não compreendesse ainda o que pleiteava o profeta desconhecido. Entretanto, seu convite amoroso parecia ressoar-lhe nas fibras mais sensíveis de mulher. Jesus chamava-lhe nas fibras para uma vida nova.
            Decorrida uma noite de grandes meditações e antes do famoso banquete em Naim, onde ela ungiria publicamente os pés de Jesus com os bálsamos perfumados de seu afeto, notou-se que uma barca tranquila conduzia a pecadora a Cafarnaum. Dispuseram-se a procurar o Messias, após muitas hesitações. Como a receberia o Senhor, na residência de Simão?  Seus conterrâneos nunca lhe haviam perdoado o abandono do lar e a vida de aventuras. Para todos, ela era a mulher perdida que teria de encontrar a lapidação na praça pública. Sua consciência, porém, lhe pedia que fosse. Jesus tratava a multidão com especial carinho. Jamais lhe observara qualquer expressão de desprezo para com a numerosas mulheres de vida equívoca que o cercavam. Além disso, desejaria trabalhar na execução de suas idéias puras e redentoras. Propunha-se a amar, como Jesus amava, sentir com os seus sentimentos sublimes. Se necessário, saberia renunciar a tudo. Que lhe valiam as jóias raras, os banquetes suntuosos, se, ao fim de tudo isso, conservava a sua sede de amor?!...
            Envolvida por esses pensamentos profundos, Maria de Magdala penetrou o umbral da humilde residência de Simão Pedro, onde Jesus parecia esperá-la, tal a bondade com que a recebeu num grande sorriso. A recém-chegada sentou-se com indefinível emoção a estrangular-lhe o peito.
            Vencendo, porém, as suas mais fortes impressões, assim falou, em voz súplice, feitas as primeiras saudações:
            - Senhor, ouvi a vossa palavra consoladora e venho ao vosso encontro!... Tendes a clarividência do céu e podeis adivinhar como tenho vivido! Sou uma filha do pecado. Todos me condenam. Entretanto, Mestre, observai como tenho sede do verdadeiro amor!... Minha existência, como todos os prazeres, tem sido estéril e amargurada...
            As primeiras lágrimas lhe borbulharam dos olhos, enquanto Jesus a contemplava, com bondade infinita. Ela, porém, continuou:
            Ouvi o vosso amoroso convite ao Evangelho! Desejava ser das vossas ovelhas; mas, será que Deus me aceitaria?
            O Profeta nazareno fitou-a, enternecido, sondando as profundezas de seu pensamento, e respondeu, bondoso:
            -Maria, levanta os olhos para o céu e regozija-te no caminho, porque escutaste a Boa Nova do reino e Deus te abençoa as alegrias! Acaso, poderias pensar que alguém no mundo estivesse condenado ao pecado eterna? Onde, então, o amor de  Nosso Pai? Nunca viste a primavera dar flores sobre uma casa em ruínas? As ruínas são as criaturas humanas; porém, as flores são as esperanças em Deus. Sobre todas as falências e desventuras próprias do homem, as bênçãos paternais de Deus descem e chamam. Sentes hoje esse novo Sol a iluminar-te o destino! Caminha, agora, sob a luz, porque o amor cobre a multidão dos pecados.
            A pecadora de Magdala escutava o Mestre, bebendo-lhe as palavras. Homem algum havia falado assim à sua alma incompreendida. Os mais levianos lhe pervertiam as boas inclinações, os aparentemente virtuosos a desprezavam sem piedade. Engolfada em pensamentos confortadores e ouvindo as referências de Jesus ao amor, Maria acentuou, levemente:
            No entanto, Senhor, tenho amado e tenho sede de amor!...
