Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Martins Peralva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Martins Peralva. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de julho de 2021

O romance da evolução

 

O Romance da Evolução 

por Martins Peralva

Reformador (FEB) Janeiro 1966

           Podem Espíritos encarnados reunir-se em certo número 
e formar assembléias? 
Sem dúvida. Os laços antigos ou recentes, da amizade, 
costumam reunir desse modo diversos Espíritos, 
que se sentem felizes de estar juntos. (De "O Livro dos Espíritos").

           A nossa preocupação, bem humana, portanto compreensível, de não perdermos de vista os nossos entes queridos, nem de sermos perdidos de vista pelos que nos amam, leva-nos, algumas vezes, a meditar sobre os problemas resultantes das separações pela morte, isto é, pela desencarnação, na linguagem espírita.

           A mãe que parte no rumo do Além, cumprida sua missão na Terra, vem a "perder de vista" o filho amado, que permaneceu no mundo e vice-versa?

           Noivos, esposos, irmãos, amigos e parentes separam-se em definitivo, pelo Espírito, após a destruição do corpo físico?

           NÃO - eis a resposta da Doutrina Espírita. Resposta inconcussa, clara, indisfarçável...

           O contato permanece, o intercâmbio continua, nos domínios do Espírito, pelo prodígio do pensamento que é um fio magnético a ligar os seres, seja pela presença invisível, no lar ou em qualquer parte, seja pelo comparecimento às reuniões mediúnicas ou, mesmo, durante o sono, quando se verificam as chamadas "visitas espíritas entre pessoas vivas", a que alude "O Livro dos Espíritos".

***

           E, quando esta mãe reencarna, e se enclausura noutro corpo, chegam-lhe ao santuário do coração as vibrações amorosas e as preces reconhecidas do filho amado, também encarnado?

           O estado de reencarnado de quem ficou e a imersão nas correntes da vida física de quem havia partido, constituem obstáculo à continuação do convívio, impedem as permutas afetivas?

           TAMBÉM NÃO - eis a resposta da Doutrina Espírita.

           Allan Kardec estudou muito bem o assunto, através de minuciosas questões propostas aos Espíritos que o instruíram durante o trabalho missionário da Codificação do Espiritismo.

           "O Livro dos Espíritos", no seu capítulo VIII - Da emancipação da Alma -, lança tão copiosos jatos  de luz sobre o assunto que as mais arraigadas dúvidas, as mais ferrenhas vacilações, neste sentido, tendem a desmoronar-se, integralmente, por inconsistentes.

           Quando o corpo repousa, após as labutas cotidianas, o Espírito não permanece de bom grado no seu envoltório corporal, segundo a questão proposta por Allan Kardec.

           O sono liberta parcialmente a alma do corpo - esclareceram os Espíritos ao eminente Codificador da Doutrina.

           Então - oh maravilha de consolação para quantos nos encarceramos, temporariamente, no casulo físico! - desprendem-se do corpo os encarnados, que dormem, para o reencontro com os seres amados, mães e filhos, noivas e noivos, esposos, irmãos, amigos e parentes, para a formação de alegres assembléias, na Espiritualidade, onde saudosas tertúlias recordam vivências afetuosas e construtivas experiências que representam valiosos suprimentos para todos os calcetas da carne.

           Tomamos a liberdade, muito fraterna e despretenciosa, de encaminhar a curiosidade de companheiros que vacilam sobre este assunto - possibilidade de os encarnados reencontrarem-se no Plano Espiritual, durante o sono - para o capítulo em referência, estudando-o da questão 400 á 418, detendo-se, especialmente, na pergunta 417.

           E estamos certos - absolutamente certos - de que, reconfortados e felizes, continuaremos, eles e nós, a bendizer o Espiritismo - Doutrina que luariza de esperança a noite de nossas vidas, na definição sublime de Léon Denis, por nos haver chegado ao sentimento e à inteligência, por recurso de fortalecimento na jornada redentora, onde escrevemos, instante a instante, o Romance da Evolução. 

domingo, 11 de outubro de 2020

Inquietações


 Inquietações

por Martins Peralva        Reformador (Julho) 1964

 

            O homem moderno vive dominado pela inquietação.

             Ansiando por multiplicar, exagerada e, muita vez, desnecessariamente, seus recursos materiais, o homem contemporâneo luta e desgasta-se, exaustivamente, transformando a existência, aqui no plano físico, em permanente razão de intranquilidade.

             O ângulo de visão do homem-espírita, contudo, é algo diferente, pois sabe ele que o Espiritismo, embora não preconizando a inércia, nem desestimulando as iniciativas atinentes ao progresso material, considera o trabalho por elemento de equilíbrio e aperfeiçoamento.

