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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Espiritismo, poesia e política


Parnaso Oficial


            Desborda da Doutrina; é tal como penso; já o afirmei por escrito: Espiritismo e Política são incompatíveis, valendo lembrar nesta oportunidade a sábia assertiva de Camilo Castelo Branco, no sentido de que a política, sob a capa da razão, cava, num palmo de terra existente entre dois irmãos, a sepultura de ambos.

            Destarte, na análise que ora faço não sou movido por nenhum objetivo partidário, ideológico ou eleitoreiro. Não me cabe alvitrar, aqui, sequer sobre o programa do Presidente da República. Muito menos comentar as medidas que tem tomado, dispensando-me a oportunidade de considera-Ias certas ou erradas. Repito apenas meu ponto de vista sobre um dos aspectos dessa complexa questão; único aspecto, aliás, que um artigo nesta revista - ou em qualquer publicação séria sobre Doutrina Espírita - comporta: ninguém é Chefe de Estado por acaso.

            Alcançar a mais alta magistratura dum País é acontecimento que não se regista na carreira de nenhum Espírito encarnado senão com o beneplácito do Alto. E' claro que isso não implica endosso permanente a tudo o que um Presidente faça. O caminho à suprema curul é aberto ao emissário e até mesmo alguns problemas lhe são contornados pelos mentores espirituais. Mas, depois de coroado, embora continue como qualquer criatura a ser assistido, o Presidente é deixado à sua liberdade e à sua consciência. No entanto, como dele dependerão indiretamente milhões de vidas outras, poderá ser afastado se não cumprir sua missão com desvelo. Ouçamos, a propósito, a palavra abalizada do superior Espírito de Emmanuel:

            “A responsabilidade dum cargo público, pelas suas características morais, é sempre mais importante que a concedida por Deus sobre um patrimônio material. Daí a verdade que, na vida espiritual, o depositário do bem público responderá sempre pelas ordens expedidas pela sua autoridade, nas tarefas da Terra”  (“O Consolador”, questão 65).

            Veja-se, ainda do próprio Emmanuel, a narrativa do caso de Napoleão, em “A Caminho da Luz”, págs. 175/17p da 5ª edição:

            “O humilde soldado corso, destinado a uma grande tarefa na organização social do século XIX, não soube compreender as finalidades da sua grandiosa missão. Bastaram as vitórias de Arcole e de Rivoli, com a paz de Campo Fórmio, em 1797, para que a vaidade e a ambição lhe ensombrassem o pensamento”. “Sua fronte de soldado pode ficar laureada, para o mundo, de tradições gloriosas, e “ verdade é que ele foi um missionário do Alto, embora traído em suas próprias forças”.

            Caberia uma indagação: o afastamento seria decursivo da influenciação do Alto junto aos inimigos do Presidente para que ele – por exemplo - seja deposto? Não. Evidentemente que não. O Alto só é agente do Bem. Dar cobertura a criaturas que, embora às vezes por causas nobres, empregam meios de violência, de atrito, de luta, seria inconcebível da parte dos bons Espíritos, responsáveis pelos destinos dos países. O que o Alto faz é apenas retirar a sua cobertura, deixando o Presidente sem apoio, sem amparo espiritual. Então, os que investem contra ele (e há sempre esses, em qualquer país) acabam levando de vencida seus planos e o Presidente cai, é afastado, é apeado. Por outro lado, enquanto ele estiver cumprindo seu dever com lealdade a Deus e a seu povo, enquanto estiver empenhado em promover o bem-estar social da nação sob seu comando, é claro que permanecerá sempre assistido e não vingarão contra as suas portas as ameaças e as assacadilhas dos que pretenderem derrubá-lo.

            Assinale-se , porém, “en passant”, que muita vez os atos e as decisões dum Chefe de Estado são aparentemente errados ou injustos, mas intrinsecamente estão certos. O povo, não raro, desconhece a globalização dos problemas duma nação e julga seus mandatários pelo ângulo apertado da sua visão de indivíduo isolado, dissociado da coletividade, que é, afinal, a que tem de ser visada pelo Governo. E pede então o que, a rigor, não lhe pode ou não lhe deve ser dado. Tal como o faz, igualzinho, em relação a Deus, quando sofre e acha sempre que lhe é injusta ou imerecida a sua dor. Daí a lição do missionário Roustaing:

            “O Senhor não se mantém nunca surdo, bem o sabeis, às vozes de seus filhos, quando se dirigem a ele com confiança e fé. O pai da grande família nem sempre concede as graças como lhe são pedidas, porque, em vez de constituírem um bem, redundariam em confusão para o homem”. “O homem a quem o pai celeste deu bom espírito é aquele que compreende as palavras do Mestre, que se aplica em praticá-Ias e nunca desespera do seu amor e da sua justiça» (“Os .Quatro Evangelhos”, tomo segundo, págs. 58/59 da quarta edição).

