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domingo, 2 de agosto de 2020

"Sim, sim; Não não".


“Sim, sim; Não, não.”
Antônio Luiz Sayão
por Olímpio Giffoni
(em sessão do Grupo Ismael, na FEB, em 4-11-71)

Reformador (FEB) Agosto 1972

            Em serviço na leira do bem, onde marcamos nossos passos ao compasso do bordão do bom pastor, seguimos com calma e tranquilidade o caminho, certos de estarmos sendo vigiados e protegidos por divina presença.

            Enquanto obedientes à Voz do pastor, não nos atingirão os lobos ocultos na estrada. Somente os invigilantes que se prendem às fantasias e se descuidam, retardando os passos, é que são envolvidos pelas forças inferiores. Ao serviço de Jesus, teremos sempre que defrontar aqueles que ainda tendem a servir como Judas e sacrificam os próprios ideais. Isto é esperado, pois também esta foi lição exemplificada por Jesus. Mas, afrontando as mais pesadas injúrias e incompreensões, teremos de ser positivos, sustentando com humildade, bem alto, a bandeira que nos cabe carregar. Ao serviço de Jesus, não se pode agradar a dois senhores. Agindo, no entanto, sem violência, mas, ao contrário, com humildade e amor, temos de nos decidir com o “sim, sim; não, não” do Evangelho.

            A verdade virá em toda a sua luminosidade, ofuscando os que não querem entendê-la. Porém, é preciso paciência, tolerância, aguardar que o tempo faça o que nem sempre nos é possível fazer hoje.

            A lição da cruz permanece viva para nós, mas muitos ainda não a entenderam em seu verdadeiro significado. Assim como ela renasce cada dia, para os homens, como um convite à renúncia do mundo, o nosso esforço e de quantos passaram por esta Casa servindo ao Senhor na sustentação do seu Evangelho em verdade e vida, ficará para que outras gerações encontrem o roteiro de luz indispensável. Guardai paciência e humildade. Eles retomarão, um dia, em busca daquilo que hoje mantemos com amor, certos de que esta é a vontade de nosso bom Anjo Ismael.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Celina fala aos Médiuns

Celina fala aos médiuns

Data: 15.7.1880, dia da inauguração do Grupo dos Humildes.
Médium: Frederico Jr. Reformador (FEB) 1.12.1916
           
            Eu sou Celina.

            O meu nome indica a minha origem: Mensageira de Deus. Venho dizer-vos que é aqui onde piso que se deve estabelecer a sede da verdadeira crença no Espiritismo.

            Trago-vos a pedra que deve servir de base ao vosso edifício. Lance-a na terra e comece a vossa obra.

            Ocupai-vos, primeiramente, só da educação dos médiuns.

            Escolhei-os, vede que nele encontrem todas as qualidades precisas para bons instrumentos. Não é somente a faculdade de poder transmitir vozes alheias o que deveis nelas buscar, não.

            Deveis primeiramente procurar conhecer se eles se acham dispostos a se compenetrarem da santa e verdadeira tarefa que lhes é confiada. Vede, é mister que os vossos médiuns não só estudem a Doutrina; mas é preciso que eles se julguem como partes necessárias ao edifÍcio levantado por ordem superior.

            É mister que eles se desliguem dos defeitos a que a matéria os possa impelir, e que se refugiem completamente no seu espírito e se resignem a pertencer mais a Deus do que ao mundo.

            Da moralidade dos médiuns dependerá a recepção dos puros espíritos. É mister que se dispam do egoísmo, da inveja, do ódio, do ciúme, da vaidade, das lascívia, do sensualismo, todos esses defeitos que arrastam a humanidade ao abismo, à perdição.

            Educai-os em todo sentido, moral e intelectualmente, sem o que jamais podereis conseguir o fim desejado.

            É mister que eles se compenetrem que nos olhos de Deus nada pode ser oculto e que aquele que aceitar a missão que lhe foi imposta e não envidar todos os esforços para tornar-se um verdadeiro instrumento, tem por duas vezes ofendido o seu Criador.

            Quando se sentirem vacilar, despontando em seu seio qualquer um desses defeitos, levantem os olhos ao céu e chamem Ismael. Ele vos enviará Celina, trazendo-vos parte da pureza do Mártir do Gólgota.

