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sábado, 31 de agosto de 2013

46a 46b 46c Revelação dos Papas - Copérnico






46a

‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                               Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918


Copérnico

O médium vê um homem velho, tendo a cabeça envolvida 
em grande massa de luz branca com raios prateados.
O espírito é muito luminoso.

............................

Estais, meus amigos, diante do espírito do vosso irmão Copérnico, o astrônomo.

Venho, em nome de Deus, anunciar aos homens de boa vontade coisas que precisam conhecer, para que não mais vivam na dúvida que leva à pratica de erros e crimes.

Venho, em nome do nosso Pai de Amor, dizer aos homens que os tempos são chegados para a Terra, que ora completa mais um giro em torno do grande astro que a conduz no espaço infinito.

Venho, em nome de Jesus, proclamar que a Terra não é o único mundo habitado, o único planeta em que palpitam seres vivos e uma humanidade cumpre a sua provação.

Anuncio-vos que não é só na Terra que existem homens, animais, plantas, pássaros, flores, rios e montanhas.

Não é somente no vosso mundo que se sofre, padece, goza e ama: há no Universo milhões de mundos habitados por criaturas mais imperfeitas que as da Terra e, em muitos, outras, mais perfeitas que vós outros.

Venho proclamar aqui a grandeza da obra do Criador, anunciando que existem mundos em que a vida é mais brilhante, mais bela, mais alegre e mais risonha que a da Terra, onde tudo termina com a morte, todas as coisas são limitadas, onde não existe o absoluto, pois tudo ai se contém na relatividade.

Proclamo aqui os grandes mistérios que até ontem pareceram insondáveis para vós outros, mas hoje Deus manda revelar às criaturas.

Não há nada mais belo que o espetáculo que se oferece à vista dos espíritos adiantados - o da migração dos espíritos de mundos inferiores para o espaço infinito e deste para aqueles. E quem observar tais cenas, tão comoventes quadros, poderá dizer aos seus irmãos da Terra alguma coisa que os oriente e instrua.

Sede sempre bons e humildes perante Deus e Jesus, e só assim podereis, um dia, gozar a doce ventura de contemplar o sublime espetáculo de que a pouco vos falei.

Sede sempre caridosos, praticando atos de bondade e amor, para com os vossos semelhantes, a fim de poderdes desfrutar a inaudita felicidade de apreciar as imigrações e emigrações dos espíritos, que saem e entram nos mundos de provações ou se elevam aos mundos de categoria superior, nos quais tudo é luz, paz, doçura e amor.

Cumpri o vosso dever cristão semeando o bem, divulgando a verdade na Terra, espalhando por toda a parte os ensinamentos de Jesus, para que possais alcançar a glória de contemplar o desdobrar das estrelas, o caminhar dos planetas, as revoluções dos sóis e as gravitações de todos os corpos que enchem o Universo, onde a Terra é minúsculo grão de areia a rolar por entre turbilhões de mundos habitados por gente mais bela, mais sabia, mais virtuosa, mais consciente e segura da sua existência nesse mesmo Universo, gente mais humilde e mais confiante em Deus do que vós outros.

Nada mais sublime e encantador; nenhum espetáculo há na Terra que se possa comparar a essa fantástica mecânica celeste, na qual tudo se move impulsionado pela vontade infinita do nosso Pai Celestial!

Nada mais sublime que o rolar dos mundos na eternidade, para quem pode de um só golpe de vista, abranger parte desse Universo que vos cerca, vendo, a cada passo, operarem-se as transformações da matéria cósmica, que se distribui de acordo com os pontos ou mundos para os quais ela é atraída e guiada pelos espíritos que dirigem as formações, os agrupamentos atômicos, os agregados moleculares, os compostos químicos, nos sistemas em constituição.

Nada mais grandioso e belo que o gravitar dos sóis, em torno dos quais correm os planetas dos múltiplos sistemas, conduzindo os seus satélites pelo infinito além! Sonho indescritível, visão incomparável essa que desfruta o espírito ao se lhe depararem os grandes mundos em marcha, coloridos, matizados da luz dos sóis que os atraem!

Como é surpreendente essa massa fluídica que se estende no vosso céu, nas noites sombrias - e a que chamais "Via-Láctea - ou Estrada de S. Thiago" - para quem pode, em dado momento, distinguir os movimentos graciosos dos mundos, das estrelas e dos sóis de que se compõe essa imensa nebulosa, corpos esses que marcham descrevendo no infinito figuras geométricas, que se combinam, se ajustam, se casam, formando desenhos estranhos, contornos originalíssimos, encadeamentos de formas gigantescas e traçados de uma inédita e singular aparência!

Ver caminhar esses sóis; assistir às evoluções desses mundos; contemplar, já as colorações dos corpos que ali se agrupam, formando os sistemas, as cadeias luminosas, já os esplendores das constelações, que se prendem umas às outras, e, ainda, as inumeráveis combinações das luzes cometas, dos bólidos, dos meteoros luminosos, cruzando sem cessar em todas as direções e por toda a eternidade - são cenas, espetáculos que deliciam a vista, arrebatam a alma, comovem o espírito, sensibilizam aqueles que tem a ventura de poder abranger com a vista espiritual tão sublimes e indescritíveis belezas!