            -Sim - redarguiu Jesus - tua sede é real. O mundo viciou todas as fontes de redenção e é imprescindível compreenda que em suas sendas a virtude tem de marchar por uma porta muito estreita. Geralmente, um homem deseja ser bom como os outros, ou honesto como os demais, olvidando que o caminho onde todos passam é de fácil acesso e de marcha sem edificações. A virtude no mundo foi transformada na porta larga da conveniência própria. Há os que amam os que lhes pertencem ao círculo pessoal, os que são sinceros com os seus amigos, os que defendem seus familiares, os que adoram os deuses do favor. O que verdadeiramente ama, porém, conhece a renúncia suprema a todos os bens do mundo e vive feliz, na sua senda de trabalhos para  o difícil acesso às luzes da redenção. O amor sincero não exige satisfações passageiras, que se extinguem no mundo com a primeira ilusão; trabalha sempre, sem amargura e sem ambição, com os júbilos do sacrifício. Só o amor que renuncia sabe caminhar para a vida suprema!...
            Maria o escutava, embevecida. Ansiosa por compreender inteiramente aqueles ensinos novos, interrogou atenciosamente:
            -Só o amor pelo sacrifício poderá saciar a sede do coração?
            Jesus teve um gesto afirmativo e continuou:
            -Somente o sacrifício contém o divino mistério da vida. Viver bem é saber imolar-se. Acreditas que o mundo pudesse manter o equilíbrio próprio tão-só com os caprichos antagônicos e por vezes criminosos dos que se elevam à galeria dos triunfadores?  Toda luz humana vem do coração experiente e brando dos que foram sacrificados. Um guerreiro coberto de louros  ergue os seus gritos de vitória sobre os cadáveres que juncam o chão; mas, apenas os que tombaram fazem bastante silêncio, para que se ouça no mundo a mensagem de Deus. O primeiro pode fazer a experiência para um dia; os segundos constroem a estrada definitiva na eternidade. Na tua condição de mulher, já pensaste no que seria o mundo sem as mães exterminadas no silêncio e no sacrifício?  Não são elas as cultivadoras do jardim da vida, onde os homens travam a batalha?!... Muitas vezes, o campo enflorescido se cobre de lama e sangue; entretanto, na sua tarefa silenciosa, os corações maternais não desesperam e reedificam o jardim da vida, imitando a Providência Divina, que espalha sobre um cemitério os lírios perfumados de seu amor ...
            Maria de Magdala, ouvindo aquelas advertências, começou a chorar, a sentir no íntimo o deserto da mulher sem filhos. Por fim, exclamou:
            -Desgraçada de mim, Senhor, que não poderei ser mãe!...
            Então, atraindo-a brandamente a si, o Mestre acrescentou:
            -E qual das mães será maior aos olhos de Deus?  A que se devotou somente aos filhos de sua carne, ou a que consagrou, pelo espírito, aos filhos das outras mães?
            Aquela interrogação pareceu despertá-la para meditações mais profundas. Maria sentiu-se amparada por uma energia interior diferente, que até então desconhecera. A  palavra de Jesus lhe honrava o espírito; convidava-a a ser mãe de seus irmãos em humanidade, aquinhoando-os com os bens supremos das mais elevadas virtudes da vida. Experimentando radiosa felicidade em seu mundo íntimo, contemplou o Messias com os olhos nevoados de lágrimas e, no êxtase de sua imensa alegria, murmurou comovidamente:
            -Senhor, doravante renunciarei a todos os prazeres transitórios do mundo, para adquirir o amor celestial que me ensinastes! ... Acolherei como filhas as minhas irmãs no sofrimento, procurarei os infortunados para aliviar-lhes as feridas do coração, estarei com os aleijados e leprosos...
            Nesse instante, Simão Pedro passou pelo aposento, demandando o interior, e a observou com certa estranheza. A convertida de Magdala lhe sentiu o olhar glacial, quase denotando desprezo, e, já receiosa de um dia perder a convivência do Mestre, perguntou com interesse:
            -Senhor, quando partirdes deste mundo, como ficaremos?
             Jesus compreendeu o motivo e o alcance de sua palavra e esclareceu:
            -Certamente que partirei, mas estaremos eternamente reunidos em espírito. Quanto ao futuro, com o infinito de suas perspectivas, é necessário que cada um tome sua cruz, em busca da porta estreita da redenção, colocando acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em si mesmo. Observando que Maria, ainda opressa pelo olhar estranho de Simão Pedro, se preparava a regressar, o Mestre lhe sorriu com bondade e disse:
            -Vai, Maria!... Sacrifica-te e ama sempre. Longo é o caminho, difícil a jornada, estreita a porta; mas, a fé remove os obstáculos... Nada temas: é preciso crer somente!
            Mais tarde, depois de sua gloriosa visão do Cristo ressuscitado, Maria de Magdala voltou de Jesusalém para a Galiléia, seguindo os passos dos companheiros queridos.
            A mensagem da ressurreição espalhara uma alegria infinita.
            Após algum tempo, quando os apóstolos e seguidores do Messias procuravam reviver o passado junto ao Tiberíades, os discípulos diretos do Senhor abandonaram a região, a serviço da Boa Nova. Ao disporem-se os dois últimos companheiros a partir em definitivo para Jerusalém, Maria de Magdala, temendo a solidão da saudade, rogou fervorosamente lhe permitissem acompanhá-los à cidade dos profetas; ambos, no entanto, se negaram a anuir aos seus desejos. Temiam-lhe o pretérito de pecadora, não confiavam em seu coração de mulher. Maria compreendeu, mas lembrou-se do Mestre e resignou-se.  Humilde e sozinha, resistiu a todas as propostas condenáveis que a solicitavam para uma nova queda de sentimentos. Sem recursos para viver, trabalhou pela própria manutenção, em Magdala e Dalmanuta. Foi forte nas horas mais ásperas, alegre nos sofrimentos mais escabrosos, fiel a Deus nos instantes escuros e pungentes. De vez em quando ia as sinagogas, desejosa de cultivar a lição de Jesus; mas as aldeias da Galiléia estavam novamente subjugadas pela intransigência do judaísmo. Ela compreendeu que palmilhava agora o caminho estreito, onde ia só, com a sua confiança em Jesus. Por vezes, chorava de saudade, quando passeava no silêncio da praia, recordando a presença do Messias. As aves do lago, ao crepúsculo, vinham pousar, como outrora, nas alcaparreiras mais próximas; o horizonte oferecia, como sempre, o seu banquete de luz. Ela contemplava as ondas mansas e lhes confiava sua meditações.
            Certo dia, um grupo de leprosos veio a Dalmanuta. Procediam da Idumeia aqueles infelizes, cansados e tristes, em supremo abandono. Perguntaram por Jesus Nazareno, mas todas as portas se lhes fechavam. Maria foi ter com eles e, sentindo-se isolada, com amplo direito de empregar  a sua liberdade, reuniu-os sob as árvores da praia e lhes transmitiu as palavras de Jesus, enchendo-lhes os corações das claridades do Evangelho. As autoridades locais, entretanto, ordenaram  a expulsão imediata dos enfermos. A grande convertida percebeu tamanha alegria no semblante dos infortunados, em face de suas fraternas revelações  a respeito das promessas do Senhor, que se pôs em marcha para  Jerusalém, na companhia deles. Todo o grupo passou a noite ao relento, mas sentia-se que os júbilos do Reino de Deus agora os dominavam. Todos se interessavam pelas descrições de Maria, devoravam-lhe as exortações, contagiados de sua alegria e de sua fé. Chegados à cidade, foram conduzidos ao vale dos leprosos, que ficava distante, onde Madalena penetrou com espontaneidade de coração. Seu espírito recordava as lições do Messias e uma coragem indefinível se assenhoreara de sua alma. Dali em diante, todas as tardes, a mensageira do Evangelho reunia a turba de seus novos amigos e lhes dizia o ensinamento de Jesus. Rostos ulcerados enchiam-se de alegria, olhos sombrios e tristes tocavam-se de nova luz. Maria lhes explicava que Jesus havia exemplificado o bem até a morte, ensinando que todos os seus discípulos deviam ter ânimo para vencer o mundo. Os agonizantes arrastavam-se até junto dela e lhe beijavam a túnica singela. A filha de Magdala, lembrando o amor do Mestre, tomava-os em seus braços fraternos e carinhosos.
