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domingo, 7 de outubro de 2018

Ofensores


Ofensores
Maria Dolores
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Novembro 1976

A frente do dia-a-dia, 
Não olvides, alma boa:
Se alguém te fere, perdoa,
Nas lutas que vêm e vão; 
Resguarda-te em paz no mundo, 
Ofensa, às vezes, na vida,
vem da lágrima escondida,
Sob a forma de agressão.
Nas áreas do pensamento, 
Sem queixas e sem consultas, 
Existem dores ocultas, 
Estradas que ninguém vê; 
Vemos certos ofensores
Que espalham pedras em bando 
Trazendo o peito sangrando... 
Só eles sabem por quê...
Esse carrega consigo 
Enfermidade obscura, 
Outro guarda a desventura 
De uma afeição infeliz; 
Outro deseja esquecer
A rebeldia tenaz,
Mas já não sabe o que faz 
E nem pondera o que diz.
Outro surge em doce face, 
Por vezes é quem mais amas,
Traz, por dentro, o peito em chamas, 
Embora disfarce a dor;
A pessoa que te agride
É sempre, quando reponte, 
Deserto pedindo fonte, 
Angústia esmolando amor.
Também nós, além do mundo, 
Buscando as Luzes Supremas, 
Atravessamos problemas, 
Exame de amor e paz;
Alma querida, o ofensor,
Nas sendas de cada dia,
É um teste que Deus te envia 
Para saber como estás.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Tempos Novos


Tempos Novos
Maria Dolores por Chico Xavier
Reformador (FEB) Janeiro 1970

            Alma querida, escuta!
            Um mundo diferente, às súbitas, se eleva
            Do presente ao porvir... E, quase gênio alado,
            O Homem percorre o Espaço e vence a força
                                                                                  (e a treva)...

            O cérebro se exalça ao sol da inteligência
            E tateia o Universo, entre surpreso e aflito.
            Deus permite às nações congregadas na Terra
            Mais um passo de luz à frente do Infinito.

            Mas, ouve e pensa! ... Enquanto
            O fórceps da Ciência arranca a Nova Era
            Ao claustro do passado, ante a glória futura,
            A construção do Amor anseia, sonha, espera...

            A Civilização refulge nas vanguardas,
            Varre os pisos do Mar, ganha os vales da Lua,
            No entanto, em toda a Terra, o sofrimento
                                                                                  (avança,
            A discórdia se alastra, o ódio continua...

            Louvemos , com respeito a idéia resplendente
            Que exalta a Evolução nos áureos tempos novos;
            Atendamos, porém, à fé que nos convida
            A resguardar, em paz, a elevação dos povos.

            Ao choque das paixões, Cristo ressurge e fala!..
            - É a Verdade, o Roteiro, a Direção Segura,
            E chama-nos, de volta, à estrada redentora,
            Na pessoa do irmão que a sombra desfigura!

            Espalhemos os bens que o Senhor nos empresta
            Do tesouro imortal de nossa excelsa herança:
            Auxílio, compreensão, beneficência, apoio,
            Refúgio, compaixão, alegria, esperança!..

            Onde Ia penúria chora e a revolta esbraveja,
            Onde o mal se amontoa e a aflição nos espia,
            Conduzamos o pão, a veste, a luz, o amparo,
            O verbo que restaura, a bênção que alivia...

            Alma querida, escuta!... O progresso, por vezes,
            Lembra granizo e fogo, em tormentas no ar!..
            Mas Jesus vem conosco e nos pede a caminho:
            Dar, entender, servir, recompor, trabalhar...


segunda-feira, 23 de julho de 2012

23 de Julho

Paulo de Tarso



23 Julho

Seja o que for
Que venhas a sofrer,
Abraça o lema regenerador
Do perdão por dever.

Maria Dolores

por Chico Xavier
in ‘Antologia da Espiritualidade”
 (4ª Ed  FEB 1991)






domingo, 15 de julho de 2012

15 de Julho




15 Julho


O lírio não se ofende, nem reclama:
Sobre a terra onde alguém lhe deitou a raiz,
Seja em vaso de estufa ou num trato de lama,
Desabrocha feliz.


Maria Dolores

por Chico Xavier
in ‘Antologia da Espiritualidade”
 (4ª Ed  FEB 1991)


sábado, 7 de janeiro de 2012

Diante do Mundo


Diante
do Mundo

Ante os pesares do mundo,
Observa, alma querida,
A dor que ilumina a vida,
Sob as provas, tais quais são ...
A Terra é uma grande escola
De que temos o usufruto,
Lembrando enorme instituto
De trabalho e elevação.

Nascemos e renascemos,
Atendendo a leis concisas,
Conforme as lições precisas
Que temos nós para dar;
No serviço que nos cabe,
Naqueles com quem vivemos,
Jazem os pontos supremos
De nosso próprio lugar.