            Seja Jesus o vosso exemplo, em todo o sentido.

            Lembrai-vos que Ele não precisava sofrer, porque não havia delinquido e por amor da humanidade despiu-se de tudo, para unicamente cumprir a sua missão.

            Vede vós, que já nesta, já em outras existências, tendes incorrido em grande erros, se deveis ou não buscar purificar-vos.

            Da pureza dos médiuns dependerá a transmissão da verdadeira luz que Deus, por seu intermédio, transmitirá a seus filhos, para seu ensino e ensino dos seus semelhantes.

            Vede bem, já vos disse e repito; a tarefa é árdua; mas se pudésseis, como eu, ver a glória imensa para aquele que compreender e se dedicar espontaneamente em prol do gênero humano, não hesitareis um só momento em tudo deixar para seguir as pisadas do Cristo.

            Quem mais do que Ele sofreu? Ninguém. Vós que tendes consciência, que incorres constantemente em seu desagrado, aproveita o santelmo que Ele vos oferece: a tábua de salvação que vos é outorgada, por sua bondade infinita!

            Adeus, meus irmãos, vou às regiões donde fui mandada e aqui vos deixo o estandarte de vossa nova escola, e sobre vossos corações eu lanço a fé, o amor e a caridade que Cristo nos envia. Celina  

            ... Registre-se ainda que, aos 15 de Julho de 1880, quando da 1ª reunião do Grupo Ismael, foi ele (Frederico Jr.) quem serviu de instrumento à doce Celina. Esta, menina angelical e irradiante, apareceu descalça, com um pé no espaço e outro apontando o Rio de Janeiro, num globo terrestre, e dizendo que ali, naquele local, floresceria a árvore do Evangelho. A Casa de Ismael nascia, portanto. Celina tinha nas mãos um belo estandarte, conclamando a humanidade à fé, à esperança e à caridade...

 Em Reformador (FEB) 16 Maio de 1920

            Manifesta-se Celina, espírito angélico, que a todos os videntes se apresenta sob o aspecto de meiga e encantadora criança. Vamos ao texto:

            "Paz, irmãozinhos meus. Na ampulheta do tempo se escoam os últimos grãos de areia marcando o fim de um ciclo que se encerra, ciclo em que a humanidade tresvairou num dédalo de crimes e de erros, e o início de um novo mundo regenerado, habitado por espíritos que, trabalhados pela dor, depurados pelo sofrimento, virão enfim gozar o prêmio de seus esforços, tomando parte no concerto universal dos que cantam hosanas ao Senhor.

            A nossa Mãe Santíssima me envia a vós para saudar-vos em Seu nome e dizer-vos:

            "Meu filhinhos, imenso é o amor que vos consagro.

            Sofro convosco e convosco me alegro. Meu espírito vibra de intenso júbilo quando vos vejo nortear a vossa conduta pelos preceitos de moral que vos ensinou aquele que na terra foi meu filho; e meu coração se confrange quando noto que procurais o caminho do mal, por onde ireis à perdição

            Meu pensamento não se desvia um só momento de vós, imprecando ao Pai que vos dê forças para que carregueis a vossa cruz sem murmurar, a fim de que não percais o vosso tempo, que é precioso, visto não saberdes quando chegará a vossa hora. Rogo a Deus que vos torne capazes de dizer, nos momentos mais angustiosos de vossa existência terrena, por mais acerbo que seja o sofrimento; cumpra-se nos escravos a vontade do Senhor.

            De escravos que sois da matéria transformai-vos em senhores. Para isso dispondes de poderosa alavanca - a vontade - que, posta em ação, remove montanhas.

            Se os meus conselhos penetrarem os vossos corações, meus filhinhos, tereis finalmente tragado a morte na vitória, atingindo a meta suprema, o objetivo principal da vossa peregrinação, que é a perfeição sideral.

            Permita o Pai que o consigais e aceitai o ósculo amoroso d 'Aquela a quem, nos momentos de aflição, vos dirigis, dando-lhe o doce e meigo nome de Mãe"

            Cumprida a missão que me incumbiu a Virgem, ofereço-vos a minha fronte de criança e vos rogo que nela também depositeis um ósculo, certos de que um dia saberei retribuir-vos carinhosamente.