             A Doutrina Espírita, como autêntica sentinela da paz e eficiente construtora da felicidade na Terra está sempre a lembrar-nos que o trabalho foi criado, dentro da vida, para que o homem o converta em oportunidade de redenção e de aperfeiçoamento da inteligência e do sentimento.

             Quem lê, estuda e medita acerca dos postulados doutrinário-evangélicos, compreende, naturalmente, que o homem deve dar ao mundo contribuição normal no sentido de que se efetivem as aspirações de ordem material, as quais, sem dúvida, constituem elemento de estímulo e de progresso.

             As aspirações humanas, portanto, no tocante ao problema do trabalho, devem orientar-se em função do que ensina e esclarece o Espiritismo - doutrina admirável que se desenvolve, no coração e na consciência, sob os auspícios do Evangelho do Cristo.         

             A palavra do Mestre reveste-se, neste particular, de profunda significação, quando nos adverte: “Não andeis, pois, a indagar o que haveis de beber ou comer, e não vos entregueis a inquietações.”

             Emmanuel, o admirável orientador, repete em nossos dias, embora noutro acondicionamento verbal, o conselho de Jesus: "Não te preocupes, assim, com o problema da fartura ou da carência de utilidades materiais, porque riqueza e pobreza à frente da Lei Divina, muitas vezes apenas significam infortúnio e felicidade, cativeiro e libertação, respectivamente considerados."

             Se crêssemos em Deus e em Sua Justiça que não falha, seríamos mais tranquilos, mais serenos, mais comedidos no trato com os problemas mundanos. Se crêssemos, firmemente, na Divina Proteção, limitar-nos-íamos a trabalhar, adequadamente, com o objetivo de assegurar o progresso, e prover, em termos de normalidade, as necessidades da família que o Senhor nos concede, e de atender, em nome do Bem Infinito, aos que estagiam em provações dolorosas, na carência, na pobreza.

             Revela ausência de confiança, nos ilimitados recursos de amparo do Supremo Doador, o afã de reter, a preocupação de acumular sem proveito coletivo, a obsessão de guardar.

             Nossas inquietações indicam, no fundo, que ainda não entendemos Aquele que sabe vestir lindamente os lírios do campo dando-lhes perfume e graça, beleza e magnitude que nem o próprio Salomão, “em toda a sua glória”, conseguiu imitá-los, consoante alegoriza o Evangelho.

             O homem previdente tem o seu trabalho substancialmente abençoado.

             O homem que se equilibra, ou procura equilibrar-se no esforço de obtenção dos indispensáveis recursos à subsistência, demonstra crença em Deus e conhecimento da indefectível lei: “faze, que o céu te ajudará.”

             O homem exageradamente preocupado na multiplicação, indiscriminada e a qualquer título e propósito, dos patrimônios materiais, é um fabricante de inquietações.

             Vã é a luta e estéril o esforço, obsessivo, perturbador e alucinante, tendo em vista a acumulação, improdutiva, de tesouros que a traça consome, a ferrugem destrói e o ladrão rouba, segundo a figura eternamente admirável e sublime do Mestre.

             A criatura que se inquieta por tais problemas furta à vida o seu lado mais belo, o seu aspecto mais encantador.

             Nega à própria existência a sua característica mais harmoniosa, qual seja a de poder desfrutar, com tranquilidade de espirito, os bens que procedem da Augusta Misericórdia - cujos celeiros são, inegavelmente, imensos, grandiosos, inexauríveis.

             O Mestre, observando a ansiosa solicitude pela vida que assinalava o comportamento dos homens do seu tempo, advertira frequentes vezes: “Não andeis ansiosos pela vossa vida.”

             Em termos de interpretação espírita, poderíamos traduzir a palavra do Senhor da seguinte maneira: “Trabalhai, calmamente, buscando o Reino de Deus e Sua Justiça, porquanto o mais vos será dado por acréscimo de misericórdia.”

             Todavia, apesar do celestial conselho, prosseguimos inquietos, afadigados, suarentos, sem atentar para a superabundância das provisões do Nosso Pai e Criador, o que indica a dificuldade com que vimos lutando para a superação dos milenários grilhões da materialidade e do imediatismo.

             O nosso esforço, a nossa perseverança, contudo, nos labores e meditações diuturnos, ajudar-nos-ão, sem dúvida, no trajeto espiritual libertador.

             Até lá, permaneçamos atentos e operosos, prudentes e vigilantes, a fim de que não desfaleçam os impulsos que já impedem a nossa permanência à margem dos caminhos, pelos quais transitam os homens de boa vontade.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Inquietações



Inquietações

Martins Peralva
Reformador (FEB) Julho 1964

            O homem moderno vive dominado pela inquietação.

            Ansiando por multiplicar, exagerada e, muita vez, desnecessariamente, seus recursos materiais, o homem contemporâneo luta e desgasta-se, exaustivamente, transformando a existência, aqui no plano físico, em permanente razão de intranquilidade.