            Falei acima em coletividade a ser visada pelo Governo. Não se confunda, por favor, essa alusão, com falsas ideias coletivistas, sonhadas utopicamente pelos que leram Engels e se encantaram por desaviso. “A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará”. (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XXV, n" 8). O bem da coletividade deve ser objetivo de qualquer Governo honesto; mas certamente dentro das coordenadas próprias de cada nação, com suas peculiaridades humanas, suas características psicológicas, seus processos administrativos, sua produção interna, seu progresso técnico e material. Não nos empolguemos com promessas aparentemente vantajosas. “O Socialismo é uma bela expressão de cultura humana, enquanto não resvala para os polos do extremismo”. (“O Consolador”, questão 57). O bem-estar do proletário é necessário e conveniente, importante e impositivo. Mas só ele, quando queira e quando possa (não esqueçamos a implacável lei do carma), deixará de ser - se o for - proletário injustiçado. Depende mais dele do que de qualquer outra criatura, embora essa conceituação tenha de ser entendida não em termos de uma só vida, mas da pluralidade de vidas a que todos estamos sujeitos. Não adianta, pois, alterar as estruturas políticas. O problema é mais amplo e é de sistemas, não de regimes. Evolução é conquista individual e inalienável. Ninguém pode fazer nada por mim, se eu não quiser ser ajudado, se eu não fizer por onde ser ajudado. Lembremos o Cristo: “Ajuda-te e o Céu te ajudará”. Lembremos também o feliz comentário de Kardec, no capítulo XXVII, número 7, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Ele (Deus) assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com a máxima: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam dum socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui". Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço”.

            Falando-se porém em proletariado, complementemos a análise novamente com Emmanuel:     “A verdade é que todos os homens são proletários da evolução e nenhum esforço de boa realização na Terra é indigno do espírito encarnado. Cada máquina exige uma direção especial e o mecanismo do mundo requer o infinito de aptidões de conhecimento”. ( “O Consolador”, questão 57).

            Ademais, quem é capaz de jurar que o homem de maiores recursos não é menos feliz do que o desafortunado? Ah. . . quanto Sol não gostaria de ser vagalume ...

            Mas, voltemos à noção anterior. Ninguém chega ao primeiro posto dum País, a não ser com o consenso da Espiritualidade. Repitamos: será assistido se se mantiver à altura das suas promessas feitas antes de encarnar; será abandonado se faltar aos seus compromissos.

            Este é o meu ponto de vista, em função do qual, portanto, entendo que o General Emílio Garrastazu Médici chegou a Presidente do Brasil porque assim o Alto consentiu e porque esta era a sua missão. Note-se: foi 1 homem, apenas, o escolhido entre 90 milhões de homens!

            Acaso? Ora, sabemos que o acaso não existe, nem mesmo se a proporção fosse de 1 homem para 2. Aposto o consenso do Alto, de agora em diante, porém, o problema é com o Presidente. Será ou não assistido, conforme. suas intenções, seu programa, sua ação, seus métodos. Mas é isso que não quero analisar aqui, porque acho que me não compete, visto ter de entrar em apreciações políticas cuja oportunidade, com já disse, não é esta e nem esta revista comportaria. Pretendo apenas abordar - isto sim - alguns outros aspectos da fala do Presidente da República no dia 25 de Dezembro último, dia de Natal.

            O General Garrastazu Médici não discursou; declamou. O texto que leu - dizem que é ele mesmo quem escreve seus discursos apolíticos - era um poema, não uma mensagem em prosa. Vejo nele, pois, uma criatura bastante sensível, com a raríssima autoridade moral dos homens que, vivendo todos os multíplices problemas inerentes à Chefia dum Governo, são capazes de falar mais tempo em questões humanas e profundamente líricas, do que em estatísticas e resultados operacionais, informática ou tecnocracia.

            Qual será a posição do General Emílio Garrastazu Médici em face da Teologia? Ou, mais precisamente, em face da Religião? Não sei. Talvez ninguém saiba com certeza. Chamou-me a atenção, entretanto, estas frases na fala presidencial de Dezembro:

            “Nesta noite e neste dia de Natal, quero voltar-me primeiro para os de mim distantes. Não somente para os despercebidos, os ignorados, os anônimos) os silenciosos, os invisíveis, senão também os contrários, os discordantes, os indiferentes e os crestados pela desesperança”.

            Invisíveis? Sem dúvida, essa terminologia não é comum senão aos profitentes duma certa doutrina religiosa. Como me soa bem aos ouvidos essa palavrinha ...

            Todavia, não forcemos nada. Saboreemos apenas o que está lucidamente claro, como por exemplo essa afirmativa do Presidente: “O Natal, antes que o destino me impusesse a vinda que eu não quis, era-me, então, o tempo de repassar os caminhos de Jesus no fundo de minha consciência”.

