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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Evangelho e Vida

 

 EVANGELHO e VIDA

 

No mundo de hoje, há boa vida e há vida boa.

Boa vida é bem estar.

Vida boa é estar bem.

Por isso, temos criaturas de boa vida

 e criaturas de vida boa.

A boa vida tem rastros de sombra.

A vida boa apresenta marcas de luz.

A desordem favorece a boa vida.

A ordem garante a vida boa.

Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.

Bom exemplo assegura vida boa.

Preguiça mora na boa vida.

Trabalho brilha na vida boa.

Ignorância escurece a boa vida.

Educação ilumina a vida boa.

Egoísmo alimenta a boa vida.

Caridade enriquece a vida boa.

Indisciplina é objetivo da boa vida.

Disciplina é roteiro da vida boa.

Vejamos as lições do Evangelho:

Madalena, obsidiada, perdera-se nos enganos da boa vida, mas, encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para a vida boa.

Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.

Judas, o discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.

Simão Pedro, a apóstolo receoso, tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão, desde o dia do Pentecostes.

Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida boa, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.

Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.

Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.

 Scheilla

(por Chico Xavier em “Comandos do Amor” Ed. IDE)

 


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Luz no Lar



Luz no Lar
Scheilla (Espírito)
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Dezembro 1952

Se a tempestade nos devasta as plantações, não nos esqueçamos do Espaço Divino do Lar, onde o canteiro de nossa boa vontade na vinha do Senhor, deve e pode florir para a frutificação, a benefício de todos.

Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho.

O Lar é o coração do organismo social. Em casa, começa nossa missão no mundo.

Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.

Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus.

O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.

Não há serviço da fé viva, sem aquiescência e concurso do coração.

Se possível, continuemos trabalhando sob a tormenta, removendo os espinheiros da discórdia ou transformando as pedras do mal em flores de compreensão, suportando, com heroísmo, o clima do sacrifício, mas se a ventania nos compele a pausas de repouso, não admitamos o bolor do desânimo nos serviços iniciados.

Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, “onde estiverem dois ou três corações reunidos em Seu Nome” ai estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.

sábado, 2 de agosto de 2014

Entes inesquecíveis


Entes
Inesquecíveis
Scheilla
por W. Vieira
Reformador (FEB) Novembro 1962

            Tu que hoje recebes o consolo e a orientação do ensino redivivo do Senhor, em espírito e Verdade, lembra-te amorosamente dos companheiros que retornaram, antes de ti, à Pátria Espiritual, muitos deles presentemente em amargurosos conflitos consigo mesmos.

            Legiões de irmãos desencarnados somente conseguem renovar o próprio destino, pejado de sombra, com as vibrações mentais de carinho e de apoio que lhes são endereçados pelos corações que lhes iluminam a memória na esfera dos homens.

            O teu próximo igualmente vive do lado de cá...

            O parente e o amigo que já partiram, não desapareceram...

            Encasulado que ainda te encontras na carne, não sigas indiferente à vida diversa em que te aguardam, necessitados de simpatia.

            Quantos deles te ensinaram! Quantos te serviram....

            Muitas das tuas brilhantes conquistas de agora foram levantadas na base das vigílias, das aflições, do suor e das lágrimas que sofrerem...

            Agradece-lhes a solicitude e o devotamento.

            Sê reconhecido à boa vontade daqueles que te instruíram.

            Falta eventual de notícias não exprime constante ausência.

            Entre os que ficam na Terra e os que demandam o Além, as relações pessoais continuam.

            Todas as almas afins já viveram milênios em comunhão afetiva e prosseguirão vivendo reunidas na Eternidade, que, aliás, nos expressa o caminho para a ascensão comum.

            Reencontrarás, proximamente, todos os que se foram...

            Não lhes removas a presença do templo íntimo.

            Não só as ondas emocionais de recriminação ou sarcasmo lhes torturam a vida, mas também o esquecimento e a frieza lhes martirizam as fibras da alma.

            Através da lembrança, envia-lhes motivações de estímulo e coragem que lhes soergam as forças!..

            Tua mensagem mental de ternura e gratidão ser-lhes-á abençoada luz no nevoeiro, porta aberta à libertação, vigorosa energia ao refazimento.

            Reconfortam-se em tuas meditações.

            Socorrem-se no culto de amor que lhes consagras.

            Aliviam-se em tuas preces.

            Mentaliza construtivamente todos aqueles que relacionas como sendo os teus queridos finados, os teus entes inesquecíveis, os mortos imaginários que te encharcam a alma de fel e pranto, fazendo que a tua saudade possa render bons pensamentos, em favor deles, por intermédio das boas obras.