            O ângulo de visão do homem-espírita, contudo, é algo diferente, pois sabe ele que o Espiritismo, embora não preconizando a inércia, nem desestimulando as iniciativas atinentes ao progresso material, considera o trabalho por elemento de equilíbrio e aperfeiçoamento.

            A Doutrina Espírita, como autêntica sentinela da paz e eficiente construtora da felicidade na Terra está sempre a lembrar-nos que o trabalho foi criado, dentro da vida, para que o homem o converta em oportunidade de redenção e de aperfeiçoamento da inteligência e do sentimento.

            Quem lê, estuda e medita acerca dos postulados doutrinário-evangélicos, compreende, naturalmente, que o homem deve dar ao mundo contribuição normal no sentido de que se efetivem as aspirações de ordem material, as quais, sem dúvida, constituem elemento de estimulo e de progresso.

            As aspirações humanas, portanto, no tocante ao problema do trabalho, devem orientar-se em função do que ensina e esclarece o Espiritismo - doutrina admirável que se desenvolve, no coração e na consciência, sob os auspícios do Evangelho do Cristo.  

            A palavra do Mestre reveste-se, neste particular, de profunda significação, quando nos adverte: “Não andeis, pois, a indagar o que haveis de beber ou comer, e não vos entregueis a inquietações.”

            Emmanuel, o admirável orientador, repete em nossos dias, embora noutro acondicionamento verbal, o conselho de Jesus: "Não te preocupes, assim, com o problema da fartura ou da carência de utilidade materiais, porque riqueza e pobreza à frente da Lei Divina, muitas vezes apenas significam infortúnio e felicidade, cativeiro e libertação, respectivamente considerados.”

            Se crêssemos em Deus e em Sua Justiça que não falha, seríamos mais tranquilos, mais serenos, mais comedidos no trato com os problemas mundanos.

            Se crêssemos, firmemente, na Divina Proteção, limitar-nos-íamos a trabalhar, adequadamente, com o objetivo de assegurar o progresso, e prover, em termos de normalidade, as necessidades da família que o Senhor nos concede, e de atender, em nome do Bem Infinito, aos que estagiam em provações dolorosas, na carência, na pobreza.

            Revela ausência de confiança, nos ilimitados recursos de amparo do Supremo Doador, o afã de reter, a preocupação de acumular sem proveito coletivo, a obsessão de guardar.

            Nossas inquietações indicam, no fundo, que ainda não entendemos Aquele que sabe vestir lindamente os lírios do campo dando-lhes perfume e graça, beleza e magnitude que nem o próprio Salomão, “em toda a sua glória”, conseguiu imitá-los, consoante alegoriza o Evangelho.

            O homem previdente tem o seu trabalho substancialmente abençoado.

            O homem que se equilibra, ou procura equilibrar-se no esforço de obtenção dos indispensáveis recursos à subsistência, demonstra crença em Deus e conhecimento da indefectível lei: “faze, que o céu te ajudará.”

            O homem exageradamente preocupado na multiplicação, indiscriminada e a qualquer título e propósito, dos patrimônios materiais, é um fabricante de inquietações.

            Vã é a luta e estéril o esforço, obsessivo, perturbador e alucinante, tendo em vista a acumulação, improdutiva, de tesouros que a traça consome, a ferrugem destrói e o ladrão rouba, segundo a figura eternamente admirável e sublime do Mestre.

            A criatura que se inquieta por tais problemas furta à vida o seu lado mais belo, o seu aspecto mais encantador.

            Nega à própria existência a sua característica mais harmoniosa, qual seja a de poder desfrutar, com tranquilidade de espírito, os bens que procedem da Augusta Misericórdia - cujos celeiros são, inegavelmente, imensos, grandiosos, inexauríveis.

            O Mestre, observando a. ansiosa solicitude pela vida que assinalava o comportamento dos homens do seu tempo, advertira, frequentes vezes: “Não andeis ansiosos pela vossa vida.”

            Em termos de interpretação espírita, poderíamos traduzir a palavra do Senhor da seguinte maneira: “Trabalhai, calmamente, buscando o Reino de Deus e Sua Justiça, porquanto o mais vos será dado por acréscimo de misericórdia.”

            Todavia, apesar do celestial conselho, prosseguimos inquietos, afadigados, suarentos, sem atentar para a superabundância das provisões do Nosso Pai e Criador o que indica a dificuldade com que vimos lutando para a superação dos milenários grilhões da materialidade e do imediatismo.

            O nosso esforço, a nossa perseverança, contudo, nos labores e meditações diuturnos, ajudar-nos-ão, sem dúvida, no trajeto espiritual libertador.