Quem deixará de aperfeiçoar-se, quem não desejará avançar na estrada do progresso, a fim de poder, um dia, penetrar em regiões tais, assistir a esses formidáveis e emocionantes espetáculos, a essas epopeias de luz e de cor, a esse concerto em que se empenham - em harmoniosa e sedutora música - os mundos criados por Deus que os enche de luz e encanto e os mantém e equilibra no espaço sem fim?

Quem não trocará as sombras do inferno, aberto nas consciências, por essas auroras boreais e eternas, por esses deslumbrantes crepúsculos, por essas intérminas alvoradas de dias que não findam nunca, por esse amanhecer eterno que desfrutam as almas dos humildes e dos bons? Quem não preferirá a vida luminosa do espírito feliz dos mensageiros do Senhor, que vão por todo o Universo - de mundo a mundo, de sol a sol, de estrela a estrela, de constelação a constelação - a gozar as doçuras de tão sublimes espetáculos, que os deleitam e os embalam, provocando nas suas almas doces espasmos, estases deliciosos, a contemplação das cenas encantadoras, dos acontecimentos extraordinários ocorridos a cada passo no Universo?

Quem poderá resistir ao desejo de viver a vida ideal do espírito liberto de todos os prejuízos da matéria, aquele que, após a morte, se sente arrebatado às sublimes regiões onde gravitam os sóis e as constelações?

Quem, meus irmãos, quererá trocar o viver dos bem aventurados pelo dos espíritos inferiores, esses que, perturbados, ficam chumbados à superfície dos mundos onde terminam a última provação, com a consciência envolta em trevas, cegos, aflitos, tendo apenas diante de si os remorsos, as figuras esquálidas e esqueléticas das suas vítimas, ouvindo o coro das maldições e anátemas que caem sobre as suas cabeças?

Quem, meus irmãos; trocará o esplendor das auroras pelos negrumes das borrascas, a luz do sol pelos densos nevoeiros?

Quem permutará o céu pelo inferno? Ninguém, de certo!

-continua-

Nicolau Copérnico

                       46b

‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                               Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918

-continuação-
Copérnico


Sinto não me seja ainda permitido revelar-vos todas as maravilhas que se ocultam aos vossos olhos; mas direi alguma coisa para saciar vossa sede de saber, de conhecer as coisas do além.

O espaço que vos cerca está cheio de mundos em que muitos de vós já viveram antes de vir para a Terra, de onde haveis de sair para desfrutar melhor vida em outros planetas que vedes também gravitando em torno do vosso.

Encontra-se aqui, bem perto, de vós, um mundo em que a vida é doce e suave sonho, uma eterna festa, paraíso florido a rolar na imensidade conduzindo no seu seio uma humanidade feliz e ditosa, que já mereceu de Deus a graça de, não mais suportar dores físicas, e em cujo meio só se vive do amor e para o amor.

E é ali nesse lugar que habitam muitos espíritos que estão sendo chamados para vir se empenhar na obra do vosso progresso e salvação.

O mundo de que vos falo foi já, como o vosso, atrasado e sombrio, mas a sua humanidade tanto se esforçou, que hoje esse globo irradia no espaço infinito.
            Quantas doçuras, quantos gozos desfruta essa gente! Que suave e delicioso viver, o dessas almas felizes, que ali trabalham pelo progresso de outros mundos, enviando os seus filhos para as grandes missões de caridade e amor! 

Mundos de gozo há diversos em torno de vós, brilhando aos vossos olhos enamorados, deslumbrando as vossas vistas, seduzindo as vossas almas, quando os contemplais às horas mortas, silenciosas da noite, em que os vossos irmãos repousam das fadigas diurnas e vós outros sois, por qualquer motivo, levados a velar!

E como esse que acabei de descrever, contam-se outros onde não mais o homem suporta as contingências da vida material, grosseira, que viveis aí na Terra, onde não mais a criatura paga esse cruel e impiedoso tributo de sangue, que estais agora pagando nesse planeta.

Não! Ali já não existe a guerra, nem os homens trucidam os semelhantes; lá, em tais mundos, só o amor os prende, enlaçando as almas; a discórdia não divide os homens; as ambições não arrastam as criaturas a sacrificarem os seus semelhantes; o ódio, a inveja, o orgulho, a vaidade, as misérias e podridões não cavam a desgraça dos espíritos que ali estacionam, aguardando a hora em que Deus houver por bem envia-los para outro mundo ainda melhor, onde a felicidade seja mais completa e o espírito viva mais em contato com o seu Criador!
             
Mundos, meus amigos, existem, e não muito longe do vosso, onde se vive, sem essa luta constante em que vos empenhais quotidianamente.

Andam ali as criaturas sem necessidade do alimento grosseiro de que careceis no vosso planeta, para manter o corpo material que reveste o vosso espírito.