Nas tarefas em que estejas,
Cumpre o dever que te assiste,
Se a vida parece triste,
Não te queixes de ninguém ...
Cada pessoa na Terra
Intimamente é chamada
A servir, de estrada à estrada,
Para a vitória do bem.

O homem robusto e moço
Que administra a riqueza,
Traz, por vezes, rude e acesa,
A fogueira da aflição;
A mulher que exibe ao colo
cruz em joias e luzes,
As vezes tem muitas cruzes
Por dentro do coração.

Nunca censures. Trabalha,
Crê, auxilia e não temas.
Cada qual guarda problemas,
Em forma de sombra e dor.
Quem mais serve e mais perdoa
É aquele que se renova,
Vencendo, de prova em prova,
Na grande escola do amor.

Maria Dolores

inCoração e Vida”, por Chico Xavier, (IDEAL 1ª Ed. 1978)




segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ante o Natal




Ante o Natal


            Lembrando-te Senhor, a glória ao desabrigo, aspiramos a ser migalha do Natal permanente contigo! ....

            Faze-nos esquecer as fraquezas e os erros que trazemos e acolhe-nos na luz - na luz eterna dos teus dons supremos ...

            Deixa que nós sejamos, na exaltação do bem que a tua vinda encerra, inda que seja um traço pequenino do amor com que iluminas toda a Terra! ...

            Concede-nos a bênção de espalhar, junto daqueles que a penúria alcança, o pão que supre a mesa e o verbo da esperança! ...

            Onde a tristeza surja e a revolta se expanda em tormenta sombria, queremos ser contigo a semente da paz e o toque da alegria ...

            Onde o infortúnio chore um sonho semimorto, anelamos doar, na força de teu nome, a palavra de vida e reconforto! ...

            Ante o Natal de volta às províncias do Mundo, na doce comoção que nos invade, transforma-nos, por fim, em parcela bendita da Celeste Bondade! ...

            Ampara-nos, Senhor,  até que um dia, além de nossas trilhas  inseguras,  possamos nós também cantar, na harmonia dos Anjos:

            Glória a Deus nas Alturas! ...

Maria Dolores

por Chico Xavier

CEC, Uberaba, em 26 de setembro de 1970 
 Reformador (FEB) Dezembro 1970


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Judas e Maria



‘Retrato de Mãe’

“Depois de muito tempo,
sobre os quadros sombrios do Calvário,
Judas, cego no Além, errava solitário...
Era triste a paisagem,
O céu era nevoento”...

“Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a chorar...
Nisso, nobre mulher de planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que, em oração, ela diz:
– Meu filho, por que choras?”

“Acaso, não sabeis? – replica o interpelado,
Claramente agressivo,
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé...
Não ouviste falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor...
A princípio, julguei
Poder fazê-lo rei,
Mas apenas lhe impus
Sacrifício, martírio, sangue e cruz.
E em flagelo e aflição
Eis que a minha vida agora se reduz...
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim...
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita,
Nunca penetrareis minha dor infinita...
O assunto que lastimo é unicamente meu...
No entanto, a dama calma respondeu:
– Meu filho, sei que sofres, sei que lutas,
Sei a dor que te causa o remorso que escutas”,

“Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte...
E acrescentou serena:
– A Bondade do Céu jamais condena;
Venho por mãe a ti, buscando o filho amado.
Sofre com paciência a dor e a prova;
Terás, em breve, uma existência nova...
Não te sintas sozinho ou desprezado”.

Judas interrompeu-a e bradou rude e pasmo:
– Mãe? Não me venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira,
Fui procurar consolo e força para viver
Ao pé da pobre mãe que me forjara o ser!...
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos,
Mas teve medo de meus sofrimentos
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal,
Disse que eu era
Unicamente o espírito do mal;
Intimou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal, de onde, por certo, eu vinha...
Ah! detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha...
Não me faleis de mães, não me faleis de amor,
Sou apenas um monstro sofredor...
– Inda assim – desse a dama, docemente –
Por mais que me recuses, não me altero;
Amo-te, filho meu, amo-te e quero
Ver-te de novo, a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação...
Virás comigo à Terra,
Perderás, pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa nova existência de esperança,
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo,
Dar-te-ei outra mãe! Pensa e descansa!”...

“E Judas, nesse instante,
Como quem olvidasse a própria dor gigante
Ou como quem se desgarra
De pesadelo, atroz,
Perguntou: – Quem sois vós?
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois a divina mulher, irradiando amor
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?!”

“No entanto, ela a fitá-lo, frente a frente,
Respondeu simplesmente:
– Meu filho, eu sou Maria, sou a mãe de Jesus”.