            O Espiritismo, em tempos idos, já sofreu duríssimas perseguições Ninguém melhor do que a FEB pode dar delas o testemunho mais honesto e mais fiel, a par do mais amargo. Houve mesmo uma época - triste evocação - em que as pesadas portas de madeira maciça da Avenida Passos foram atrabiliariamente cerradas. Como se fora possível silenciar com o direito da Força a força do Direito de se cultuar Deus como cada cidadão bem o queira. Fosse válido o recurso da violência e o Cristianismo não teria medrado depois da infamante co-inquinação do Calvário e do aleijão jurídico do Sinédrio! No entanto, foi precisamente o sangue do martírio do Cristo e dos primeiros cristãos que retasse definitivamente sobre a face do orbe, que as criaturas realmente se irmanassem, que os povos se amassem, que o mundo fosse bom, que houvesse paz, harmonia e compreensão nos corações de todos, que o ódio não vigesse mais, que a intolerância não grassasse, que o egoísmo não subsistisse, que o orgulho e a vaidade não proliferassem nunca mais! Não queremos apenas ser espíritas, embora isso já compense e resigne; queremos que a moral cristã prevaleça em todos os setores da atividade humana e se enraíze em todos os corações. Não se trata duma aspiração quimérica ou demagógica, ditada pela tola (ou insincera) pretensão de ver abolidas as classes e imperando no mundo uma inexequível igualdade social. “A concepção igualitária absoluta é um erro grave dos sociólogos, em qualquer departamento da vida.” (“O Consolador», questão 56). A Lei de Causa e Efeito se encarregaria de desencorajar esses sonhos mal sonhados. A lei cármica da reencarnação não patrocinaria jamais a volta dum Espírito egoísta e ambicioso num meio que não lhe fosse útil ao refazimento, isto é, num ambiente sem lutas, sem dificuldades, sem... injustiças sociais.

            Trata-se por conseguinte duma aspiração sincera, que encara as desigualdades como o resultado iniludível da ação pretérita de cada criatura, de cada povo, mas que anseia por ve-Ias, embora pobres e humildes, ao mesmo tempo respeitadas, assistidas na sua dor e no seu eventual infortúnio material.

            Pois bem; leio a mensagem de Natal do Presidente do Brasil e me animo em acreditar que demos um novo passo no sentido dessas conquistas. Sua linguagem poética é uma esperança no caminho da pacificação da família brasileira. Mais que isso, é uma promessa a melhores dias, muito melhores do que a simples tolerância para com a religião das minorias. É um aceno à implantação do Cristianismo, a bem dizer, dos próprios postulados em que a Doutrina Espírita se assenta.

            E, afinal, não há porque muitas surpresas. Não é o Brasil a “Pátria do Evangelho” e o “Coração do Mundo”?

            Não conheço pessoalmente o General Emílio Garrastazu Médici. Não nos devemos nada um ao outro, a não ser o meu respeito a ele como Presidente da República e o dele a mim como cidadão brasileiro, dentro do contrato tácito que firmamos, com a assinatura de Rousseau por testemunha. Não pretendo pedir-lhe coisa alguma, senão que continue a fazer versos, a oficializar a poesia e a aludir aos invisíveis. Particularmente eu, como visível, quero apenas dizer-lhe que os espíritas brasileiros cremos muito mais no Brasil dirigido por poetas cristãos que por materialistas incrédulos.

por Luciano dos Anjos
in   Reformador (FEB)  Fevereiro 1970


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Racista, eu?


Ismael Gomes Braga


Os Negros do Brasil

Ismael Gomes Braga
 Reformador(FEB)  Abril 1958
           
            No capítulo VII de ‘Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho’, o Autor nos fala das multidões de Espíritos sofredores, já adiantados em conhecimentos, mas falhos de humildade, que habitavam em ambientes dolorosos, próximos da Terra, e, por ordem de Jesus, foram trazidos à penosa redenção nos trabalhos e humilhações da escravidão. Leiamos algumas  linhas. Depois de ouvir a ordem de Jesus,
           
            ‘Ismael sente que luzes compassivas e misericordiosas lhe visitam o coração e parte com os seus companheiros mais próximos da Terra. Aí se encontram antigos batalhadores das cruzadas, senhores feudais da Idade Média, padres e inquisidores, espíritos rebeldes e revoltados, perdidos nos caminhos cheios da treva das suas consciências polutas. O emissário do Senhor desdobra nessas grutas do sofrimento a sua bandeira de luz, como uma estrela dalva, assinalando o fim de profunda noite.’ (Pág. 52)
           
            Convida-os todos para as lutas redentoras: para construírem um novo mundo com seu próprio sacrifício pessoal. Essa multidão imensa de condenados, por graves faltas no passado da História, vem renascer em corpos negros no Brasil, para pavorosos sofrimentos, enquanto desbravam os sertões e fazem surgir uma nova pátria.
            Reabilitam-se no trabalho e no sofrimento.
            Muitos deles já eram espíritos cultos, mas rebeldes e desumanos.
            Vejamos outro tópico do livro:

            “Essas entidades evolvidas pela ciência, mas pobres de humildade e de amor, ouviram os apelos de Ismael e vieram construir as bases da terra do Cruzeiro. Foram elas que abriram os caminhos da terra virgem, sustentando nos ombros feridos o peso de todos os trabalhos. Nesse filão de claridades interiores, buscaram as pérolas da humildade e do sentimento, com que se apresentaram mais tarde a Jesus, no dia, que lhes raiou, de redenção e de glória.
            Foi por isso que os negros no Brasil se incorporaram à raça nova, constituindo um dos baluartes da nacionalidade, em todos os tempos. Com as suas abnegações santificantes e os seus prantos abençoados, fizeram brotar as alvoradas do trabalho, depois das noites primitivas. Na pátria do Evangelho têm eles sido estadistas, médicos, artistas, poetas e escritores, representando as personalidades mais eminentes. Em nenhuma outra parte do Planeta alcançaram, ainda, a elevada e justa posição que lhes compete junto das outras raças do orbe, como acontece no Brasil, onde vivem nos ambientes da mais pura fraternidade’. (Pág. 54.)
            Quantos escravos humildes e sofredores haviam sido orgulhosos intelectuais, sacerdotes, senhores feudais, guerreiros, em anteriores encarnações! E os seus proprietários, seus verdugos, não passavam de espíritos grosseiros e boçais, cheios de orgulho e preconceitos de raças, de cores, de religião! Pobres senhores!
            Essa fase de duras expiações ficou legalmente terminada em 13 de Maio de 1888, mas a obra de redenção não tem fim: ainda é imenso o número de pobres e sofredores em todos os países do mundo. O trabalhador pobre e humilhado muitas vezes ainda se aproxima muito da situação de escravo na vida de expiações, porque é obrigado a submeter-se a tremendas injustiças - pelo menos  aparentes - para viver a vida dos seus.
            Está abolida a escravidão, mas existem chocantes desigualdades; estas igualmente terão que ser abolidas pelo progresso moral dos homens.
            Durante muitos milênios a escravidão foi considerada situação normal; mas chegou o dia em que a consciência mais evoluída do homem lhe compreendeu a barbaridade e iniciou luta por aboli-la. Esta luta durou séculos, mas triunfou em toda a superfície do Planeta. De modo semelhante, as injustiças sociais foram tratadas como normais em tempos passados, mas o amadurecimento das inteligências e da moral começou a reclamar contra elas, e por toda a parte do mundo foi aberta luta para proteger os mais fracos contra os mais fortes. Hoje existe a consciência nítida de que é dever da coletividade proteger os fracos contra o excessivo poder dos fortes. Hoje existe a consciência nítida de que é dever da coletividade proteger os fracos contra o excessivo poder dos fortes. Esta luta igualmente não cessará enquanto não triunfar em seus anseios. No Brasil, como é da nossa própria índole, ela se vai fazendo pacificamente, pela legislação social progressiva, sem grande abalos nem derramamento de sangue

     Espiritismo e Abolição

Reformador (FEB), pág. 129 -  Maio 1976

                Descoberta no século XV, a costa africana, Gil Eanes e Bixorda iniciaram, para o Brasil, o nefando tráfico de escravos negros, que, ao tempo da expedição de Martim Afonso de Souza, tornou possível que a cupidez inconsciente forjasse na colônia toda uma estrutura econômica baseada no trabalho servil de pretos e aborígenes, obrigados a laborar nas lavouras, nos engenhos e nos serviços domésticos, primeiramente no norte, em 1535, sob as ordens de Duarte Coelho Pereira, donatário da capitania de Pernambuco, e, depois, no centro-sul, através do Rio de Janeiro, onde o braço cativo foi introduzido por Gutierrez Valério, em 1583, sob o governo de Salvador de Sá.
            Tão vigorosa se tornou essa estrutura econômica anti-humana e anticristã, que mesmo após a independência, e malgrado a lei de Feijó, de 7 de novembro de 1831, que proibiu o tráfico de escravos; o Bill Aberdeen, de 1845, do parlamento inglês; a “Lei Euzébio de Queiroz”, de 14 de novembro de 1850, e outra lei de 1853, a importação de africanos prosseguiu até 1855, quando foram efetuados os últimos desembarques de cativos, de Sirinhaém e São Mateus.
            Já então os espíritas brasileiros desenvolviam grandes esforços, particulares e públicos, para ajudar a pôr cobro a tal iniquidade. Em 1822, José Bonifácio redigia, em Paris, uma Representação nesse sentido, dirigida à nossa Assembléia. Em 1869, Bezerra de Menezes publicou trabalho de repercussão, intitulado - “A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extinguí-la sem dano para a Nação”. Em 1871, José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco e presidente do Conselho de Ministros, fez sancionar a Lei do Ventre Livre.  Em 15 de julho de 1884, Manuel Pinto de Souza Dantas, Conselheiro do Estado, fez apresentar, por seu filho, novo projeto antiescravagista.
            Enquanto isso, Francisco de Sales Torres Homem, Visconde de Inhomerim, divulgava, sob o pseudônimo de Timandro, o famoso Libelo do Povo; Antônio Prado liderava no Senado, ao lado de João Alfredo, a campanha de reforma das bases econômicas não escravagistas do País, e Antônio Luiz Sayão transformava o próprio lar num céu para os escravos, que, segundo informa Zêus Wantuil, eram tratados como irmãos e amigos, a ponto de se constituírem em membros de sua família.
            A própria Federação Espírita Brasileira, logo depois de 1884, quando foi fundada, chegou a patrocinar subscrição pública, para alforriar cativos.