            Até lá, permaneçamos atentos e operosos, prudentes e vigilantes, a fim de que não desfaleçam os impulsos que já impedem a nossa permanência à margem dos caminhos, pelos quais transitam os homens de boa vontade.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Nascer de Novo



Nascer de Novo
por Martins Peralva
Reformador (FEB)  Novembro 1959

            “Necessário vos é nascer de novo.”  - (Jesus a Nicodemos.)
          
             Entre inúmeros benefícios que decorrem do estudo e da assimilação da Doutrina Espírita, podemos indicar, sem dificuldade, aquele que orienta acerca do milenário problema da Morte.

            Inegavelmente, sem qualquer partidarismo, somos levados a compreender que só o Espiritismo estuda o velho problema, com riqueza de pormenores, uma vez que, sobre o assunto muito pouco, ou quase nada disseram as demais religiões, que se limitaram, simplesmente, a admitir e anunciar a existência do Mundo Espiritual.

            Sem as consoladoras luzes da nossa amada Doutrina, marcharia o homem para o túmulo - diremos melhor: para a Pátria da Verdade - sem ideia segura do que lhe acontecerá após o choque biológico do desenlace.

            Nenhuma noção sobre a morte.

            Nenhum conhecimento das leis admiráveis que regem a vida no plano espiritual.

            Nenhuma informação sobre o que sucede à alma durante e depois a desencarnação.

            Em suma: verdadeiro cego, ante o mundo grandioso que o aguarda; um indígena, atônito, perplexo, nos pórticos de estranha, quão maravilhosa civilização.

            Essa ignorância, praticamente total, a respeito de tão importante problema, é a triste herança de velhas e novas religiões, mestras no ocultar e fantasiar a realidade da vida além das fronteiras terrenas.

            Religiões que procederam e procedem à maneira dos cronistas sociais modernos: Depois eu conto...

            O Espiritismo é profundamente, intensamente realista, tanto nesse, como em todos os assuntos de interesse da alma eterna.

            Identificando a criatura, sem subterfúgio de qualquer espécie, com os seus postulados, fazendo-a absorver a parcela de verdade que ela suporta, torna-a tranquila ante a perspectiva da desencarnação.

            Não cremos, nem anunciamos um Céu gracioso, adquirível à custa de promessas, espórtulas, louvaminhas ou petitórios, nem um inferno tenebroso, eterno, de onde jamais sairemos. O nosso conceito, a respeito da morte e de suas consequências, se alicerça no Evangelho: “A cada um será dado de acordo com a suas obras.”

            Seria, naturalmente, leviandade, afirmarmos que o Espiritismo já revelou em toda a sua extensão e plenitude, a vida no plano extra físico. Expressando, todavia, a misericórdia divina, vem erguendo, gradualmente, em doses nem sempre homeopáticas, a cortina que separa o mundo físico do espiritual, consentindo estendamos o olhar curioso, indagativo, sobre o belo panorama da vida além da carne.
            O espírita não teme a morte, nem para si nem para os outros, mas procura cumprir, da melhor maneira possível, apesar de suas imperfeições - imperfeições que não desconhece -, os deveres que lhe cabem na Terra, aguardando, assim, confiante, a qualquer tempo, hora e lugar, o momento da Grande Passagem.

            Não a considera pavorosa, lúgubre, terrificante, tão pouco a define por suave e milagrosa porta de redenção e felicidade. O Espiritismo ensina, com apoio no Cristianismo, que não há duas vidas, mas, sim, duas fases, que se prolongam, de uma só vida.

            Se a Doutrina preleciona: “nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir continuamente”, Jesus notifica a Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo.”

            A uma daquelas fases, dá-se o nome de Etapa Corporal. Vai do berço ao túmulo. À outra, dá-se o nome de Etapa Espiritual. Vai do túmulo ao berço.

            A nossa alma é como o Sol, que se esconde no horizonte, ao pôr de um dia, para, no alvorecer de novo dia, retornar pelo mesmo caminho. A vida em si mesma, é sublime cadeia de experiências que se repetem, séculos e mais séculos, até que obtenhamos a perfeição. Maravilhosa cadeia, cujos elos se entrelaçam, se entrosam, se harmonizam, justapostos...

            Pensando e atuando dentro desta conceituação, estranha para muitos, por enquanto, porém muito lógica e racional para nós, sabe o espírita, em tese, o que a Morte, como fenômeno simplesmente transitivo, lhe reservará.
            Sabe que o sistema de vida adotado na Terra, o seu comportamento ético, terá justa e equânime correspondência no mundo espiritual, que é, indefectivelmente, um prolongamento do terráqueo...

            Boas sementes, bons frutos produzem.

            Más sementes, amargos frutos produzem.

