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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Nova fase


 

Nova fase

por Ismael Gomes Braga

Reformador (FEB) Julho 1944

             A literatura espírita entrou em uma nova fase que fica marcada pelos romances mediúnicos de Geraldine Cummins, na Inglaterra, e Francisco Cândido Xavier, no Brasil. Esses romances escritos por grandes Espíritos que já eram ilustres quando Jesus desceu à Terra em sua gloriosa missão e que agora voltam para nos relatar acontecimentos históricos daquele tempo, fazendo assim reviver o nascimento do Cristianismo, seguem linhas paralelas nos diversos países. Não são cópia uns os outros; não. Todos têm originalidade, são escritos por personagens marcantes, depondo o que sabem e apreciando tudo com seus sentimentos, mas o plano geral é o mesmo: reviver no coração do homem o Cristianismo primitivo em toda a sua pujante força.

            Vejamos a lista apenas dos grandes romances recebidos por Geraldine Cummins, em lingua inglesa, que vão alcançando sucesso mundial, e notaremos que eles são sobre os mesmos temas tratados por Emmanuel, em livros escritos pela mão de Francisco Cândido Xavier. Eis essa lista:

             The Scripts of Cleophas (“Os manuscritos de Cleofas”). São as notas escritas por um contemporâneo e discípulo de Jesus, um dos dois a quem o Mestre apareceu no caminho de Emaús.

            The Great Days of Ephesus (“Os grandes dias de Êfeso”). Narração romântico-histórica dos tempos gloriosos de Êfeso.

            After Pentecost (“Depois de Pentecoste”). Relato dos primeiros anos do Cristianismo.

            When Nero was dictator (“Quando Nero era Ditador”). Igualmente um relato romântico-histórico dos acontecimentos nos dias da ditadura de Nero.

             Todos esses livros são apresentados por Espíritos que viveram naquele tempo, mas em forma de romances históricos, com valor artístico, são aceitos sem discussão, pois que não são apresentados como obras de ciência mas simplesmente como romances.

            Nessa mesma coleção inglesa aparecem dois outros livros, do Dr. F. H. Wood, ditados por Espírito ainda mais antigos, e que por isso mesmo nos fazem reviver o passado. O cenário já é outro, é o antigo Egito. Os títulos desses dois volumes são:

             Ancient Egypt Speaks (“O Antigo Egito nos fala”). Neste, uma antiga princesa babilônica que se tornou rainha do Egito vem nos falar e demonstrar sua existência real, servindo-se trar sua existência real, servindo-se para Isso de uma sua filha adotiva que hoje é a médium inglesa Rosemary, reencarnada em nossos dias, depois de uma longa série de reencarnações.

            This Egyptian Miracle (“Este Milagre Egipciano”). É a continuação do precedente, ampliando, defendendo e justificando aquela revelação do velho Egito.

            Esta nova coleção, aparecida nos últimos anos, segue um curso diferente das primeiras obras mediúnicas recebidas De fato, em Kardec e Roustaing, os Espíritos aparecem ditando tratados, compêndios de doutrina cristã, num empenho bem caracterizado de restaurar a doutrina de Jesus. São verdadeiros monumentos de sabedoria cristã os livros ditados nos primeiros anos a Kardec e Roustaing, no sentido de explicar, esclarecer e ampliar a Missão de Jesus. Em que pese ao farisaísmo moderno, cuja eruditíssima sapiência tem lutado para destruir as obras d Kardec e Roustaing que lhes incomoda o orgulho e lhes provoca as cóleras, esses monumentos da literatura mediúnica continuam desafiando os tempos. O sucesso alcançado pelos inimigos de Kardec e Roustaing tem sido geograficamente limitado. As obras continuam vivas noutros lugares e sempre prontas a se universalizarem, quando se oferecer clima favorável.

            Essa fase didática era absolutamente necessária. Formou os livros canônicos, ou básicos, da Terceira Revelação. Entrou-se, então, na forma romântica que apresenta as mesmas verdades, os mesmos ensinamentos, em leitura amena e indiscutível. As ideias entram para as almas como simples diversão, sem esforço nem discussões.