            Em breve tempo, sua epiderme apresentava, igualmente, manchas violáceas e tristes. Ela compreendeu a sua nova situação e recordou a recomendação do Messias de que somente sabiam viver os que sabiam imolar-se. E experimentou grande gozo, por haver levado aos seus companheiros de dor uma migalha de esperança. Desde a sua chegada, em todo o vale se falava daquele Reino de Deus que a criatura devia edificar no próprio coração. Os moribundos esperavam a morte com um sorriso ditoso nos lábios, os que a lepra deformara ou abatera guardavam bom ânimo nas fibras mais sensíveis.  Sentindo-se ao termo de sua tarefa meritória, Maria de Magdala desejou rever antigas afeições de seu círculo pessoal, que se encontrava, em Éfeso.  Lá estavam João e Maria, além de outros companheiros dos júbilos cristãos. Adivinhara que as suas últimas dores terrestres vinham muito próximas; então, deliberou pôr em prática seu humilde desejo.   
            Nas despedidas, seus companheiros de infortúnio material vinham suplicar-lhe os derradeiros conselhos e recordações. Envolvendo-os no seu carinho, a emissária do Evangelho lhes dizia apenas:       -Jesus deseja intensamente que nos amemos uns aos outros e que participemos de suas divinas esperanças, na mais extrema lealdade a Deus!...
            Dentre aqueles doentes, os que ainda se equilibravam pelos caminhos lhe traziam o fruto das esmolas escassas e as crianças  abandonadas vinham beijar-lhe as mãos.
            Na fortaleza de sua fé, a ex-pecadora abandonou o vale, através das estradas ásperas, afastando-se de misérrimas choupanas. A peregrinação foi-lhe difícil e angustiosa. Para satisfazer aos seus intentos recorreu à caridade, sofreu penosas humilhações, submeteu-se ao sacrifício. Observando as feridas pustulentas que substituíam sua antiga beleza, alegrava-se em reconhecer que seu espírito não tinha motivos para lamentações.  Jesus a esperava e sua alma era fiel.
            Realizada a sua aspiração, por entre dificuldades infinitas, Maria achou-se, um dia, às portas da cidade; mas, invencível abatimento lhe dominava os centros de força física. No justo momento se suas efusões afetuosas, quando o casario de Éfeso se lhe desdobrava à vista, seu corpo alquebrado negou-se a caminhar. Modesta família de cristãos do subúrbio recolheu-a a uma tenda humilde, caridosamente.
            Madalena pôde ainda rever amizades bem caras, consoante seus desejos. Entretanto, por largos dias de padecimentos debateu-se entre a vida e a morte.
            Uma noite, atingiram o auge as profundas dores que sentia. Sua alma estava iluminada por brandas reminiscências e, não obstante seus olhos se acharem selados pelas pálpebras intumescidas, via com os olhos da imaginação o lago querido, os companheiros da fé, o Mestre bem-amado. Seu espírito parecia transpor as fronteiras da eternidade radiosa. De minuto a minuto, ouvia-se-lhe um gemido surdo, enquanto os irmãos de crença lhe rodeavam o leito de dor, com as preces sinceras de seus corações amigos e desvelados. Em dado instante, observou-se que seu peito não mais arfava. Maria, no entanto, experimentava consoladora sensação de alívio. Sentia-se sob as árvores de Cafarnaum e esperava o Messias. As aves cantavam nos ramos próximos e as ondas sussurantes vinham beijar-lhe os pés. Foi quando viu Jesus aproximar-se, mais belo que nunca. Seu olhar tinha o reflexo do céu e o semblante trazia um júbilo indefinível, O Mestre estendeu-lhe as mãos e ela se prosternou, exclamando, como antigamente:
            -Senhor!...
            Jesus recolheu-a brandamente nos braços e murmurou:
             -Maria, já passaste a porta estreita!... Amaste muito!  Vem!  Eu te espero aqui!