            Seremos, aqui e em qualquer parte, o resultado de nós mesmos, de nossos atos, pensamentos e palavras, sem embargo das generosas intercessões de amigos que nos anteciparam na Grande Viagem.

            Proporcionando alegria e amparo, alimento e instrução, aqui na Terra, aos nossos semelhantes, a Lei nos assegurará, no Plano Espiritual, instrução e alimento, amparo e alegria. Tais noções, hauridas no Espiritismo, tornam o homem mais responsável e mais cuidadoso, mais esclarecido e mais consciente, compelindo-o a passos mais seguros, dentro da vida - em suas duas fases -, para que a Vida lhe sorria, agora e sempre.

            Evidentemente, sem subestimar, nem sobrestimar a morte, o espírita caminha, luta e sofre, trabalha e evolui, conscientemente, na direção do Infinito bem, valorizando, para sua própria felicidade, os renascimentos sucessivos a que se referiu Jesus no diálogo com Nicodemos.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Idolatria


Idolatria
Martins Peralva
Reformador (FEB) Dezembro 1956

"Varões, por que fazeis essas coisas? -  ATOS.

Encontravam-se Barnabé e Paulo em Listra, pregando o Evangelho nascente e curando os enfermos, quando os habitantes da cidade, impressionados com os prodígios por eles operados em nome do Cristo, iniciaram estranho movimento de idolatria visando os servidores da Boa Nova.

A Barnabé chamavam Júpiter e a Paulo, Mercúrio, retribuindo-lhes, assim, a elevada condição de deuses.

Um sacerdote do Templo de Júpiter tentou até sacrificar animais ali mesmo, no local das pregações, ante os bandeirantes do Evangelho e em sua honra.

A perigosa e sutil iniciativa dos listrenses, embora inspirada na simplicidade, encontrou, contudo, imediata e enérgica repulsa da parte dos pregadores.

E não podia deixar de ser assim, uma vez que ambos, especialmente o sincero Apóstolo da Gentilidade, detestavam, qualquer tipo de idolatria.

Convencido das próprias limitações, que ainda lhes assinalavam o procedimento, realizavam a pregação em nome de Jesus-Cristo e para Jesus-Cristo faziam convergir o amor das populações que, através dos discursos e das curas, eram acordadas para o Evangelho do Reino.

Repelindo, energicamente, o leviano endeusamento, e possuídos de santa indignação rasgaram os vestidos e gritaram: "Varões, porque fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões."

Na censura dos pregadores, registrada por Lucas em Atos, identificamos uma mistura de revolta e tristeza, exteriorizando o indescritível mal-estar causado pela conduta dos habitantes de Listra.

O exemplo de Barnabé e Paulo deve servir de roteiro para os servidores de todas as épocas, especialmente da atualidade, quando o Cristianismo se restaura, gradativamente, sob as renovadoras claridades do Espiritismo, e quando o vírus do elogio indiscriminado se propaga, violentamente, em todos os setores.

Devemos cultivar - e difundir de modo incessante - a ideia de que Jesus é o motivo central do nosso esforço e o supremo objetivo de nossas humildes realizações.

Na caminhada ascensional, neste imenso educandário que é a Terra, o aprendizado é comum a todos, embora cada discípulo ocupe, realmente, diferente degrau na escala evolutiva.

Guardamos ainda, no dizer de Humberto de Campos, "suaves infantilidades no coração", o que significa dizer: porta aberta a equívocos geralmente lastimáveis.

Por que aceitar, pois, o operário do Bem, títulos de educação indevidos, se amanhã, nas bifurcações do caminho, no difícil momento dos testemunhos, reconheceremos a nossa condição deficitária de criaturas falíveis, sujeitas, como acentuaram Barnabé e Paulo, "às mesmas paixões”?

Deus é o vértice da nossa marcha.

E Jesus, Seu Dileto Filho, o ponto de convergência das nossas aspirações.

Glorificarmos a Deus e a Jesus através do serviço incessante no Bem, neste ou naquele setor, a fim de que o futuro nos dê, em bênçãos de amor e sabedoria, a Celeste Resposta ao nosso esforço - este sim, deve ser o supremo escopo das vidas que a Eles desejam consagrar-se.

Se nos é impossível, por agora, dar à nossa vida o sentido apostólico que assinalou a trajetória de Barnabé e Paulo, sigamos, pelo menos, o exemplo daqueles abnegados pregadores, levando aos incensadores de todos os tempos a linguagem, muita vez silenciosa, do nosso constrangimento:

"Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões...”


domingo, 6 de março de 2016

Missão do Espiritismo


Missão do Espiritismo - parte 1
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Outubro 1970

            - A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar,
firmando-lhe as ideias sobre certos pontos do futuro. Allan Kardec

             Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec,
sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno. Emmanuel
           

            Difícil encontrar doutrina de tamanho equilíbrio, haja vista seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia e Religião. Harmonia completa com o bom-senso, a lógica, o sentimento e a fé.