            O romance progrediu e hoje é iniciada essa nova fase de romances apresentando biografias e episódios históricos com grandes ensinamentos. Com esta nova fase, os grandes Espíritos vão alterando a mentalidade humana, e evitando a fúria dos demolidores impenitentes que atacam as obras puramente didáticas, mas são impotentes diante da novela, da ficção.

            Vemos com tristeza a luta furiosa que as Trevas fazem contra as grandes obras mediúnicas, num empenho apaixonado de abalar a fé na mediunidade, porque esta é o alicerce do Espiritismo. Quando conseguem lançar a dúvida sobre uma obra mediúnica de grande significação, como, por exemplo, a de J. B. Roustaing, abalam os fundamentos do Espiritismo e com isso regozijam-se quantos temem a luz da Terceira Revelação. Na verdade, o alvo de todas essas campanhas - por melhor mascaradas que elas se nos apresentem - é o Espiritismo mesmo, a grande ideia regeneradora. Na aparência atacam somente uma única obra os falsos profetas, mas essa única obra é mediúnica e o descrédito lançou sobre ela atinge a mediunidade em geral, ou, seja, a base mesma do Espiritismo. Quando conseguem abalar a base do Espiritismo, os espíritas desaparecem, dispersam: uns se tornam metapsiquistas, eternos experimentadores irritáveis e discutidores que nada constroem; outros, mais místicos, aos quais repugnam as eternas discussões estéreis, entregam-se ao estudo igualmente improdutivo das obras de Edouard Schuré e Rudolf Steiner, como fizeram na França e na Alemanha, e finalmente uma terceira categoria abandona completamente todos os movimentos espiritualistas e volta ao materialismo absoluto, de onde saíra, ou mais precisamente, de onde nunca saíra de fato. Essa é a obra nefanda que vem sendo realizada em vários países da Europa pelo eterno farisaísmo anticristão.

            Examinando o que já conseguiram na França, na Itália, na Espanha, teríamos razão de cair em pessimismo desalentador, ao ver que a mesma coisa estão tentando no Brasil. Pelo rádio, pelo jornal, pelo ivro, tentam lançar o descrédito sobre a mediunidade, atacando a letra de uma das maiores e mais respeitáveis obras mediúnicas já recebidas pelos homens, a que foi publicada por J. B. Roustaing. Nosso pessimismo, porém, é sem fundamento, porque os Guias do movimento espirita, compreendendo melhor do que nós os perigos a que está exposta a Terceira Revelação, assim minada pelos inimigos internos, já iniciaram a nova fase; já estão construindo de novo; já estão dando os mesmos ensinamentos em forma indiscutível de romances.

            Contra um bom romance não prevalecem ataques por mais hipócritas e astuciosos que sejam. Até os adversários da doutrina leem com agrado nossos melhores romances e não discutem sua doutrina; aceitam-na sem discussão, inconscientemente, intuitivamente, sem a pseudo lógica que confunde os “sábios” e os lança nas trevas.

            Essa nova fase está em pleno funcionamento. O sucesso dos romances de Zilda Gama e Francisco Cândido Xavier, entre nós, e dos de Geraldine Cummins no mundo de língua inglesa, demonstram cabalmente que os Espíritos superiores viram muito mais longe do que nós e prepararam a solução do problema, anulando a obra tenebrosa dos fariseus modernos.

            A propósito de um desses romances, estamos recebendo a seguinte crítica de um mestre em Espiritismo e Ocultismo:

             “O livro de André Luiz, psicografado pelo nosso querido Chico Xavier, é uma pérola de alto valor, e bem merece a recomendação do nobre Emmanuel que lhe escreveu o prefácio.

            “Oxalá muitos leiam, com o necessário entendimento, essa obra!

            “Fiquei satisfeito por encontrar nela várias confirmações de minhas ideias sobre a vida nas regiões astrais, próximas da terra material, como: a alimentação, os auxílios, as organizações sociais e culturais, a administração, os meios de locomoção, os campos de repouso, os jardins, bosques, flores, o rio, a música. Completei o meu conhecimento dessas coisas, e adquiri o conhecimento relativo aos bônus-horas, aeróbus, os ministérios, a organização da família, etc. Compreendi que, nessas regiões, próximo do orbe terráqueo, há uma espécie de atmosfera nutriente, trabalhos de várias espécies, comunicações com a Terra, com o Umbral, com a região elas Trevas, e também com as Regiões Superiores; os ministérios da Elevação e da União Divina são organizações muito nobres, lógicas e caritativas. Tenho lido algumas descrições dos planos astrais, em várias línguas; porém nenhuma tão clara e persuasiva, como no excelente “Nosso Lar”.