            Assinada a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, os espíritas brasileiros, com a Casa de Ismael à frente, continuaram e continuam a lutar pela emancipação dos escravos da alma, no seu sempiterno afã de construir a felicidade espiritual e definitiva de 



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dados Cronológicos do Movimento Espírita 1900-1925



               Alguns Dados Cronológicos
do Movimento espírita   Parte 2 (De 1900 a 1925)

Reformador (FEB)
Janeiro-Novembro 1954


               
1900    Em 1º de Janeiro de 1900, o ‘Reformador’ tinha 385 assinantes, a Federação possuía em Caixa Rs 104,422 (Cr$ 104,42) e as mensalidades dos sócios montavam a Cr$ 400,60 por mês.Â
            Em 11 de Abril de 1900, desencarnava o Dr. Adolpho Bezerra de Menezes, o Allan Kardec Brasileiro, presidente da FEB, nascido em 29 de Agosto de 1831. Â
            Em 25 de Abril de 1900, a FEB nomeia o Senador Quintino Bocayuva presidente de sua Comissão Central para angariar donativos para a família Bezerra de Menezes, desencarnado havia pouco. Eram membros dessa comissão os Drs. Dias da Cruz (vice-presidente), Maia de Lacerda (secretário), e Bethencourt da Silva. Â
            Em 4 de Maio de 1900, foi eleito para presidente da FEB o Sr. Leopoldo Cirne, então seu vice-presidente. Â
            Em 10 de Junho de 1900, desencarnou em Suffern, próximo de N. York, o valoroso espírita D. Paul Gibier, em conseqüência de um acidente na carruagem que o conduzia, acidente que lhe fora predito em sonho. Ocupava, então, o cargo de diretor do Instituto Pasteur de N. York. Â
            Em 14 de Junho de 1900, funda-se a Confederación Espiritista Argentina, em Buenos Aires. Â
            Em 31 de Julho de 1900 desencarnou no RJ o Dr. Francisco Siqueira Dias Sobrinho, com 52 anos. Como engenheiro, foi elogiado por suas elevadas realizações a bem do povo. Como espírita de primeira hora, foi um dos mais fervorosos, tendo prestado muitos serviços à Doutrina no Grupo ‘Confúcio’, do qual foi o primeiro presidente, na Sociedade ‘Deus, Cristo e Caridade’, e na FEB. Â
            Em 15 de Setembro de 1900, instalou-se em Paris o Congresso Espírita e Espiritualista Internacional. Léon Denis, nomeado representante da FEB, e aclamado presidente do Congresso, leu um relatório minucioso sobre ‘O Espiritismo no Brasil’, enviado pela Diretoria da FEB, em nome dos espíritas brasileiros. Â
1901    Em 1º de Janeiro de 1901 surgiu em Manaus o 1º periódico espírita do Estado do Amazonas. Órgão da Sociedade de Propaganda Espírita do Amazonas. Denominava-se ‘Mensageiro’, e era dirigido por Carlos Teodoro Gonçalves. Â
            Em 17 de Janeiro de 1901 desencarnou em Roma (Itália) Frederico W. H. Myers, o célebre criador da palavra ‘telepatia’, professor na Universidade de Cambridge, membro da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres e da Comissão Diretora do Instituto Psíquico Internacional de Paris. Foi um dos sábios estudiosos dos fenômenos espíritas, e aceitou as manifestações post-mortem. Â
            Em 8 de Fevereiro de 1901, a FEB concedeu ao eminente discípulo de Kardec - Léon Denis - o título de sócio distinto e presidente honorário. Â
            Em 10 de Abril de 1901, desencarnou, em Paris, Pierre-Gaétan Leymarie, sucessor de Allan Kardec, nascido em 2 de Maio de 1827. (‘Reformador’ 1951, pág. 127.) Â
            Em 2 de Novembro de 1901, surgiu em Maranguape (Ceará) o periódico ‘Luz e Fé’, órgão do Grupo Espírita Religioso ‘Verdade e Luz’, cremos que sob a direção do Sr. Arthunio Vieira. Â
1902    Em 1º de Janeiro de 1902 a FEB ficou regida por novos Estatutos, que lhe permitiram adquirir personalidade jurídica a 22 de Maio do mesmo ano. Â
            Em 22 de Maio de 1902, a FEB se tornou uma sociedade com personalidade jurídica com a Lei número 173 de 10 de Setembro de 1893. Esse registro foi efetuado no então registro Geral de Hipotecas sob o nº 5938, página 235 verso, do Protocolo nº 1-B. Â
            Em 25 de Maio de 1902, a Assistência aos Necessitados da FEB, reorganizada de acordo com os novos Estatutos, foi reinstalada sob a presidência de Leopoldo Cirne (Ver ‘Reformador’ de 20 de Abril de 1890.) Â