terça-feira, 26 de março de 2019

A oferta de uma viúva



A Oferta de uma Viúva

Mc 12,41  Jesus sentou-se defronte da caixa de esmolas e observava como o povo colocava dinheiro nela; muitos ricos depositavam grandes quantias...
12,42  chegando um pobre viúva, lançou duas pequenas moedas de valor e pequeno. 12,43  E  Ele  chamou  seus  discípulos  e disse-lhes:  “ -Em verdade vos digo, esta pobre viúva ofertou mais do que todos os que depositaram na caixa; 
12,44  porque todos colocaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento.”
        
         Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de A. Kardec, lemos, em seu cap. XIII, o trecho que segue, para Mc (12,41-44):
                  
            “Muitas pessoas lamentam não poderem fazer tanto bem quanto o gostariam, por falta de recursos suficientes, e se desejam a fortuna é, dizem elas, para dela fazerem um bom uso. A intenção é louvável sem dúvida, e pode ser muito sincera em alguns; mas é certo que seja em todos completamente desinteressada? Não há aqueles que, desejando mesmo fazer o bem aos outros, estariam bem contentes em começar a fazê-lo a si mesmos, de se darem algumas alegrias a mais, de se proporcionarem um pouco um pouco do supérfluo que lhes falta, sob a condição de darem o resto aos pobres? Essa segunda intenção, dissimulada, mas que encontrariam no fundo do coração se quisessem nele rebuscar, anula o mérito da intenção, porque... a verdadeira caridade pensa nos outros antes de pensar em si.”

            Para Mc (12,43) - A Oferta de uma Viúva - leiamos “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            Abracemos, felizes, as atividades obscuras que a vida nos reserve. Grande é o sol que sustenta os mundos e grande é a semente que nutre os homens.

            Engenheiros planificam a estrada, consultando livros preciosos no gabinete e, a breve tempo, larga avenida pode surgir da selva. Entretanto, para que a realização apareça, tarefeiros abnegados removem estorvos do solo e transpiram no calçamento.

            Urbanistas esboçam a planta de enorme edifício, alinhando traços nobres, ante a mesa tranquila e é possível que arranha-céu se levante, pressuroso, acolhendo com segurança numerosas pessoas. Todavia, afim de que a obra se erga, esfalfam-se lidadores suarentos, na garantia dos alicerces.

            Técnicos avançados estruturam as máquinas que exaltam a industria e, com elas, é provável se eleve o índice da evolução de povos inteiros. No entanto, para que isso aconteça, é indispensável que operários valorosos exponham as próprias vidas, junto de fornos candentes de ferro e aço.

            Negociantes de prol arregimentam os produtos da terra e por eles, conseguem formar a economia e o sustento de grandes comunidades. Mas semelhante vitória comercial exige que anônimos semeadores chafurdem as mãos no limo da gleba.

            Não perguntes “quem sou eu?”, nem digas “-nada valho!”.

            Honremos o serviço que invariavelmente nos honra, guardando-lhe fidelidade e ofertando-lhe as nossas melhores forças, ainda mesmo quando se expresse, através de ocupação, supostamente esquecida na retaguarda.

            Nos princípios que regem o Universo, todo trabalho construtivo é respeitável. Repara esse dispositivo da Lei Divina funcionando em ti próprio.

            Caminha e pensas de cabeça içada à glória do firmamento, contudo, por ti mesmo, não avançarás para a frente, sem a humildade dos pés.”

terça-feira, 19 de março de 2019

Cura de um cego


Cura
de Um Cego

8,22  Chegando eles a Betsaida, trouxeram-Lhe um cego e suplicaram-Lhe que o tocasse. 
8,23  Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhes as mãos, perguntou-lhe: “ -Vês alguma coisa?”
8,24  O cego levantou os olhos e respondeu: -Vejo os homens como árvores que andam! 8,25  Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos, e ele começa a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe. 
8,26  E mandou-o para casa, dizendo-lhe: “ -Não entres nem mesmo na aldeia.”

                     
                Em “A Gênese”, de A. Kardec, lemos, em seu  cap. XV,  o  trecho  que   se   segue,   para  Mc (8,22-26) -Cura de um Cego:

         “Aqui, é evidente o efeito magnético; a cura não foi instantânea, porém gradual e consequente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de ótica, os objetos lhes parecem de tamanho exagerado.”

            Para  Mc (8,22-26) - Cura de um cego  - leiamos Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas (FEB)”:

            Jesus nunca se achava só. Estava sempre acompanhado. A recomendação que fez dizia respeito à visão do cego.

         Da primeira vez que lhe impôs as mãos, deu-lhe o Mestre a vista espiritual. Viu ele então os Espíritos que em torno daquele se grupavam e que lhe pareceram homens de gigantescas proporções. Pela segunda imposição das mãos, Jesus lhe curou os órgãos animais, passando ele a ver os outros homens, seus semelhantes. Fora-lhe restituída a visão corporal.