            Revivendo os ensinos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, cuja pureza vem restaurando em exegese racional, terá sempre a Doutrina Espírita meios de situar-nos, adequadamente, no âmbito social.

            Identifica-nos com as mais variegadas atividades humanas, desde que elevadas nobilitantes. 

            Corolário da ética do Cristianismo induz-nos ao respeito e acatamento às leis que regem a vida, na indefectível bilateralidade dos imperativos físico-morais.

            O Espírita será, assim, invariavelmente, um amante da ordem.

            Um impulsionador do progresso.

            Um respeitador da autoridade constituída.

            Bom cidadão.

            Cumpridor, consciente, dos deveres cívicos.

            Uma peça afinada no mecanismo da sociedade, da qual se torna eficiente servidor.

            Procurando amar a Deus sobre todas as coisas, o Espírita será encontrado, a qualquer tempo, na posição de efetivo e sincero colaborador do progresso e da felicidade.

            Recordando o diálogo de Jesus com fariseus que O procuravam confundir os Espíritos Superiores, da Codificação aos nossos dias, de Kardec a Emmanuel e outros induzem-nos ao cumprimento de todos os deveres, nos vários setores componentes da Vida, esclarecendo que tais deveres se estendem à família, à sociedade, à autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

            Por isso que os Espíritas, sem qualquer embaraço ou prejuízo à sua diligência e senso progressista, são, via de regra, criaturas operantes, mas cordatas.

            Humildes, mas dignas.

            Modestas, mas realizadoras.

            Esclarecidas, mas não enfatuadas.

            Religiosas, mas não fanatizadas nem dogmatizadas .        

            Desprendidas, mas não perdulárias.

            Quando fortes, procuram amparar.

            Quando ajudam, o fazem sem humilhar.

            Quando servem, tem o cuidado de passar.

            Quando difundem a verdade, não o fazem com afetação.

            A fabulosa obra assistencial que se espalha por todo o Brasil, a atestar-lhes o dinamismo silencioso, confirma a atualidade de "O Evangelho segundo o Espiritismo",
que, em todas as suas lições, induz ao trabalho que enobrece.

            O que se faz, hoje, no campo assistencial, simboliza a compreensão de que não basta esclarecer, nem confortar espiritualmente. Que é, igualmente, imperioso, dar o pão, o vestuário, o medicamento.

            Ajudando materialmente e impulsionando, ao mesmo tempo, o serviço de expansão evangélico-doutrinária, o preceito "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" estará sendo aplicado através da ação dos Espíritos, atualizando, assim, os ensinos grafados por Allan Kardec e pelas entidades de Mais Alto.

            A mediunidade edificante, em nossos dias, revigora as palavras dos Instrutores
de Escol que se fizeram presentes no trabalho de evangelização efetuado pelo Codificador, levando os companheiros do Espiritismo ao esforço da difusão doutrinária na tribuna e nos livros, na televisão e noutros veículos publicitários, simultaneamente com o labor de centenas e centenas de instituições que dão abrigo e educação, fraternidade e amparo aos desvalidos do caminho.

            Nos Templos de Fé, o ensino nobre no dar a Deus o que é de Deus."

            Lá fora, na sociedade, o impulso ao progresso e o respeito às instituições humanas, no "dar a César o que é de César".







Missão do Espiritismo - parte 2
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Novembro 1970


- O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação;
afasta-o dos atos que possam retardar lhe a felicidade, mas ninguém diz que,
sem ele, não possa ela ser conseguida. Allan Kardec

    O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol.
Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental.        Emmanuel


            A missão de Jesus, O Cristo Consolador, é a consubstanciação da mensagem de eterno amor que se insculpiu, em todos os tempos, na consciência dos povos mais antigos, através dos Enviados de Sua Misericórdia, presente em todos os surtos evolutivos por Ele supervisionados, como "Pão da Vida" e "Luz do Mundo", mensagem que mais tarde, no terceiro quartel do século XIX, restaura-se, estuante de vida, nas páginas de "O Evangelho segundo o Espiritismo" .

            A missão do Espiritismo, em nossos dias, alimentada pela Voz dos Espíritos que orientam e inspiram, amparam e iluminam os missionários da mediunidade, em cuja vanguarda identificamos a nobre personalidade de Emmanuel, consiste em explicar, em Espírito e Verdade, o pensamento de Jesus.