            Em 4 de Junho de 1902, desencarnou no Rio de Janeiro o Dr. João Batista Maia de Lacerda, vice-presidente da FEB e discípulo querido de Bezerra de Menezes (‘Reformador’ de 1952, pág. 131.) Â
            Em 24 de Agosto de 1902, foi fundada a Federação Espírita do Paraná, sob a presidência de João Urbano de Assis Rocha. Â
            Em 14 de Outubro de 1902 desencarna no RJ, num paupérrimo aposento, o querido espírita septuagenário - Charles Lehar. Era mestiço, de pele escura, nascido na Martinica, possessão francesa, e para este Brasil, que tanto amou, veio aos vinte anos de idade. Foi um espírita de altos predicados morais e quando o Espiritismo desabrochava no RJ, ele se associou ao movimento propagandista, tendo pertencido às Sociedades ‘Deus, Cristo e Caridade’ e ‘Fraternidade’ e parece que ao  Grupo ‘Confúcio’. Na FEB, onde formou inúmeros admiradores, muitas vezes humildemente usou a palavra para trazer alguma ponderação judiciosa aos estudos doutrinários que nela se realizavam. Â
            Em 25 de Dezembro de 1902, desencarnou em Quimper, na França, a Sra. Emilie Collignon, notável médium mecânico de Bordéus. Â
1903    Em 1º de Janeiro de 1903, o ‘Reformador’ passou a ser impresso em formato de revista com 16 páginas. Â
            Em 17 de Janeiro de 1903, desencarna na Rússia o sábio Alexander Nicolajewitsch Aksakof, lá nascido em em 24 de Maio de 1832. Â
                        Em 5 de Fevereiro de 1903, funda-se em Pedro Leopoldo (MG), uma associação espírita denominada ‘Amor e Luz’. Â
            Em 11 de Março de 1903, desencarnou em Paris o conhecido escritor espírita Alfredo Erny  Â
            Em 31 de Março de 1903, desencarnava, no RJ, RJ, a recitar uma ‘Ave Maria’, o Dr. Antônio Luiz Sayão. (Ver ‘Reformador’ de 1953, pág. 53.) Â
            Em 22 de Setembro de 1903, desencarnava o Dr. Leopoldo da Rocha Barros, homem público, convertido por Bezerra de Menezes ao Espiritismo, e que foi vice-presidente da FEB, em 1897. Â
            Em 15 de Outubro de 1903, ‘Reformador’ publica um artigo contrário à criação de um batismo espírita.Â
            Em 13 de Novembro de 1903, desencarnava Luíz de França A. de Sá, fundador de diversos Centros Espíritas e que usava o pseudônimo  de Urias em seus escritos doutrinários. Â
            Em 18 de Dezembro de 1903, aos 52 anos de idade, desencarnou no RJ, Augusto Elias da Silva, fundador do ‘Reformador’, principal fundador da FEB e tesoureiro da sua primeira Diretoria. (Ver ‘Reformador de Janeiro de 1954.) Â
1904    Em 1º de Janeiro de 1904, fundou-se em Manaus (AM), a Federação Espírita Amazonense, sob a presidência de João Antônio da Silva. Â
            Em 22 de Abril de 1904, com 48 anos de idade, desencarnou, em Londres, Florence Cook (então, Sra. Corner), célebre médium de materialização, que trabalhou com William Crookes, de 1872 a 1874. Â
            Em 21 de Maio de 1904, desencarna no RJ o Dr. Geminiano Brazil de Oliveira Goes, vice-pres. da FEB. Â
            Em 22 de Agosto de 1904, desencarnou, no RJ, Joaquim Xavier Carneiro, que foi, pode dizer-se, o verdadeiro iniciador da propaganda do espiritismo no RS.
            Em 20 de Setembro de 1904, desencarnou em Paris a Viúva Pierre-Gaëtan Leymarie, Marina Duclos, que sucedera, com dedicação e inteligência, ao seu esposo na direção da ‘Revue Spirite’, fundada por Allan Kardec. Â
            Em 3 de Outubro de 1904, a FEB realizou um Congresso em homenagem ao centenário de nascimento de Kardec e lançou edição especial das obras desse Autor. Â
            Em 1º de Novembro de 1904, a FEB lança as bases de sua organização federativa. Â
            Em 8 de Dezembro de 1904, funda-se em Recife, sob a presidência de Clodoaldo Fernandes Viana, um grupo familiar que, mais tarde, em 7 de Março de 1915, se transformou em sociedade de âmbito estadual, sob a denominação de Federação Espírita Pernambucana e presidência de Manoel Arão. Â
1905    Em 29 de Janeiro de 1905, desencarna o messias do abolicionismo no Brasil, José do Patrocínio, então adepto do Espiritismo. (‘Reformador’ de 1905, pág. 97.) Â
            Em 15 de Julho de 1905, o inesquecível Caírbar Schutel fundou o Centro Espírita ‘Amantes de Pobreza’, a primeira instituição espírita da cidade de Matão (SP). Â