         Aquela, a espiritual, se desenvolvera pela ação dos Espíritos que cercavam o Mestre, os quais fizeram que o homem se tornasse, na ocasião, vidente, desembaraçando-lhe da matéria o Espírito.

         A explicação desse fenômeno, que foi de desprendimento, é a mesma dos fenômenos magneto-espíritas, ou seja: dos fenômenos devidos não só ao magnetismo espiritual, mas também ao magnetismo empregado com o fim de desenvolver a visão espiritual. Pelo contato dos fluidos humanos que o circunvolvem, o Espírito adquire maior força; seu perispírito, ou duplo, forrando-se, por assim dizer, aos eflúvios perispiríticos que o rodeiam, pode subtrair-se ao corpo que o retém, o que lhe permite recobrar, momentaneamente, uma certa liberdade.”

                     

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

'A Cura de um cego' (a palavra de Marcos)


Cura
de Um Cego

8,22  Chegando eles a Betsaida, trouxeram-Lhe um cego e suplicaram-Lhe que o tocasse. 8,23  Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhes as mãos, perguntou-lhe: “ -Vês alguma coisa?”        
8,24  O cego levantou os olhos e respondeu: -Vejo os homens como árvores que andam! 8,25  Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos, e ele começa a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe. 8,26  E mandou-o para casa, dizendo-lhe:         “ -Não entres nem mesmo na aldeia.”

                     
               Em “A Gênese”, de A. Kardec, lemos, em seu  cap. XV,  o  trecho  que   se   segue,   para  Mc (8,22-26) -Cura de um Cego:

          “Aqui, é evidente o efeito magnético; a cura não foi instantânea, porém gradual e conseqüente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de ótica, os objetos lhes parecem de tamanho exagerado.”

            Para  Mc (8,22-26) - Cura de um cego  - leiamos Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas (FEB)”:

            “Jesus nunca se achava só. Estava sempre acompanhado. A recomendação que fez dizia respeito à visão do cego.

          Da primeira vez que lhe impôs as mãos, deu-lhe o Mestre a vista espiritual. Viu ele então os Espíritos que em torno daquele se grupavam e que lhe pareceram homens de gigantescas proporções. Pela segunda imposição das mãos, Jesus lhe curou os órgãos animais, passando ele a ver os outros homens, seus semelhantes. Fora-lhe restituída a visão corporal.

          Aquela, a espiritual, se desenvolvera pela ação dos Espíritos que cercavam o Mestre, os quais fizeram que o homem se tornasse, na ocasião, vidente, desembaraçando-lhe da matéria o Espírito.

          A explicação desse fenômeno, que foi de desprendimento, é a mesma dos fenômenos magneto-espíritas, ou seja: dos fenômenos devidos não só ao magnetismo espiritual, mas também ao magnetismo empregado com o fim de desenvolver a visão espiritual. Pelo contato dos fluidos humanos que o circunvolvem, o Espírito adquire maior força; seu perispírito, ou duplo, forrando-se, por assim dizer, aos eflúvios perispiríticos que o rodeiam, pode subtrair-se ao corpo que o retém, o que lhe permite recobrar, momentaneamente, uma certa liberdade.”


                       

domingo, 7 de julho de 2013

'A Cura de um Cego' - a palavra de Marcos



Cura de Um Cego

8,22  Chegando eles a Betsaida, trouxeram-Lhe um cego e suplicaram-Lhe que o tocasse. 8,23  Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhes as mãos, perguntou-lhe:  "-Vês alguma coisa?”
 8,24 O cego levantou os olhos e respondeu: -Vejo os homens como árvores que andam! 8,25  Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos, e ele começa a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe.
8,26  E mandou-o para casa, dizendo-lhe: “ -Não entres nem mesmo na aldeia.”            

                       
               Em “A Gênese”, de A. Kardec, lemos, em seu  cap. XV,  o  trecho  que   se   segue,   para Mc (8,22-26) - Cura de um Cego:

          “Aqui, é evidente o efeito magnético; a cura não foi instantânea, porém gradual e consequente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de ótica, os objetos lhes parecem de tamanho exagerado.”