            Se o que por Jesus foi dito, os homens esqueceram, no curso dos séculos; se as Suas palavras foram distorcidas ou sepultadas no sarcófago do obscurantismo, "O Evangelho segundo o Espiritismo" a tudo reviveu, em glorioso trabalho de interpretação e vivência que se perpetuam na atualidade, para felicidade de todos nós, no fabuloso acervo de instruções que a Espiritualidade Superior faz jorrar em intérminas catadupas de luz e sabedoria, assegurando, desta maneira à maravilhosa obra kardequiana, reconfortante e indestrutível perenidade, no Tempo e no Espaço.

            Os Espíritas, em nome do Senhor e por inspiração de "O Evangelho segundo o
Espiritismo", continuam consolando os deserdados. Encorajando os fracos. Reanimando os desesperançados Convertendo e redimindo almas impiedosas.
Argamassando o edifício da renovação humana.

            Graças à profunda beleza de sua filosofia, o Espiritismo supre a alma humana de tudo quanto ela precisa para sustentar-se, nos labores evolutivos, esclarecendo e consolando, porque, sem o conhecimento das motivações do sofrimento, com suas origens, via de regra no passado; sem o entendimento pelo raciocínio, da destinação da Terra -TERRA-ESCOLA, TERRA-TEMPLO, TERRA-OFICINA; sem a compreensão dos altos objetivos do sofrimento regenerador, por crise salutar ao Espírito Eterno, eis que conducente à felicidade, com o resgate depurador; enfim, sem essas noções filosóficas, profundas e ao mesmo tempo acessíveis, a consolação seria de superfície, sem nenhuma dúvida piedosa, mas, na verdade, inconsistente, como o esclarecimento teria a vacuidade das coisas transitórias.

            Hoje, como ontem, pelo desdobramento possibilitado pela obra realmente evangelizadora de Emmanuel e seus iluminados companheiros do Mundo Invisível, vai o homem, quando sofre, compreendendo a função renovadora da dor.

            Que o resgate é justo, como reflexo de ações pretéritas.

            Que gloriosas foram as portas abertas pelo conhecimento espírita, conhecimento que abrange o passado, opera no presente e descortina as paisagens do futuro.

            O Espiritismo oferece ao espírito humano os horizontes do porvir, concitando-o, sobretudo, a inabalável fé na Providência Divina, na Presença de Deus em nossa caminhada, desde o primeiro instante, em recuados milênios de milênios, dando-nos, outrossim, aquela certeza de que os sofrimentos do mundo, criados exclusivamente pela invigilância humana, em todos os tempos, nada representam, apesar de suas características dolorosas e incômodas, ante os esplêndidos panoramas que vislumbraremos na vitória do Amanhã.

            Renovando as palavras de "O Evangelho segundo o Espiritismo", a literatura mediúnica de nossos dias revigora os conceitos de amor e fraternidade, de cultura e sentimento, que o Cristo estabeleceu e que Kardec complementou, com o concurso e supervisão dos Espíritos.

            O Cristo da Galileia plantou, no solo da Palestina, a semente de luz, simbolizada em o Novo Testamento, revivendo-a Kardec, na França, em "O Evangelho segundo o Espiritismo."

            O Novo Testamento e "O Evangelho segundo o Espiritismo" refulgem, gloriosos, em nossos dias, na opulenta literatura mediúnica que se iniciou em Pedro Leopoldo, em 8 de Junho de 1927, e tem prosseguimento, em requintes de fidelidade doutrinário-evangélica, nas missionárias mãos de Francisco Cândido Xavier.

            O Evangelho é livro perene. Jamais perderá sua atualidade.

            Seu conteúdo moral resume o próprio pensamento de Jesus. Opulenta-se, hoje, nas milhares de mensagens que nos falam de Sabedoria e Amor, Cultura e Sentimento.

            O “livro-coração” dá-nos, de permeio, com o reconforto nas horas menos tranquilas, o conhecimento das coisas. A explicação sensata e lógica, de onde viemos e para onde iremos. Do que somos. É nos incentivo para que empreguemos o máximo esforço na construção do bem, no cenário bem controvertido da Terra, com diversidades aparentemente inexplicáveis.


sábado, 26 de dezembro de 2015

Expiações e Provas


Expiações e provas.

Expiações ou provas.

Expiões e/ou provas.

Sutilezas doutrinárias que suscitam, com frequência, indagações: Que é expiação? Que são provas?

A nosso ver, o assunto foi claramente explicado a Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos", Parte Segunda, Cap. VI, "Da Vida Espírita".

Expiação é resgate, é reparão, sob o impositivo da Lei de Causa e Efeito, a que estamos submetidos na caminhada rumo ao aperfeiçoamento, em harmonia com os preceitos evangélicos "ninguém sairá daqui sem pagar o último ceitil", e "a cada um será dado de acordo com suas obras".

Na provação, há escolha de certas situações reajustadoras, algumas vezes usando o reencarnante seu livre-arbítrio; outras vezes, por sugestão de Amigos Espirituais, ou, ainda de outras, com ambas as hipóteses.