            Em 15 de Agosto de 1905, Caírbar Schutel funda, em Matão, o jornal - ‘O Clarim’. Â
            Em 5 de Setembro de 1905, desencarnou no RJ, o Dr. Antônio da Silva Neto, diretor do ‘Grupo Ismael’, orador e escritor de grande cultura. Nasceu em Vila Viçosa (Ba), aos 26 dias de Outubro de 1836. Â
            Em 19 de Dezembro de 1905, desencarnou em Lavras (MG), o inolvidável e abnegado Dr. Augusto José da Silva. Â
1906    Em 23 de Janeiro de 1906, desencarnou o notável espírita espanhol Miguel Vives. Â
            Em 29 de Março de 1906, desencarna no RJ o grande médium receitista Domingos de Barros Lima Filgueiras.                       
            Em 10 de Maio de 1906, a FEB iniciou a propaganda para a construção da sua sede própria. Â
            Em 20 de Maio de 1906, é fundada em Belém do Pará, a União Espírita Paraense, sendo seu primeiro presidente o saudoso confrade Abel A. C. Araújo. Â
1907    Em 30 de Junho de 1907, foi fundada, em Niterói (RJ), a Federação Espírita do Rio de Janeiro, sendo seu primeiro presidente o Sr. Eugênio Olímpio de Souza.        
1908    Em 1º de Fevereiro de 1908, Leopoldo Cirne inicia, pelo ‘Reformador’, uma série de artigos sobre a realização de Congressos Espíritas. Â
            Em 24 de Junho de 1908, fundou-se, em Belo Horizonte, a União Espírita Mineira. Seu primeiro presidente foi o Sr. Antônio Lima. Â
            Em 27 de Agosto de 1908, desencarna o Dr. Antônio Pinheiro Guedes, senador por MT, espírita e companheiro de Travassos e Bittencourt Sampaio. Participou ativamente em várias instituições espíritas. Â
            Em 3 de Novembro de 1908, surgia no RJ (edição em Português) o periódico francês - ‘Revista Internacional do Espiritismo Científico’, sob a direção de Demétrio de Toledo. Â
            Em 8 de Novembro de 1908, desencarnou em Paris o Sr. Victorien Sardou, espírita, amigo de Kardec e membro da Academia Francesa. Nasceu ele em 7 de Setembro de 1831. Â
            Em 3 de Dezembro de 1908, Charles Richet pronunciou uma conferência na Associação dos Empregados do Comércio do RJ, sobre ‘Ciências Ocultas, na Metapsíquica’. Â
1909    Em 22 de Janeiro de 1909, desencarnou em SP, aos 70 anos de idade, o denodado e ardoroso trabalhador da seara espírita Antônio Gonçalvez da Silva Batuíra. Â
            Em 15 de Fevereiro de 1909, ‘Reformador’ declara-se favorável ao movimento esperantista internacional.Â
            Em 29 de Abril de 1909, desencarnou na Espanha, com 73 anos de idade, Amália Domingo Soler, autora do livro ‘Memórias do Padre Germano’. Â
            Em 19 de Outubro de 1909, desencarna, em Turim (Itália), César Lombroso, convertido ao Espiritismo por Eusápia Paladino. Â
1910    Em 13 de Janeiro de 1910, desencarnou em sua residência de Wartertown (Massachussets, USA), com a idade de 84 anos, Andrew Jackson Davis, cognominado de ‘Allan Kardec americano’. Â
            Em  13 de Janeiro de 1910, desencarnou em Sete Lagoas (MG), o Dr. Fernando de Alencar, homem culto e espírito de grande elevação moral. Â
            Em 2 de Abril de 1910, nascia em Pedro Leopoldo (MG), o grande médium  Francisco Cândido Xavier. Â
            Em 16 de Outubro de 1910, desencarnou, em Paranaguá (PR), Manuel José da Costa e Cunha, primeiro pregador do Espiritismo no estado do Paraná. Nasceu em Portugal, em 15 de Dezembro de 1852. Â
1911    Em 10 de Dezembro de 1911, sob a presidência de Leopoldo Cirne, foi solenemente inaugurado o prédio da FEB, à Avenida Passos. Â
1912    Em 1º de Maio de 1912, aparece no RJ, sob a direção de Inácio Bittencourt, o jornal ‘Aurora’. Â
            Em 3 de Maio de 1912, inaugura-se na FEB um curso gratuito de Esperanto. Â
1913    Em 7 de Novembro de 1913, desencarna em Londres o sábio naturalista e espírita Alfredo Russel Wallace, o êmulo de Darwin. Â
1914    Em 28 de Fevereiro de 1914, numa Assembléia de quase que totalmente composta de votantes por procuração, foi derrotado Leopoldo Cirne; o grande e inolvidável presidente da FEB. Â
            Em 11 de Junho de 1914, Frederico Júnior, o extraordinário médium do ‘Grupo Ismael’, atua pela última vez como intermediário dos Espíritos. Â
            Em 14 de Junho de 1914, inaugura-se na FEB a Escola Dominical para a infância. Â