            A paz do Senhor seja convosco.           Celina


Ainda Celina...

(Página recebida na Federação Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro, RJ, na reunião
do Grupo Ismael da noite de 6-8-1981, pelo médium Olímpio Giffoni)

            Meus irmãos,

            A fonte deixa correr a linfa pura, que brota de entre as rochas, despreocupada com o emprego que dela farão dali em diante. 'Por certo se regozijaria se pudesse manifestar emoções com a carícia dos pássaros que lhe beijam o regaço, para de gota em gota mitigar a sede; ou com as lágrimas, vertidas pelo viajor exausto, que dela se vale para refrescar o rosto escaldado pela inclemência do Sol e saciar a sede que lhe resseca as entranhas.

            Sois colocados para a sublime missão de, como a fonte, deixar correr de entre vós a linfa cristalina que desce do Céu para dessedentar os que têm sede de Sabedoria Divina. Abri os vossos corações, dai curso ao que do Céu recebeis e não vos importeis com o mau uso que dela farão; contentai-vos, amados meus, com o bem que dela fizerem os que receberem com alegria a Mensagem de Vida Eterna.

            Como a fonte, amados do meu Senhor, regozijai-vos com o aproveitamento dos que derem prosseguimento com fidelidade ao que lhes transmitistes. Tanto quanto vos seja possível, limpai o caminho para que ela possa alcançar o mais longe possível sem se contaminar.

            Os obreiros da Vinha do Senhor, que vos antecederam, da mesma forma como hoje, tiveram de defrontar-se com os detratores que procuraram impedir o curso normal das mensagens do Meigo Nazareno, mas apesar destes as mensagens prosseguem a sua jornada vitoriosa, levando no seu bojo inclusive os que tentaram impedir-lhe a marcha.

            Prossegui, amados do meu Senhor, levantando bem alto o estandarte do Anjo Ismael, que proclama o lema DEUS, CRISTO E CARIDADE.

            Vossa irmã em Jesus Senhor Nosso,   Celina


domingo, 29 de setembro de 2013

'Celeste Reconforto'



Celeste
 Reconforto
Redação
Reformador (FEB) Junho 1978

            Todos sabemos que é nos postos avançados de serviço que mais intensos se tornam os combates que o Bem e o Mal travam no mundo. Aqui, na Federação Espírita Brasileira, nenhum trabalhador, desde os primórdios da Instituição, até os dias atuais, foi jamais poupado de duras provações e difíceis testemunhos. Entretanto, é forçoso reconhecer que, de todas as formas de aflição que angustiaram e angustiam os operários de Ismael, a mais dolorosa sempre foi e continua sendo a incompreensão de valorosos confrades, de irmãos de ideal, de estimados companheiros de lutas redentoras.

            Quantos sofrimentos, nesse sentido, experimentou o próprio Bezerra de Menezes, na presidência da FEB! O testemunho de Allan Kardec, a esse respeito, é, por sua vez, impressionante: "Andei em luta com o ódio de inimigos encarniçados, com a injúria, a calúnia, a inveja e o ciúme - escreveu ele, ainda encarnado -; libelos infames se publicaram contra mim; as minhas melhores instruções foram falseadas; traíram-me aqueles em quem eu mais confiança depositava, pagaram-me com a ingratidão aqueles a quem prestei serviços.  A Sociedade de Paris se constituiu foco de contínuas intrigas urdidas contra mim por aqueles mesmos que se declaravam a meu favor e que, de boa fisionomia na minha presença, pelas costas me golpeavam. ( ... ) Nunca mais me foi dado saber o que é o repouso; mais de uma vez sucumbi ao excesso de trabalho, tive abalada a saúde e comprometida a existência." ("Obras Póstumas", FEB, 16ª ed., pp. 283/4.)

            De nossa parte, cumpre reconheçamos quão difícil é "sacudir o pó das sandálias" e superar, no silêncio da prece e do trabalho, aleivosias imerecidas e gratuitas incriminações.