O pronunciamento dos Espíritos (questões 258 a 273) aclara suficientemente o assunto, nada obstante surgirem frequentes interrogações em nossos estudos doutrinários.

Assim como as leis humanas punem, nos Tribunais, o elemento faltoso, a Suprema Justiça corrige, instrui e ajuda o infrator, submetendo-o à expiação de seus erros.

A provação é um teste. É um experimento através do qual revela o Espírito, encarnado ou desencarnado, suas reais e efetivas possibilidades.

*

A Divina Sabedoria, pelo maravilhoso mecanismo de suas leis, que o nosso atraso não permite apreender integralmente, planifica determinados tipos de provas para reajuste de nossa Alma. São provações preestabelecidas nos Conselhos Maiores da Espiritualidade, integrando o quadro de nossas lutas redentoras.

Existem, contudo, provas circunstanciais, isto é, do presente. Não m origem no passado. Não foram planificadas antes de nosso ingresso "nas correntes da vida física", atras da reencarnação.

A existência humana, com seus altos e baixos, reações e imprevistos, impõe-nos, a cada momento, os mais diversos testes, desafiando a lucidez da inteligência, a vigilância do coração, o equilíbrio do sentimento, os valores morais, a firmeza da fé e das conviões.

*

Não é fácil distinguir, sem erro, as provas do pretérito das que surgem no presente. Mas, que importância tem isso? Nenhuma, a rigor.

O essencial, assim o entendemos, é superar, transpor, triunfar das provas. Resignar-nos ante as expiações, por mais dolorosas, escudando-nos em Cristo e Kardec, o Mestre e o Discípulo, ou seja, no Evangelho e assim na Filosofia Espírita.

Nas expiações e nas provas, temos, portanto, dois maravilhosos elementos de sustentação: Jesus e Kardec, coadjuvados pelos sublimes Benfeitores de Mais Alto.

O Divino Emissário e o Codificador do Espiritismo nos levarão, no tempo e no espaço, ao esclarecimento e ao progresso. A redenção e à felicidade.

*

Expiar, pois, é resgatar faltas.

Ser provado é ser testado, ser experimentado em lutas e situações difíceis. Emmanuel, o abençoado Instrutor, faz, claramente, a diferenciação entre uma coisa e outra: "a prova é o mesmo teste inquietante e o golpe da expiação continua sendo a luta difícil e inevitável... " (Leia-se "Religião dos Espíritos", mensagem "Oração e Provação", edição da FEB, pág. 83

*

O tema, embora explicado com clareza pelos Espíritos, apresenta, reconhecemos, sutilezas.

Embora expiações e provas sejam coisas distintas, geralmente se confundem nas conceituações humanas, bastando lembrar que, na expiação, também está o Espírito sujeito à prova da resignação e da fé, da confiança e da humildade...

Allan Kardec em "O Evangelho segundo o Espiritismo" é claro: "assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação." ("Causas Anteriores das Aflições".)

O Espírito submetido a uma expiação é, ao mesmo tempo, provado no desejo de sair vitorioso.

*

O importante para o ser humano é vencer, cristãmente, provas e/ou expiações, compreendendo e perdoando, estudando e trabalhando, eis que, segundo André Luiz: "diante de qualquer sofrimento, o trabalho é o nosso melhor caminho de libertação." ("Respostas da Vida", edição IDEAL, g. 85)

A evolução depende, essencial e basicamente, de sabermos suportar, com intrepidez, as expiações que redimem. E superar, nobremente, as provas que faceamos, eis que ambas, sintetizando lutas e experimentações, se definem por autênticos cadinhos purificadores da Alma.

*

O triunfo sobre Expiações e Provas fortalece o Espírito. Liberta-o para sublimados cometimentos.

Com a libertação, novas conquistas.

A elevação do sentimento.

A iluminação da consciência.

O enobrecimento do coração.

A solidificação do caráter, construindo a dignidade pessoal.

A luz no santuário interior.

*

Aluno que recusa as provas, deixando de realizá-las em tempo hábil, não recebe o diploma no final do ano letivo. Fenômeno idêntico ocorre com o Ser Imortal no Educanrio Terrestre.

Nossa luz interna brilhará, em tempo mais ou menos breve, amanhã ou daqui a séculos ou milênios, na proporção do esforço e da sinceridade em vencermos expiações e/ou provas, no círculo da parentela ou no relacionamento social.

Exercitando os valores da humildade e da paciência, virtudes realmente difíceis, mas não inatingíveis, da compreensão e da boa-vontade, do amor e do trabalho, com Jesus e Kardec, estaremos harmonizando-nos com vistas à grande jorrada.

A luz da renovação espiritual começa ...
Expiações e Provas
J. Martins Peralva

Reformador (FEB) Maio 1976