            Graças a Deus por tão abençoada Luz!

  Francisco Valdomiro Lorenz.”

             Nada de pessimismo, portanto, meus irmãos. A obra divina, superentendida pelos grandes Espíritos, pode ser um pouco atrasada, mas não anulada pelo orgulho dos homens.

Depois dessa nova fase, virá uma outra que já está em preparação, até iniciada: as obras espíritas mediúnicas ditadas diretamente em Esperanto, para toda a superfície do planeta, Já está em preparação o primeiro livro mediúnico recebido diretamente em Esperanto. Dentro de poucos meses os esperantistas - espiritas ou não - receberão essa agradável surpresa: vozes dos céus em uma língua comum de todos.

            Trabalhemos e oremos, confiados em Deus e em seus grandes Prepostos!


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Atenção com o fim



Atenção com o fim
Abel Gomes
por F. V. Lorenz
Reformador (FEB) Jan 1946


            De tudo que faças, atende ao fim! O bom começo é primeiro passo para o êxito da obra; mas a prematura esperança nunca te leve à tentação para a negligência!

            A dificuldade não te atormente o espírito; a coragem exerce sempre grande influência e tanto mais no trabalho construtivo; cultiva, pois, sempre o bom ânimo.

            Concentra teus pensamentos no trabalho, do começo ao meio e do meio ao fim, como sendo ele sempre teu maior tesouro.

            A operosidade raciocinada é mina de ouro. Atividade atenta, dedicação bastante, formam o caminho seguro ao êxito feliz. 


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

'Atenção com o Fim'


Atenção com o fim
Abel Gomes
por F. V. Lorenz
Reformador (FEB) Jan 1946


            De tudo que faças, atende ao fim! O bom começo é primeiro passo para o êxito da obra; mas a prematura esperança nunca te leve à tentação para a negligência!

            A dificuldade não te atormente o espírito; a coragem exerce sempre grande influência e tanto mais no trabalho construtivo; cultiva, pois, sempre, o bom ânimo.

            Concentra teus pensamentos no trabalho, do começo ao meio e do meio ao fim, como sendo ele sempre teu maior tesouro.

            A operosidade raciocinada é mina de ouro. Atividade atenta, dedicação bastante, formam o caminho seguro ao êxito feliz.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um fato vale mais que todas as teorias.




Um fato vale mais
que todas as teorias
Reformador (FEB) Janeiro 1946


            Havendo lido em Reformador o artigo do Dr. Carlos Imbassahy sobre "As Ressurreições na Guerra", no qual se comenta um artigo do Sr. Raul de Polillo que teria dito não se lembrarem nunca os ressuscitados de coisa alguma da vida espiritual, o Prof. Francisco Valdomiro Lorenz nos escreve apresentando um fato contra aquela teoria. Assistiu Ele ao seguinte caso:

            Uma senhora de sua amizade teve um parto infeliz e faleceu apesar dos esforços de dois ilustres médicos assistentes. Um destes propôs aplicar-lhe certa injeção no coração, para faze-la voltar à vida. Os resultados foram excelentes. A morta ressuscitou, mas protestou energicamente contra a intromissão da Ciência que a fizera voltar involuntariamente para este mundo de dores, quando se achava ela muito feliz no "céu", para onde queria voltar. Repreendeu aos médicos, deu muitos conselhos de grande sabedoria ao marido e aos filhos, palestrou ativamente durante catorze horas, mas sempre insistindo que queria e voltaria para o "céu". Ao cabo de catorze horas, morreu de fato.

            Aí fica um fato que vale mais do que todas as teorias e todos os fazedores de teorias. E mais um vamos juntar de nosso conhecimento.

            Quando Cairbar Schutel se achava agonizante, em certo momento pareceu morto. As senhoras que se achavam com o moribundo, suas filhas adotivas, perderam toda a calma e agarraram-se aos pés e ao corpo do cadáver em verdadeiro desalento, clamando pela sua volta.