            Se hoje não lhes consegues ver a forma nem auscultar lhes as dores íntimas, tanto quanto ontem, podes amparar e atender aos desventurados que te renteiarm os passos na existência diária, por eles considerados qual nova família do coração.

            Faze da caridade incansável o ponto marcado de reencontro ideal, cada dia, com todos eles, e interroga a ti mesmo:

            - De quantos não sou cúmplice dos enganos e das quedas que neste momento os fazem chorar?


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maria visita Isabel


Maria Visita Isabel                           

         
     1,40 Maria entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel 1,41 Ora, tão logo Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou sob a influência de um espírito e 1,42 exclamou, em voz alta: - Bendita és entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 1,43  Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 1,44 Pois, assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, A criança estremeceu de alegria no meu ventre! 1,45 Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor foram ditas!1,46 E Maria disse:  - Minha alma glorifica ao Senhor, 1,47 Meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, 1,48  porque olhou para sua serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem aventurada todas as gerações, 1,49 porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome deve ser preservado. 1,50 Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem 1,51 Manifestou o poder de seu braço. Desconcertou os corações dos soberbos. 1,52 Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. 1,53  Saciou de bens os indigentes e despediu, de mãos vazias, os ricos. 1,54 Acolheu a Israel, seu servo, lembrado em sua misericórdia, 1,55 conforme prometera a nosso Pai, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. 1,56  Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois, voltou para casa.

         Muitos são os espíritos superiores que mantém, em suas comunicações com a Terra, a identidade feminina. A apresentação de trabalhos de alguns desses Espíritos foi a forma que encontramos para mandar-lhes nosso mais sincero preito de amor.
           

    Maria!,
 por Bella Pedreira, conforme lida em Reformador, página 77, ano 1933:
           
            Ó meiga e suave Maria! És o lírio imaculado que floriu nas campinas verdejantes da Palestina.

            Alma cândida e cheia de bondade, violeta singela e perfumada, foste escolhida para a maior e mais santa de todas as missões: Mãe de Jesus, o Ungido de Deus.

            E como soubeste, Maria, desempenhar tão bem essa missão! Foste esplendidamente humilde, assumindo tão sublime investidura. Incarnaste com magnificência e esplendor a mãe de que o Cristo precisava, aqui na Terra, para o desempenho da sua ingente tarefa. Assimilaste com perfeição o papel que o Pai te reservou.

            Boa e humilde, amorável e carinhosa, resignada e forte, tu te colocaste, Maria, no lugar de Mãe da Redenção.

            Quando Jesus se aproximava de ti, sabias dar-lhe todo o amor do teu excelso coração materno. Amenizavas com o teu carinho e com a tua suavidade as dores que os homens maus e egoístas lhe infligiam. Quando, porém, o Senhor precisava agir, sabias tão bem esconder-te, tal como a mimosa violeta que humildemente se oculta entre as folhagens, revelando-se, todavia, pelo doce perfume, que exala, embalsamando os ares! Ele, então, atuava livremente, acompanhado sempre pelo teu divino coração, onde se ia conferindo tudo o que com ele se relacionava.

            Como mãe extremosa, quantos sofrimentos, quantas dores suportaste! Mas, nem uma só vez o perturbaste com teus queixumes, nem com tuas lágrimas. Sabias, Maria, guardar, sopitar no teu íntimo todas as angústias e torturas que trespassavam a tua alma de eleita.

            Quando os homens foram ao extremo de crucificar o teu Filho, foste divina na tua dor; em verdade te revelaste à altura d’Ele!

            Maria, és o símbolo, o modelo augusto das mães. Jesus mesmo, na hora suprema, num gesto magnífico de misericórdia, desdobrou a tua maternidade sobre todos os míseros pecadores, personificados no discípulo amado: Filho, eis aí tua mãe!

            Desde esse momento, tão solene e majestoso como aquele em que te falara o anjo Gabriel, tu te fizeste Mãe de todo o gênero humano, a quem Ele veio remir!

            Estende, pois, Mãe, teu manto de pureza e santidade sobre todos os homens, insculpindo em nossos corações a virtude que exorna teu adamantino Espírito: a humildade.

            Que a graça nos envolva, transformando nossas almas!

            Ave Maria!




            A seguir, recebida por Chico Xavier, apresentamos mensagem de Maria João de Deus falando-nos de...

Celina

            Quando elevamos ao céu nosso olhar suplicante, há para todos nós, os que se afligem na provação, uma carinhosa e compassiva Mãe que nos ampara e consola...

         Compadece-se de nossa dor, contempla-nos com misericórdia e manda-nos então o anjo da sua bondade, para balsamizar nossos padecimentos... É Celina, a suave mensageira da Virgem, a Mãe de todas as Mães, o gênio tutelar da humanidade sofredora...