            Por isso que, de tempos em tempos, os próprios Mentores da Espiritualidade, condoídos das chagas que as nossas almas ostentam, ofertam-nos, espontaneamente, verdadeiras cachoeiras de sacrossantos estímulos, através de mensagens extremamente confortadoras, para reanimar-nos o bom ânimo. Foi o que aconteceu no dia 20 de outubro de 1977, quando, em reunião do Grupo Ismael, os três médiuns em serviço receberam, simultaneamente, através da psicografia, páginas que não somente se afinam pelo mesmo diapasão de sentimentos, mas que representaram, para as nossas almas, uma chuva de bênçãos renovadoras.

            Certos de que inúmeros outros servidores de Jesus se beneficiarão igualmente com aqueles ditados sublimes, decidimos reproduzi-los aqui, esclarecendo, desde  logo, que não nos julgamos deles merecedores, e sim, apenas, com eles beneficiados.

            Uma das mensagens nos veio do grande Bittencourt Sampaio e foi recebida pelo médium Giffoni:

            "Meus amigos, a advertência que invariavelmente ouvis, para que vigieis e oreis, não são simples palavras de retórica para facilitar a compreensão das lutas e vicissitudes a que a vida vos condiciona e que são instrumentos do vosso aperfeiçoamento moral.

            Não, elas não são simples literatura dos vossos mentores espirituais; são, sim, uma advertência mais do que necessária, um imperativo da hora presente.

            Nossos irmãos encarnados e desencarnados que ainda necessitam da dor, como instrumento para renunciarem à condição humana, que os escraviza sem que disso se apercebam, cercam todos aqueles que levantam a bandeira do Evangelho como o caminho da redenção.

            Viveis as mesmas tentações que impuseram a Jesus, a fim de que Ele renunciasse à pregação que fazia, anunciando o Reino de Deus, e o levariam ao Gólgota, na tentativa de impedir a divulgação da Verdade.

            Sereis, a cada dia que passar, mais assediados pelos que não querem ver a Luz; e, para levar avante vossas tarefas, tereis que manter permanente comunhão com os enviados do Céu, mas esta comunhão só se obtém através da oração e da vigilância.

            Sereis, meus irmãos, tentados por todas as formas, mas tende confiança.

            Jesus é o nosso Pastor: Ele fala aos nossos corações, se lhe abrirmos as portas. Ele dará, se ainda isto lhe exigirem, a vida, para salvar-nos. Ele sofrerá junto com quantos estão no mundo lutando por fazer com que o seu Reino seja permanente nos nossos corações."



            Outra página, psicografada naquela noite, é uma formosa prece do Espírito Letícia:

            "Divino Jesus, Senhor Augusto e Soberano Mestre!

            Aqui estamos, em lágrimas de ternura e gratidão, ao lado de teus e nossos filhos! Eles enfrentam, Senhor, no grande oceano da vida terrena, os primeiros sopros fortes do vendaval que avança sobre a Tua Barca, e sentem no coração o frio da vigília que precede a manhã das batalhas decisivas.

            Percebem claramente, ó Mestre, que chega, veloz e silenciosa, a hora do testemunho, e sabem que não há como afrontar a realidade maior senão de alma aberta e confiada em Ti.

            Dá, porém, Augusto Condutor de nossas vidas, que eles percebam, mais clara e permanentemente que nem só cardos e pedras atapetam o chão áspero da senda a que a Tua Bondade os conduziu.

            Que eles recolham, no escrínio íntimo, as flores perfumosas e sinceras que o nosso afeto lhes oferece todos os dias e todas as noites.

            Que vejam, Mestre Amado, as nossas mães carinhosas a afagar lhes as frontes cansadas e a encorajá-los à batalha redentora!

            Ó Pastor Sublime, dá que eles se apercebam de que o nosso coração acompanha cada um dos seus passos, nossos braços secundam os seus braços, nossos olhos choram as mesmas gotas de pranto e contemplam, no longínquo Céu, as mesmas estrelas!

            São nossos irmãos muito amados - e mais - são nossos filhos, a quem acalentamos durante muitos séculos, no desdobrar-se incessante dos tempos, e a quem nem sempre soubemos encaminhar e defender.

            Agora, Glorioso Governador de nossas almas, somos compelidos a acompanha-los no silêncio do anonimato e na constância do amor, deixando-os, porém, livres e aparentemente sós, à frente dos vagalhões que vem vindo ao seu encontro.