Maria Dolores por Chico Xavier

in ‘Momentos de Ouro’ (1ª Ed. GEEM, págs 30/35)

(Extraído do livro “Regina – O Evangelho de Maria” por Jorge Damas (1ª Ed,Aliança da Fraternidade, 2000)





quarta-feira, 13 de julho de 2011

Bendito Sejas!!!



’Bendito Sejas
(do livro ‘Antologia da Espiritualidade’ - 4ª Ed. FEB-1991)
de  Maria Dolores por Chico Xavier


‘Bendito seja, coração amigo,
Pelo pão que dás, à porta,
Ao companheiro que se desconforta,
Na aflição da penúria sem abrigo!...

Deus te faça feliz pela roupa que ofertas
Aos torturados do caminho,
Que tanta vez se vão ao desalinho
Das feridas que trazem descobertas...

Deus te conceda o prêmio da ventura
Pela ternura sorridente
Com que levas ao doente
o amparo do remédio e a esperança da cura.

Deus te guarde na fonte da alegria,
Para lenir, no esforço a que te dês,
A orfandade e a viuvez
Que vivem para a dor de cada dia.

Deus, porém, te abençoe, coração brando e pasmo,
Com a mais sublime recompensa,
Quando olvidas a intromissão da ofensa,
O golpe da injustiça e a pedra do sarcasmo.

Deus te exalte no santo esquecimento
Do mal que te golpeia,
Reduzindo a extensão da chaga alheia
Sem cogitar do próprio sofrimento.

Bendito sejas, coração submisso,
Embora sábio entre os sábios,
Pela palavra boa de teus lábios,
No exemplo da bondade e do serviço,
Porque o amor transforma a sombra em luz
E o perdão, onde ampare, nunca erra,
Auxiliando a vida em toda a Terra
Para o Reino Divino de Jesus."

  

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Procura-se...






                                                                  Aviso
1          Está sendo procurado.
Homem considerado galileu.
Trinta e três anos.
Pele clara e expressão triste.
Cabelos longos e barba maltratada.
Marcas sanguinolentas nas mãos e nos pés.

2          Caminha habitualmente, 
acompanhado de mendigos e vagabundos, 
doentes e mutilados, cegos e infelizes.

3          Onde aparece,
 freqüentemente é visto entre grande séquito de mulheres, 
sendo algumas de má vida,
 com crianças esfarrapadas. 
Quase sempre está seguido por doze pescadores e marginais.

4          Demonstra respeito para com as autoridades, 
determinando se dê a César o que é de César, 
mas espalha ensinamentos contrários à Lei antiga, 
como sejam:

5          - o perdão das ofensas;
6          - o amor aos inimigos;
7          - a oração em favor daqueles que nos perseguem ou caluniam;
8          - a distribuição indiscriminada de dádivas com os necessitados;
9          - o amparo aos enfermos, sejam eles quais forem;

10       - e chega ao cúmulo de recomendar 
que uma pessoa espancada numa face ofereça a outra ao agressor.

11       Ainda não se sabe se é um mágico, 
mas testemunhas idôneas afirmam que ele multiplicou 
cinco pães e dois peixes em alimentação
 para mais de cinco mil pessoas, tendo sobrado doze cestos.

12       Considerado impostor por haver trazido pessoas mortas à vida, 
foi preso e espancado. Sentenciado à morte, 
com absoluta aprovação do próprio povo, que o condenou,
 de preferência à Barrabás, malfeitor conhecido, 
recebeu insultos e pedradas, sem reclamar, 
quando conduzia a cruz às costas.

13       Não se ofendeu, quando questionado pela Justiça, 
complicando-se-lhe a situação, 
porque seus próprios seguidores 
o abandonaram nas horas difíceis.

14       Sob afrontas e zombarias, foi crucificado entre dois ladrões.
Não teve parentes que lhe demonstrassem solidariedade, 
a não ser sua Mãe, uma frágil mulher que chorava aos pés da cruz.
 Depois de morto, não se encontrou lugar para sepultá-lo, 
senão lodoso recanto de um túmulo por favor de um amigo.

15       Após o terceiro dia do sepultamento, 
desapareceu do sepulcro 
e já foi visto por diversas pessoas
 que o identificaram pelas chagas sangrentas dos pés e das mãos.
 Esse é o homem que está sendo cuidadosamente procurado.

16       Seu nome é Jesus de Nazaré.
Se puderes encontrá-lo, deves segui-lo para sempre.


Maria Dolores (espírito) por Chico Xavier
Grupo Espírita da Prece 22/Abril/1978 Uberaba MG


quarta-feira, 23 de março de 2011

Milagres para crer...






O homem de alma sofrida
Quer milagres para crer,
Carrega, porém, consigo,
O prodígio de viver.



Maria Dolores 
por Chico Xavier