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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Hábito

 

Hábito

Walter da Fonseca Oliveira

Reformador (FEB) Novembro 1964

             Assim como nos habituamos às circunstâncias da vida, aceitando as contingências que nos são impostas em suas mais variadas formas, habituemo-nos também a aceitar as criaturas com seus defeitos e qualidades, com suas esquisitices e predicados, com seus afeitos e ingratidões, pois, como nós, são entes criados e amados por Deus.

            Se ainda não nos é possível abraçar aquelas capazes de nos causarem prejuízo moral e material, habituemo-nos, porém, pela prece, a rogar a Deus que lhes dê o esclarecimento necessário.

            Habituemo-nos, também, a prestar-lhes o auxílio indispensável, através de suas múltiplas formas de atendimento e socorro.

            Embora não possamos viver em permanente contato com esses irmãos nossos em Cristo, possuidores ainda que são dos propósitos negativos da discórdia e do desamor, não devemos, contudo, de por eles deixar de orar e perdoar-lhes.

            Da mesma maneira que o Sol ininterruptamente e através de milênios sem conta ilumina a Terra, proporcionando-lhe a continuidade da vida, - habituemo-nos, igualmente, a esquecer as ofensas, ingratidões, mágoas e ressentimentos, espargindo sempre o sorriso do entendimento, a fim de que não nos detenhamos na escala evolutiva e não mantenhamos vibrações recíprocas de inferioridade capazes de abalar a nossa saúde, roubando-nos o equilíbrio emocional.

            Façamos da prece um hábito permanente. Ela não só transmitirá nosso agradecimento a Deus por tudo que recebemos, como também permitirá uma sadia higiene mental pela canalização de forças positivas que enchem o Universo.

            Habituemo-nos a praticar o bem e nele encontraremos o fluxo de forças renovadoras e equilibrantes, sustentando-nos pela caminhada árdua e espinhosa da vida.

            Habituemo-nos a encontrar Deus através também, das múltiplas maravilhas da Natureza; nelas existem harmonia, amor e perfeição.

            Façamos da caridade um hábito sempre presente em nossas ações, do mesmo modo que se torne um hábito em nossos corações o amar ao próximo como a nós mesmos.


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Cultivo

                      

Cultivo

Walter da Fonseca Oliveira

Reformador (FEB) Julho 1965


           O mundo, na sua marcha inexorável, continua cumprindo os desígnios determinados pelo Pai Celestial.

           Nós, criaturas de Deus, partes integrantes deste mesmo mundo, também vamos palmilhando pela estrada da vida e, do mesmo modo, cumprindo nossas provações e adquirindo a experiência indispensável ao nosso aprimoramento espiritual.

           O cultivo da fé e do desenvolvimento dos sadios princípios cristãos evidentemente constituirão escudos poderosos contra as intempéries da vida e contra as naturais vicissitudes impostas às criaturas.

           Entre tantas arestas da nossa imperfeição, que requerem burilamento para que nos elevemos espiritualmente, destaca-se a da humildade e a nossa consequente conformação com as mais complexas condições que a vida nos impõe. Não raro, e como evidente prova de falta de preparação espiritual, vemos irmãos nossos se revoltarem e praticarem as mais desvairadas atitudes contra  seu próximo, e, naturalmente, contra si mesmos, de vez que a lei de causa e efeito lhes devolverá, na mesma intensidade, todas as vibrações emitidas. Daí, caros irmãos, a necessidade que temos de tenazmente desenvolver o sentimento da humildade e da conformação, capazes de fortalecer nossos Espíritos e identificar-nos melhor com o Cristo.

           Quanto mais depressa cultivarmos o campo da nossa espiritualidade, tanto mais cedo colheremos os frutos da tranquilidade, da paz interna, e mais aptos estaremos para melhor prestar o auxílio tão necessário aos irmãos que se encontram algemados nas trevas da ignorância e do desespero. Que Deus nos inspire e nos auxilie a fortificarmos os elos do amor fraterno.