            Para  Mc (8,22-26) - Cura de um cego  - leiamos Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas”:

            “Jesus nunca se achava só. Estava sempre acompanhado. A recomendação que fez dizia respeito à visão do cego.

            Da primeira vez que lhe impôs as mãos, deu-lhe o Mestre a vista espiritual. Viu ele então os Espíritos que em torno daquele se grupavam e que lhe pareceram homens de gigantescas proporções. Pela segunda imposição das mãos, Jesus lhe curou os órgãos animais, passando ele a ver os outros homens, seus semelhantes. Fora-lhe restituída a visão corporal.

            Aquela, a espiritual, se desenvolvera pela ação dos Espíritos que cercavam o Mestre, os quais fizeram que o homem se tornasse, na ocasião, vidente, desembaraçando-lhe da matéria o Espírito.

            A explicação desse fenômeno, que foi de desprendimento, é a mesma dos fenômenos magneto-espíritas, ou seja: dos fenômenos devidos não só ao magnetismo espiritual, mas também ao magnetismo empregado com o fim de desenvolver a visão espiritual. Pelo contato dos fluidos humanos que o circunvolvem, o Espírito adquire maior força; seu perispírito, ou duplo, forrando-se, por assim dizer, aos eflúvios perispiríticos que o rodeiam, pode subtrair-se ao corpo que o retém, o que lhe permite recobrar, momentaneamente, uma certa liberdade.”

terça-feira, 1 de maio de 2012

'O Grão que Germina Sozinho'



O Grão 
que Germina Sozinho

4,26  Dizia também: “O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra
4,27  Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente cresce, sem ele o perceber
4,28  Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga.
4,29  Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita.” 

         Para Mc (4,26) - O grão que germina sozinho...- reproduzimos “Livro da Esperança”, de Emmanuel por Chico Xavier: 
                  
         “Para considerar a importância do trabalho, relacionemos particularmente algumas das calamidades da inércia, no plano da natureza.

            A casa longamente desabitada afasta-se da missão de albergar os que vagueiam sem teto e, em seguida, passa à condição de reduto dos animais inferiores que a mobilizam por residência.

            O campo largado em abandono furta-se ao cultivo dos elementos nobres, necessários à inteligência na Terra e transforma-se, gradativamente, em deleitoso refúgio da tiririca.

            O poço de águas trancadas foge de aliviar a sede das criaturas, convertendo-se para logo em piscina de vermes.

            O arado ocioso esquece a alegria de produzir e, com o decurso do tempo, incorpora em si mesmo a ferrugem que o desgasta.

            A roupa que ninguém usa distancia-se da tarefa de abrigar quem tirita de frio ao relento e faz-se, pouco a pouco, a moradia da traça que a destrói.

            O alimento indefinidamente guardado sem proveito deixa a função que lhe cabe no socorro aos estômagos desnutridos e acaba alentando os agentes da decomposição em que se corrompe.

            Onde estiveres, lembra-te de que a vida é caminhada, atividade, progresso, movimento e incessante renovação para o Bem Eterno.

            Trabalho é o infatigável descobridor.

            Transpõe dificuldades, desiste da irritação, olvida mágoas, entesoura os recursos da experiência e prossegue adiante.

            Quem persevera na preguiça, não somente deserta do serviço que lhe compete fazer, mas abre também as portas da própria alma à sombra da obsessão em que fatalmente se arruinará.”



terça-feira, 13 de março de 2012

Com a medida que medirdes...


Com
a medida
 que medirdes...

4,21  Dizia-Lhe ainda: “Traz-se, porventura, a lamparina para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?
4,22  Porque nada há oculto, que não deva ser descoberto; Nada secreto que não deva ser publicado.
4,23  Se alguém tem ouvidos para ouvir,  que  ouça.”  
4,24  Ele   prosseguiu: “Atentai vós que ouvis: Com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e, ainda se vos acrescentará. 4,25  Pois, ao que tem, se lhe dará, e, ao que não tem, se lhe tirará até o que tem!”    