            Em 1º de Setembro de 1914, Carolina Clemente e seu esposo fundaram, em SP, o Asilo Anjo Gabriel. Â
            Em 16 de Setembro de 1914, o ‘Reformador’ noticia a desencarnação, no RJ, do grande médium brasileiro Frederico Pereira da Silva Júnior, que durante 34 anos consecutivos fez parte do ‘Grupo Ismael’. Â
            Em 7 de Novembro de 1914, desencarna em Vassouras, RJ, o mavioso poeta espírita - Casimiro Cunha.
1915    Em 6 de Fevereiro de 1915, desencarnou o Dr. Joaquim Carlos Travassos, 1º tradutor das obras de Allan Kardec (‘Reformador’ 1952, págs. 95, 121 e 143.) Â
            Em 28 de Fevereiro de 1915, foi eleito para presidente da FEB o Sr. Manoel Justiniano de Freitas Quintão. Â
            Em 25 de Dezembro de 1915, foi fundada em Salvador (BA), a União Espírita Bahiana. Foi seu primeiro presidente José Petitinga. Â
1916    Em 27 de Fevereiro de 1916, foi eleito para presidente da FEB o Dr. Aristides Spínola. Â
1917    Em 28 de Fevereiro de 1917, renunciou ao cargo de vice-presidente da FEB, para o qual fora eleito dois dias antes, o Sr. Manoel Quintão. Â
            Em 9 de Julho de 1917, desencarnou Eusápia Paladino, a médiun  italiana que converteu dezenas de sábios.                                           
            Em 9 de Outubro de 1917, desencarnou José Lopes Neto, nascido à 20-2-1883. Foi um dos mais fortes baluartes da propaganda espírita no Paraná, tendo ocupado a presidência da Federação Espírita do Paraná, da qual foi um dos fundadores. Â
            Em 30 de Dezembro de 1917 é eleito para diretor da Livraria da FEB o Dr. Luís Olímpio Guillon Ribeiro. Â
1918    Em 4 de fevereiro de 1918 foi eleito para presidente da FEB o Sr. Manoel Quintão. Â
            Em 2 de Abril de 1918, desencarna Antônio Ugarte, criador da Confederação Espiritista Argentina. Â
            Em 7 de Agosto de 1918, desencarnou, no RJ, o celebrado médium Fernando de Lacerda, nascido em Portugal, aos 6 de Agosto de 1865. (‘Reformador’ de1952, pág. 153.) Â
            Em 23 de Outubro de 1918, desencarnou no RJ, aos 65 anos de idade, Pedro Richard  (Discípulo de Max). Â
            Em 4 deNovembro de 1918, desencarnou Eurípedes Barsanulfo, dedicado trabalhador da Seara. Â
1919    Em 1º de Janeiro de 1919 funda-se, no Rio de Janeiro, o Abrigo Teresa de Jesus, sob a presidência de Inácio Bittencourt. Â
            Em 4 de Abril de 1919, desencarnou William Crookes, sábio que estudou o Espiritismo durante dezenas de anos. Â
            Em 2 de Dezembro de 1919, funda-se em Bauru (SP) o Centro Espírita ‘Amor e Caridade’, mantenedor de um Albergue Noturno e de uma Assist. a  Necessitados. Â
            Em 20 de Dezembro de 1919, desencarna no RJ o Marechal Francisco Raimundo Ewerton Quadros, 1º presidente da FEB. Nasceu no Maranhão, em 17 de Outubro de 1841. Converteu-se ao Espiritismo em 1872. Â
1920    Em 25 de Janeiro de 1920, foi eleito para presidente da FEB o Dr. Guillon Ribeiro. Â
            Em 20 de Julho de 1920, desencarna em Kopenhagen a famosa médium inglesa, E. D’Espérance, nascida em 1849. Â
            Em 23 de Dezembro de 1920, funda-se, no Rio de Janeiro, a Associação Espírita ‘Francisco de Paula’, mantenedora de um abrigo. Â
1921    Em 17 de Fevereiro de 1921, funda-se a Federação Espírita do Rio Grande do Suil, sob a presidência de Angel Aguarod. Â
            Em 27 de Março de 1921, foi fundada a Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, então com o nome de Liga Espírita de Vitória, sob a presidência de Euticiano da Silva Quental. Â
            Em 28 de Abril de 1921, materializa-se, no Pará, o Espírito de Raquel Fígner, na presença daqueles que foram seus pais. Â
1922    Em 22 de Janeiro de 1922, foi eleito para presidente da FEB o Dr. Aristides Spínola. Â
            Em 21 de Junho de 1922, desencarnou, aos 84 anos de idade, o Dr. Taylor March. Em homenagem à suas virtudes, foi fundado, em Niterói (RJ), em 1934, o Orfanato Dr. March. Â
1923    Em 23 de Abril de 1923, desencarnou no Pará a Sra. Ana Prado, notável médium de materializações. Â
            Em 1º de Outubro de 1923, foi fundada em Buenos Aires, Argentina, a revista ‘La Idea’, por iniciativa de Angel Scarnichia. Â
1924    Em 4 de Outubro de 1924, a FEB ampliou a sua sede, adquirindo o prédio de nº 32, na Av. Passos, no RJ. Â