            Confiamos neles, mas sobretudo confiamos em Ti, que a todos nos amparas e nos guias, para que, ó Redentor Excelso, o nosso sublime amanhã alvoreça maravilhoso, sobre nós, no firmamento sagrado que cobre esta Pátria bendita, em que replantaste, para o Novo Milênio, a Árvore Divina da Tua Boa Nova!"



            A terceira mensagem, de sublimal conteúdo, foi recebida pela médium Maria Cecília Paiva e veio do amorável Bezerra de Menezes:

            "POR MEU AMOR, ASSIM FARÁS!

            Hoje certamente já não existem os circos, onde os cristãos, martirizados, testemunhavam a fé e o amor.

            Não mais existem as fogueiras da "santa" Inquisição, que consumiam as vítimas indefesas, arrebanhadas no apostolado da mediunidade ou da fé exaltada em espírito e verdade.

            Desapareceram as cruzes, os cravos, as coroas de espinhos...

            Entretanto, o ódio acirrado das trevas prossegue sua faina destruidora, atingindo povos e nações, mas é no reduto daqueles que se consagram à bênção do estudo renovador, à sustentação da luz, no planeta, à intensificação do Bem e à propagação da Verdade, que esse ódio atinge a sua escalada maior, culminando muitas vezes no arrastamento, às sombras, das almas invigilantes.

            Todavia, por amor ao Mestre Divino, farás a tua parte.

            Perdoarás quanto for preciso.

            Olvidarás o nome dos portadores da sombra, esquecendo a calúnia.

            Orarás por teus inimigos.

            Vigiarás, de luz acesa, a tua noite e o teu dia, não por medo destruidor, mas para que não dês guarida a nenhum rastro vil da miséria oculta, ou do veneno tenebroso.

            Por amor do Senhor, participarás, confiante, de seu banquete celestial.

            Convidarás os coxos e os estropiados.

            Escreverás mensagens de fé.

            Erguerás, com júbilo dalma, o estandarte do Anjo Imaculado e, hasteando-o bem alto, proclamarás a tua fé.

            Não te deixes abater, mas confia.

            Sê forte e sereno n’Aquele que é a tua força e o teu vigor.

            Alimenta a chama sagrada do Amor no núcleo cristão e estende os olhos para a Terra da Promissão.

            Um dia, verás cintilar, no céu azul, mais intensamente, a formosa Estrela da Paz.

            Ouvirás o murmúrio das vozes, em preces de gratidão, e entoarás, com a alma festiva, o cântico dos anjos: Paz a todos os homens!..

            Por amor ao Senhor Divino, caminharás. E com Ele vencerás! 

            Deus seja louvado, hoje e sempre.”

            Bem sabemos que essas joias do Céu não nos foram entregues por merecimento especial, mas não podemos deixar de admitir, com o Divino Mestre, (Mateus, 10:10) que "digno é o trabalhador do seu alimento".


quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Exemplo da Cruz


O Exemplo
 da Cruz

           
            Filhos, o exemplo maior da crucificação deixado pelo Divino Salvador vem-se multiplicando através do tempo.

            Há 1978 anos, Jesus escandalizava os homens, deixando-se crucificar com a não apresentação de defesa.

            Permitiu que os senhores do mundo falseassem a verdade, para não lhes aumentar a responsabilidade com conhecimentos muito acima de suas capacidades de responder por ela.

            Levado, em exemplo único até então, a ser imolado por uma Doutrina de renúncia, humildade e amor pelos seus semelhantes, até o fim, suplicou perdão pelos seus algozes.

            O exemplo maior da crucificação, meus filhos, hoje, é multiplicado, por mais estranho que possa parecer. Em diferentes formas, os homens se deixam levar à Cruz, seguindo as pegadas do Divino Mestre. Desde um Paulo de Tarso, de Pedro, Estêvão e outros cristãos do passado, vemos, em vossos dias, irmãos na fé renunciando a todos os bens e posições que o mundo lhes oferece, para aceitarem, com humildade e amor, as tarefas de servir sem serem compreendidos, de amar sem serem correspondidos, de serem caluniados e perseguidos, por causa da Doutrina do Divino Mestre.