         Quando o pranto aflora nos olhos das que são filhas e irmãs, das que são esposas e mães na Terra, no coração das quais, muitas vezes, se concentra a amargura, vem Celina e toma-as nos seus braços de névoa resplandescente e, através dos ouvidos da consciência, lhe diz com brandura:

         “ -Veio a dor bater à vossa porta? Coragem... Não desanimeis nas ásperas lutas que objetivam vosso aprimoramento moral. Pensai n’Aquela que teve sua alma recortada de martírios, lacerada de sofrimentos, atormentada de angústias. Ela se desvela do céu por todas aquelas almas que escolheram suas pegadas de Mãe amorosa e compassiva.

         Foi ela que, escutando a oração de vossa fé, me enviou para que eu vos desse as flores de seu amor sacrossanto, portadoras da paz, da humildade e, sobretudo, da paciência; porque o acaso não existe e tudo na vida obedece a uma lei inteligente de causalidade que foge aos vossos olhos, que se sentem impossibilitados de ver toda a verdade: Tomai minhas mãos! Cumpri austeramente todos os vossos deveres, fechai vossos olhos aquilo que pode obstar vossos passos para a luz e caminhai comigo. Os anos são minúsculas frações de tempo e, um dia, sem vos deterdes com o cansaço, chegareis ao pé d’Aquela  que é vossa Mãe desvelada de todos os instantes !...”

         E todas aquelas que a ouvem, sentem-se sustentadas por braços tutelares, na noite escura das dores, e, vertendo lágrimas amargosas, preparam-se e se iluminam na pedregosa senda da virtude para respirar os ares felizes do encantado país onde desabrocham os lírios maravilhosos da esperança!

(Pág. recebida no Gr. Esp. “Os Mensageiros” em São Paulo, SP)


            A seguir, um poema de Meimei, recebido por Chico Xavier em reunião pública no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, em 30 de Agosto de 1951, conforme relato de Ramiro Gama em “Lindos Casos”:


             ‘Agora’

            Se a consolação do Evangelho nos visitou a alma...
            Se a bênção da fé nos ilumina...
            Se a nossa confiança permanece restaurada...
            Se a fraternidade é o ideal que buscamos...
            Agora, realmente, a nossa vida aparece modificada.
            Agora, conhecemos, agora temos e agora somos.
            Porque, em Cristo, nossa alma sabe o que deve fazer, recebe do céu o suprimento de recursos e valores, de acordo com as nossas próprias necessidades e é demora de bênçãos e dons que nem todos, de momento, nos vêem desfrutar.
            Nosso horizonte jazia velado pelas trevas.
            Antes, seria difícil a tarefa do auxílio.
            Crisálidas da inteligência descansávamos no casulo da ignorância.
            Agora, porém...
            O Senhor, utilizando mil pequeninos recursos, acendeu a luz do conhecimento divino em nosso espírito e, com a visão mais alta da vida e do mundo, cresceram a nossa importância de pensar e a nossa responsabilidade de viver.
            Se já te encontraste com Jesus, não te queixes.
            Ontem, poderias alegar fraqueza e desconhecimento como pretexto para ferir ou repousar, fortalecendo o poder da inércia ou da sombra.
            Hoje, porém, é o teu dia de servir e de caminhar. ” 



            Tomemos, então, a palavra de Scheilla...

         “Abençoa Sempre
            Seja onde for, abençoa para que a bênção dos outros te acompanhe.
            Todas as criaturas e todas as coisas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.
            Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.
            Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva de teu carinho e a árvore de tua casa abençoar-te-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.
            Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague de censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.
            Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterás rebeldia e aspereza.
            Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extingui-lo.
            Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.
            Não amaldiçoes nem mesmo em pensamento.
            A idéia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.
            Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como eximir-se da delinqüência.
            Abençoe o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.
            Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.
            Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.
            Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.
            Não olvides o Divino Mestre da Bênção.
            Jesus abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida;  e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressurreição imperecível.
            Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.”    



