Palavras e construção
Emmanuel por Chico
Xavier
Reformador (FEB)
Janeiro 1965
Mencionamos conflitos como quem
tateia chagas irreversíveis, sem ponderar que o amor opera a extirpação de todo
quisto de ódio...
Comentamos privações, dando a ideia
de que se erigem à condição de flagelos permanentes, distanciados do otimismo
que funciona por dissolvente da sombra.
Reportamo-nos a enfermidades com
tamanho luxo de minudências, como se fossem males eternos, injuriando os
princípios de saúde, capazes de restituir-nos a euforia...
Destacamos s parte menos feliz do semelhante,
com tanto empenho, que fornecemos a impressão de rentear com seres
irremissivelmente condenados às trevas, ausentando-nos do bem, à luz do qual
todo nos redimiremos um dia...
Conversemos, segundo a fraternidade
e o bom ânimo que o Cristo nos ensinou a cultivar.
Imperfeições, desastres, doenças,
desequilíbrios e infortúnios assemelham-se a meros borrões em nosso caderno de
experiência educativa, no aprendizado da existência transitória. Afim de
senhorearmos os nossos títulos de herdeiros de Deus na vida eterna. Claro que apagaremos tais desdouros com a
lixívia do nosso próprio sofrimento, mas não adianta ampliá-los através da
exaltação emotiva ou do comentário inconveniente.
Embaixo, a Terra parece uma estância
obscura, mas o Sol brilha acima...
Recordemos a exortação de Paulo:
- “A palavra do Cristo habite em vós
ricamente.”
O trabalho é infalível extintor da miséria.
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