            São, meus filhos, exemplos vivos de vossos tempos. Dentre muitos, citaremos o vosso Bezerra, deixando as riquezas do mundo para aceitar e carregar a Cruz que simboliza o caminho de redenção da Humanidade.

            O exemplo da Cruz, meus filhos, não é mais um ato isolado no mundo.

            Já são muitos os que se deixam crucificar, em beneficio de seus irmãos, como o fez Jesus.

            Este já não mais é um ato isolado. Graças a Deus, há seguidores.

            Deus vos abençoe, meus filhos.

            Maria de Magdala
 (Página recebida na FEB, no Rio de Janeiro-RJ, em 19-4-1973, pelo médium       Olímpio Giffoni.





quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Prossegui...


Prossegui...

            Meus irmãos.

            A fonte deixa correr a linfa pura, que brota de entre as rochas, despreocupada com o emprego que dela farão dali em diante. Por certo se regozijaria se pudesse manifestar emoções com a carícia dos pássaros que lhe beijam o regaço, para de gota em gota mitigar a sede; ou com as lágrimas vertidas pelo viajor exausto, que dela se vale para refrescar o rosto escaldado pela inclemência do Sol e saciar a sede que lhe resseca as entranhas.

            Sois convocados para a sublime missão de, como a fonte, deixar correr de entre vós a linfa cristalina que desce do Céu para dessedentar os que têm sede de Sabedoria Divina.

            Abri os vossos corações, dai curso ao que do Céu recebeis e não vos importeis com o mau uso que dela farão; contentai-vos, amados meus, com o bem que dela fizerem os que receberem com alegria a Mensagem de Vida Eterna.

            Como a fonte, amados do meu Senhor, regozijai-vos com o aproveitamento dos que derem prosseguimento com fidelidade ao que lhes transmitistes. Tanto quanto vos seja possível,limpai o caminho para que ela possa alcançar o mais longe possível sem se contaminar.

            Os obreiros da Vinha do Senhor, que vos antecederam, da mesma forma como hoje, tiveram de defrontar-se com os detratores que procuraram impedir o curso normal das mensagens do Meigo Nazareno, mas apesar destes as mensagens prosseguem a sua jornada vitoriosa, levando no seu bojo inclusive os que tentaram impedir-lhe a marcha.

            Prossegui, amados do meu Senhor, levantando bem alto o estandarte do Anjo Ismael, que proclama o lema DEUS, CRISTO E CARIDADE.

            Vossa irmã em Jesus Senhor Nosso,

                                                                  Celina
 (Página recebida na FEB, no Rio de Janeiro-RJ,
 na reunião do Grupo Ismael da noite de 6-8-1981, 
pelo médium Olímpio Giffoni.)


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Apascenta o meu rebanho...


Agosto de 1973  -  Reformador (FEB)


 Apascenta
o meu Rebanho...

            Olhar lançado no Infinito, busco a veneranda figura de Pedro, o apóstolo, diante da insistência do Divino Mestre, indagando-lhe, por mais de uma vez, se ele o amava. E, embora respondida afirmativamente, a pergunta lhe foi repetida até a terceira vez, quando Pedro, desconfiado de que o Senhor não lhe escutava o coração, responde: "Tu sabes, Senhor, que te amo."

            Em face da avalancha de acontecimentos surgidos, era necessário que o Senhor lhe robustecesse a fé com palavras que deveriam permanecer inalteráveis em relação aos fatos que se seguiriam; e, já agora, não mais visando à sua pessoa, e sim aos seus seguidores, para que, nos momentos de decisão, as palavras que o Senhor o fez repetir aflorassem acima de todas as outras.

            No diálogo com Pedro, Jesus deixou-nos ainda a lição sublime da humildade, com vistas aos acontecimentos em que os apóstolos se veriam envolvidos.

            Embora sentindo-lhes a devoção ao trabalho, o pulsar dos seus corações desejosos de acertar com a Divina Sabedoria para minorar as agruras do caminho de seus irmãos e de si próprios, insistimos com amor nessas palavras, para que fiquem gravadas nos corações dos companheiros de lides doutrinárias e a fim de que se lembrem delas e nelas se fortaleçam, quando se sentirem sozinhos no meio das lutas.