         Para  Mc (4,24) - Com a medida que medirdes...- reproduzimos “Bênção de Paz”, de Emmanuel por Chico Xavier: 
                    
            “O ofensor apareceu diante de ti à maneira de um teste de aprimoramento moral. Injuriou-te o nome. Zombou-te dos brios.   Gritou-te ameaças.   Golpeou-te os sentimentos. Desafiou-te a capacidade de tolerância.  Apedrejou-te os ideais. Escarneceu-se dos propósitos.  Torturou-te o pensamento.

            Disse Jesus: “Ama os teus inimigos”, mas não recomendou que os tomássemos por modelos de serviço e conduta, quando os nossos opositores se afeiçoem ao mal.

            Mentaliza um homem estirado no charco. É razoável lhe estendas a mão, no fito de socorrê-lo; entretanto, nada justifica te afundes, por isso, conscientemente no barro.

            É preciso salvar as vítimas do incêndio, mas a vida não te pede o mergulho desamparado nas chamas.

            O adversário é sempre alguém digno do auxílio ao nosso alcance, mas, nem sempre, com desculpa de amor, devemos fazer aquilo que ele estima fazer.  ”

            Da mesma fonte e com referência a igual versículo de Marcos, temos:

            “Frequentemente lastimamos enganos de que somos vítimas ou deploramos obstáculos desvinculados de advertências edificantes que nos enriquecem a alma. Esperamos que amigos nos evitem aborrecimentos, que instrutores nos garantam o passo... As leis que nos regem, contudo, se expressam por evolução, crescimento, disciplina, responsabilidade.

            Uma criança, nos primeiros tempos da experiência física, decerto contará com o amparo materno ou com o auxílio de pajens dedicados, a fim de equilibrar-se nos próprios pés; todavia, o tempo desenvolver-lhe-á entendimento e forma, situando-a na idade da razão.

            Chegada a esse ponto a criatura já não pode refugiar-se no regaço alheio para obter apoio e condução. Colocada entre os adultos que gravitam em torno de interesses variados, é compelida a defrontar-se com os problemas que lhe digam respeito, de modo a resolvê-los, com vistas a própria sublimação espiritual.

            Imperioso, dessa forma, que não se renda culto à desatenção nos caminhos da vida. Nos menores e maiores acontecimentos do cotidiano é preciso saibamos analisar, de raciocínio sereno, que sugestões edificantes a fé nos proporciona ou que lições vivas a experiência nos traz.

            Imaginemos alguém atravessando a via pública sem a menor consideração para com os avisos do trânsito, ou contraindo dívidas sem a mínima ideia de que responderá pelos próprios atos. Claramente que, por fim, esbarrará com desastre e insolvência.

            Assim também na vida moral.

            Ninguém vive acertadamente sem ponderação, equilíbrio, discernimento, autoexame. Reflitamos em nossos compromissos, deveres, tarefas, necessidades. Para que nos premunamos contra disparate e imprudência, Jesus foi persuasivo, exortando-nos pelos apontamentos de Marcos: “Atentai vós que ouvis”.”

            Para  Mc (4,25) - ..ao que não tem até  o  que  tem  lhe  será  tirado!  -   leiamos  “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Reflitamos  em  alguns  quadros da  vida:

- a quem se consagra ao serviço, mantendo o trabalho, mais progresso;

- a quem auxilia o próximo, mantendo a fraternidade, mais recursos;

- a quem respeita o esforço alheio, mantendo a colaboração em louvor do bem, mais estima;

- a quem estuda, mantendo a instrução geral, mais cultura;

- a quem cultiva compreensão, mantendo a concórdia, mais clareza;

- a quem confunde os outros, mantendo a obscuridade, mais sombra;

- a quem se queixa, mantendo o azedume, mais desânimo;

- a quem se irrita, mantendo a agressividade, mais desespero;

- a quem cria dificuldades, no caminho dos semelhantes, mantendo obstáculos, mais problemas.

            Na mesma diretriz, quem se empenha a compromissos, mantendo dívidas novas, mais deveres e a quem solve obrigações, mantendo novos créditos, mais direitos.

            Nós todos - os espíritos em evolução - temos algo a planejar e realizar, suprimir e aperfeiçoar no mundo de nós mesmos.

            A Doutrina Espírita, desenvolvendo o ensino do Cristo, demonstra que, em toda parte, nas realidades do espírito, daquilo que habitualmente mantemos teremos sempre mais.”