            Realmente ele voltou para repreende-las severamente: "- Eu já estava livre, fora da raia das dores, e vocês me forçaram a voltar inutilmente a este corpo arruinado!"

            Passado algum tempo, faleceu de novo e para sempre.

            Quem nos relatou este fato foi uma das filhas adotivas de Cairbar Schutel, D. Antônia Perche da Silveira Campelo, pessoa digna da máxima confiança e conhecidíssima do mundo espírita brasileiro pela sua atuação em ‘O Clarim’.

            Há fatos e muitos fatos para demolir as teorias apressadas dos negadores. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pérolas Ocultas




Pérolas ocultas
Abel Gomes
por F V Lorenz
Reformador (FEB) Abril 1947

            Quando eu vivia sobre a Terra, conheci homens de diversas mentalidades: a uns acompanhava a esperança, mesmo nos dias mais tenebrosos; a outros, qualquer sofrimento provocava penosas lamentações.

            Uns inclinavam-se ao bem somente quando disso lhes resultava boa fama; na verdade, aguardavam recompensa e nunca sentiam o verdadeiro amor. Para fazerem o bem, escolhiam o dia, a recompensa, o reconhecimento e a propaganda.

            Mas outros não esperavam paga pelos benefícios feitos em segredo; não se queixavam da ingratidão nem das dádivas sem proveito: em segredo estendiam as mãos até aos sofredores que nada mereciam.

            Dando, não trombeteavam; quando ofendidos, perdoavam de todo o coração; não buscavam ouro nem fama, mas Deus lhes deu Sua graça, como no Sermão da Montanha o Cristo nos advertiu.

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Salmo 115-4:7

“Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca, mas não falam; tem olhos, mas não vêm; tem ouvidos, mas não ouvem; tem narizes, mas não cheiram; tem mãos, mas não apalpam; tem pés, mas não andam.”


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domingo, 20 de janeiro de 2013

'Pérolas Ocultas




Pérolas ocultas
Abel Gomes por F V Lorenz
Reformador (FEB) Abril 1947

            Quando eu vivia sobre a Terra, conheci homens de diversas mentalidades: a uns acompanhava a esperança, mesmo nos dias mais tenebrosos; a outros, qualquer sofrimento provocava penosas lamentações.

            Uns inclinavam-se ao bem somente quando disso lhes resultava boa fama; na verdade, aguardavam recompensa e nunca sentiam o verdadeiro amor. Para fazerem o bem, escolhiam o dia, a recompensa, o reconhecimento e a propaganda.

            Mas outros não esperavam paga pelos benefícios feitos em segredo; não se queixavam da ingratidão nem das dádivas sem proveito: em segredo estendiam as mãos até aos sofredores que nada mereciam.

            Dando, não trombeteavam; quando ofendidos, perdoavam de todo o coração; não buscavam ouro nem fama, mas Deus lhes deu Sua graça, como no Sermão da Montanha o Cristo nos advertiu.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A Justiça Divina



A Justiça Divina
Abel Gomes
por F.V. Lorenz
Reformador (FEB) Dezembro 1945


            A Divina compaixão é sempre justa, e Deus manifesta sua justiça nesta ou em outra vida; toda mente piedosa pode reconhecê-la.

            Se em passada vida fizemos o bem, ele é o motivo da felicidade presente; se a desdita e o sofrimento nos punem, é porque algum dia sobre a Terra fizemos o mal.

            Uma vida é como que um dia apenas, e cada ação humana produz frutos conformes com a sua qualidade: boa ou má; a isso chama-se "o mérito pessoal".

            Se no passado só amávamos o nosso proveito, mui pequeno é agora o nosso mérito; se a outros sacrificamos nosso próprio bem, com justiça dá-nos Deus agora prosperidade.

            Sua justa mão abençoa o justo, enquanto o criminoso recebe seu justo castigo. Portanto, se sofres, suporta com paciência, e conserva sempre pura a consciência.    




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Avarento



O Avarento
Abel Gomes
por F. V. Lorenz


Reformador (FEB) Setembro 1946


            Passeando pela região do Crepúsculo, aqui no mundo astral, encontrei alguns Espíritos humanos chegados da minha Pátria.

            Entre eles havia um comerciante, desencarnado já há anos, mas que ainda só pensava em dinheiro, lucros e mercadorias.