            Eis nos aqui, a repetir: Tu amas o Cristo? Apascenta as minhas ovelhas ... Se me amas, meu filho, apascenta o meu rebanho ...

                                  
Ismael

por Olimpio Giffoni, Grupo Ismael, (FEB), em 21/6/73.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Allan Kardec e o Grupo Ismael


A Comunicação do
Espírito de Allan Kardec
no Grupo Ismael
Data: 14 de Junho de 1979

in “Allan Kardec – Pesquisa Biobibliográfica
e Ensaios de Interpretação” Volume III
( Ed. FEB 1980)

           
            O livro “Allan Kardec”, no conjunto dos três volumes que o integram, ficou inteiramente concluído no dia 31 de maio de 1979, data em que Francisco Thiesen assinou a Introdução constante no volume II.

        Em 7 de junho de 1979, uma semana após, o Espírito de Allan Kardec esteve presente no Grupo Ismael, da Federação Espírita Brasileira, onde fora visto pelos médiuns Olímpio Giffoni e Hernani T. de Sant’Anna, tendo o primeiro deles confirmado não apenas a presença do Codificador no recinto dos trabalhos, como também transmitido uma comunicação de Romualdo, a respeito. Sete dias depois, aos 14 de junho de 1979, segundo medianeiro que o vira psicografou-lhe uma mensagem, cujo texto, na íntegra, já divulgado em “Reformador” de outubro de 1979 (p. 325), no corpo do artigo “Programa e Obra de Ismael”, de Alberto Nogueira da Gama, é o seguinte:

         “Meus nobres e respeitáveis amigos,

        Como discípulo fiel, mas tão precário quanto me impôs ser a condição humana, realizei o melhor que pude o trabalho que o Mestre me confiou. De regresso ao mundo espiritual, constatei que somente o essencial foi concluído.

        Antes, porém, que me pudesse abespinhar por isso, o Divino Amigo me fez sentir, na generosidade da sua sabedoria, que a semente lançada à terra era boa e daria os frutos desejados, no tempo certo e de acordo com o programa superior, traçado nas Alturas. Cabia-me aceitar que ao trabalhador basta o seu trabalho; compreender que o tempo deve exercer, em tudo, a sua quota de ação; perceber que era indispensável aguardar que se cumprissem, através das idades e dos acontecimentos, todos os itens previstos pela sapiente visão do Supremo Governador dos destinos de nosso planeta e de nossa Humanidade.

        Não precisei angustiar-me, portanto, com as ocorrências que fizeram a história dos primeiros tempos de nossa Doutrina, na face do orbe, pois acompanhei, na posição do operário sempre em serviço, o transplante da Árvore do Consolador para as plagas do Brasil e os esforços apostolares aqui desenvolvidos para assegurar-lhe a sobrevivência e o desenvolvimento.

        Chegado o tempo de mais efetiva disseminação da Mensagem Espírita no mundo, era necessário, porém, que tudo fosse revisto e consolidado; aplainadas, com todo o cuidado, arestas e asperezas; corrigidas algumas omissões; podado certos excessos de interveniência humana; esclarecidas determinadas dúvidas de interpretação.

        Fácil é de entender-se esse imperativo, desde que se tenha em vista que se trata agora de nova e verdadeira entrega do Paracleto a todos os povos da Terra.

        Dado que entendestes, com a vossa lucidez espiritual e o vosso devotamento, essa requisição do Cristo que nos dirige, devo agora agradecer o vosso empenho e o vosso devotamento, assegurando-vos que tudo está pronto para que o êxito coroe o desdobramento dos tentames que terão de ser empreendidos, para que a luz alcance e clareie todos os vales e todos os planaltos do orbe.

        O trabalho do Senhor a ninguém pertence, mas é de todos os que atendem ao seu chamado, para a cooperação humilde e desinteressada, sincera e eficaz.

        Nada, realmente, se constrói sem trabalho, sem solidariedade e sem tolerância; sem Deus, sem Cristo e sem Caridade.

        Que, pois, o Amor e o espírito de serviço sejam os vossos conselheiros permanentes em todas as situações, certos de que o Espiritismo é Jesus de volta, para consolo e redenção de todos os seres humanos.  
                                                     
Allan Kardec