 De “Vida Nova” por Chico Xavier leiamos Nina Aroeira que nos apresenta   

Fraternidade
em Ação

            “O insulamento de um povo é comumente a origem de grandes calamidades.
         A evolução não admite intervalos e a coletividade relegada aos seus próprios caprichos costuma atrasar o relógio do progresso, acabando surpreendida por aflitivos desastres.
         Fomos criados para o crescimento do Espírito.
         Somos a Família Universal. Irmãos identificados pelos mesmos princípios, nossas lutas e alegrias, dificuldades e esperanças são quase sempre as mesmas em todos os climas da Terra.
         Por isso mesmo, não nos esqueceremos da solidariedade sem deploráveis prejuízos.
         Quem não aprende com os outros, sofre longo estágio no cipoal da ignorância.
         Quem não auxilia aos outros cristaliza-se no egoísmo.
         Quem não comunga com os outros viaja sozinho.
         A propósito, recordemos que Moisés no início do Testamento colocou na boca paternal de Jeová, a frase que atravessaria os milênios: “não é bom que o homem esteja só”.
         Abandonada a si própria, a criatura inteligente acabaria esmagada pela complexidade da vida, mas ligada a todos, pelos laços do trabalho e do amor, encontra o próprio equilíbrio, satisfazendo aos imperativos do crescimento e da elevação, entrando na posse definitiva dos tesouros que a Vida Abundante lhe reserva.
         Permutando experiências e ensinamentos, melhoramos as nossas realizações, porque se os nossos objetivos são inalteráveis, as condições e os problemas são diferentes.
         A comunhão fraternal é o nosso caminho inevitável toda vez que desejamos a exaltação do bem com todos em favor de todos.

         Eis porque desejando para nós todos a Luz Divina, no serviço da aproximação mútua que a Bondade do Senhor nos permite efetuar, aquecemos o coração no calor da boa vontade, aprendendo uns com os outros sob o patrocínio do Divino Mestre, para elevar o nível da vida onde estivermos, compreendendo que Doutrina Espírita é sempre fraternidade em ação.”


                                                                                   

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mensagem de encorajamento...


Mensagem
de 
Encorajamento

            Companheiro, põe-te de pé e segue os corações que rumam confiantes.
            Doa as aflições ao tempo, cobre-te com o manto da esperança e avança intimorato.
            A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm os vapores da morte e os fluidos da loucura.
            Possivelmente, os anseios te atormentam o coração ansioso... Mas, os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinqüência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.
            Alçando o pensamento ao Grande Bem, podes chegar à paz íntima, embora carregues as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.
            O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.
            Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...
            Com o tempo, o carvão humilde se transforma em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia...
            Com o tempo, a semente pequenina incha-se no seio da terra, transformando-se, até um dia...
            Com o tempo, o débil embrião da vida se desenvolve modificando a própria estrutura, até um dia...
            Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.
            Com o tempo, a mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...
            Enxuga o suor da ansiedade.
            Guarda as lágrimas da inquietação.
            Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.
            Escuda-te na dor dos outros e avança.
            Lembra-te dos que caíram, somente para os ajudar.
            Olha os vitoriosos da luta e segue com eles.
            Não te preocupes por teres tombado ontem na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em teu caminho.
            Vence a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Enche a alma com a alegria de ‘tudo poder em Cristo’.
            Todas as coisas passam na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.
            No Grande Além, no entanto, há sempre luz.
            Não te aflijas com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.
            Aceita hoje os acúleos, coroando-te a cabeça, para que um braseiro de remorsos não te arda na consciência mais tarde.
            Atende e socorre o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.
            Sem desfalecer nem recear, repete: Com Jesus vencerei!, e mais fácil te parecerá a redenção.
            Amigo do Cristo, põe-te de pé e segue arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como tu mesmo, sofrimentos e aflições.
                                                                           Scheilla
                                   por Divaldo Franco
                                   22-10-1960, Salvador (Ba)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Estão de olho em você! Que vida levamos?


Evangelho e Vida

No mundo de hoje, há boa vida
e há vida boa.
Boa vida é bem estar.
Vida boa é estar bem.
Por isso, temos criaturas de boa vida
 e criaturas de vida boa.
A boa vida tem rastros de sombra.
A vida boa apresenta marcas de luz.
A desordem favorece a boa vida.
A ordem garante a vida boa.
Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.
Bom exemplo assegura vida boa.
Preguiça mora na boa vida.
Trabalho brilha na vida boa.
Ignorância escurece a boa vida.
Educação ilumina a vida boa.
Egoísmo alimenta a boa vida.
Caridade enriquece a vida boa.
Indisciplina é objetivo da boa vida.
Disciplina é roteiro da vida boa.
Vejamos as lições do Evangelho:
Madalena, obsidiada, perdera-se nos enganos da boa vida, mas, 
encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para a vida boa.
Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, 
ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.
Judas, o discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, 
e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.
Simão Pedro, a apóstolo receoso, tentando conservar a boa vida, instintivamente, 
negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, 
à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão, desde o dia do Pentecostes.
Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida boa, lavou as mãos quanto ao destino
do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.
Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.
Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.

Scheilla

( por Chico Xavier em “Comandos do Amor”)
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