            Quando o avistei, estava ele assentado a uma secretária, contando dinheiro; peças de ouro, papel-moeda, lá se achavam em sua frente, e sorridente ele as contava. Cumprimentei-o. Ele logo estremeceu e cobriu com um pano o seu tesouro e exclamou: "Retira-te! ou eu chamo o meu cão!" Estava pálido. "Não tenhas medo de mim", disse-lhe eu; "meu amigo, não me reconheces? eu sou o Abel".

            Respondeu-me: "Queres comprar alguma coisa? à vista? Emprestar eu não empresto."

            Não vi mercadorias nem armazém; só na imaginação ele as tinha.

            Perguntou-me ele: "Mas porque vieste aqui? Hoje não é dia de visitas."

            Soprou um vento, levantou-se o pano; e nem dinheiro, nem ouro reapareceram, só havia areia e folhas secas.

            O Espírito avarento se enraiveceu: "Restitui-me o meu dinheiro, já!" - exclamou ele ameaçando-me com uma arma.

            Eu sorri: "Teu dinheiro, meu amigo, era simples aparência inútil. Não vives na Terra; por isso o ouro e o cobre não te podem aqui valer, pois que aqui só valem boas ações, boa mente e bom coração".

            Mas o avarento não me entendeu, porque de repente pôs-se a correr para um lugar onde uma coisa parecia brilhar; e eu o ouvi murmurando: "Lá está o meu ouro!" Mas chegando ao lugar brilhante, só viu um pirilampo e ficou triste, porque não era o brilho vão do ouro.

            Desejei esclarecer-lhe seu estado, porém ele fugiu de mim e não quis ouvir-me. Voltei ao meu caminho, fazendo por ele uma prece a Deus.



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os Preguiçosos



Os Preguiçosos
Abel Gomes
por F V Lorenz
Reformador (FEB) Outubro 1946

            Quem durante a vida sobre a Terra não amou as vibrações do trabalho, e só se ocupou de passatempos, diversões ou de vanglória, terá triste vida após a morte e sentir-se-á mui desgraçado; mesmo que tenha sido rico na Terra, passará falta das coisas mais necessárias. Porque, se quando viveu sobre a Terra, nada de útil fez para o futuro de sua alma, só preparou um deserto para si mesmo.

            Nada semeou para dar frutos; passou a vida em atos vãos; para a felicidade dos outros nada deixou ao morrer.

            Ao ver tais Espíritos, me condoí profundamente deles; mas não pude ajudá-los; porque, pela lei divina, cada um tem de encontrar aqui o que preparou.        

            Um deles foi sapateiro na Terra, mas preferia jogar cartas, beber aguardente, trapacear e aprender coisas desonestas.

            Numa rixa, um companheiro o matou. Agora ele, está irado, quer vingar-se e a todos ameaça. É quase cego e sofre muito. Entra nas tavernas e quer beber, mas sente apenas o vapor da aguardente que não lhe satisfaz e causa-lhe amarga cefalalgia.

            Muitas vezes sente também fome; não raro joga com outros, mas quase sempre o jogo termina em feias brigas.

            Já vi também Espíritos que moravam, seminus, em buracos na terra; não tinham campo nem jardim, viviam sem trabalho e sem ensino.

            Meu instrutor explicou-me que só quando o sofredor se arrepende e reconhece suas culpas, mão compassiva vem dar-lhe auxílio; porque de muitas associações de Espíritos vêm seres compassivos que de bom grado ajudam às almas que vivem nas trevas.

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domingo, 15 de julho de 2012

Sacrifícios Diversos


 Sacrifícios Diversos

            Mui diversos podem ser os sacrifícios do coração humano: humildade na boa sorte, fortaleza nos sofrimentos; expressão alegre para contentar alguém, quando no íntimo há sofrimento; resignação à liberdade terrena por amor à vida eterna; resignar ao amor próprio e à felicidade pessoal em favor da luz espiritual e da lei cármica que se impõe à consciência.

            E a Deus o mais agradável, o mais valioso dos sacrifícios,  é o amor verdadeiro aos sofredores e o trabalho pela Humanidade.
           
Abel Gomes

por F.V.Lorenz
in Reformador’  (FEB) Jul 1945