Tudo, para esses seres, é adquirido sem esforço, sem os sacrifícios que fazeis constantemente para as vossas conquistas, para alcançardes o bem estar, a fortuna e os meios de prover a vossa subsistência.

Não se fatigam tanto os que vivem nessas terras, pois a sobriedade e a moderação são ali as mais apreciadas virtudes; o interesse de cada um chega somente ao ponto em que começa o do semelhante, e também a virtude consiste em possuir para repartir e não para acumular, amontoar e negar ao semelhante quando, aflito, apela para a nossa caridade e amor fraternal.

Ali se vive da felicidade alheia, regozija-se com as vitórias, triunfos e conquistas dos semelhantes. A dor é partilhada pelos companheiros, ninguém chora que não veja a lágrima borbulhar nos olhos amigos, ninguém luta sozinho ou fica abandonado ao levantar o fardo da existência, a criatura sente logo a mão amiga que a ajuda, auxiliando-a na tarefa que tomou sobre os ombros.

Ali só Deus governa - dizem os habitantes desses mundos, tudo parte do Criador - afirmam os que residem nesses planetas adiantados!

A mentira e a calúnia não encontram agasalho nos corações dessa gente feliz; a verdade brilha e sobrepuja todas as coisas; ninguém se compraz em difundir o erro e lançar a confusão entre as criaturas, como acontece no vosso e noutros mundos da mesma categoria.

Quem deixará, pois, de progredir, de trilhar o caminho reto do dever, para poder desfrutar essa felicidade nos mundos onde a vida corre fácil, bela e feliz?

Mundos existem, meus irmãos, nos quais as artes e as ciências atingiram um grau tão elevado, alcançaram tal adiantamento, que as artes e as ciências da Terra ficariam envergonhadas de ser confrontadas com as suas coirmãs desses ditosos mundos.

Quem vos poderá dar uma ideia do que sejam as arte e as ciências nesses mundos?"

Ainda que eu vos falasse empregando todos os recursos dialéticos e literários, não compreenderíeis nada do que vos dissesse a tal respeito, no correr desta comunicação.

 -continua-

Galileu Galilei
46c

‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                               Publicada sob os auspícios da
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Rua do Carmo, 29
1918

-continuação-
Copérnico

Ciência e arte são duas manifestações espirituais que muito se aperfeiçoaram com o evoluir dos espíritos, à medida que os horizontes se vão alargando e os meios de percepção vão também se aperfeiçoando à proporção que os espíritos se purificam, todas as suas manifestações parecem impregnadas da pureza das almas onde encontraram berço.

            Todos os sentimentos do homem se aprimoram, completam-se, quintessenciam-se cada vez mais, chegando a adquirir qualidades e predicados divinos, coparticipantes da eterna perfeição.

Mundos existem onde a vida não mais se acha contida nos limites acanhados dos corpos perecíveis, ao contrário, ela irradia por toda parte, e não' só os seres, mas também as coisas têm uma sensibilidade muito mais intensa que no vosso mundo.

Tudo nessas esferas está animado do espírito divino, que se manifesta por toda parte, em todos os atos e ações da vida, em todas as manifestações, quer de ordem material, quer de ordem moral.

Há nesses mundos inteligências em todas as coisas; tudo possui uma linguagem, uma mímica; todas as coisas encerram em si uma ideia, abrigam um pensamento.

Todos os seres se comunicam pelo pensamento, todas as coisas obedecem e respondem ao pensar do homem.

Na atmosfera desses mundos pairam sempre luzes eternas, que irradiam sobre as criaturas, transmitindo-lhes o pensamento divino, emanado da Fonte Suprema de onde também provêm essas luzes, por meio das quais os homens ali se comunicam diretamente com o seu Criador.

São mundos superiores, são centros espirituais, esses onde a vida se reveste de toda essa poesia e encanto. É ali a pátria dos gloriosos, dos imortais, é dali que emana a inspiração, irradia o pensamento puro e santo sobre os outros mundos.

É desses centros que baixam sobre os mundos grosseiros a inspiração e o estro divinos - fonte onde as almas que já podem ascender, embora ligeira e furtivamente, às luminosas regiões, vão beber a poesia, o ideal sublime da arte pura e casta, que só aos eleitos é permitido transmitir aos homens.

Quem deixará de empregar esforços, combatendo as suas imperfeições, contrariando as más tendências, emancipando-se dos vícios e abusos - para ir desfrutar esse ambiente divino de poesia, luz, verdade e amor?

Quem não quererá ser puro, para gozar tantas delícias; quem preferirá mergulhar-se no lodo do charco, na podridão dos monturos, a banhar-se na luz suavíssima e pura dos mundos espirituais, a viver mergulhado nas ondas alvíssimas do éter divino, ouvindo as doces vibrações que cortam o espaço, as harmonias celestiais entoadas por todos os seres e repetidas por todos os elementos que vivem na superfície dos deliciosos mundos espirituais?

Quem há de trocar a luz das auroras pelas trevas das noites tenebrosas?

Quem há de abandonar uma estrada florida, para palmilhar um caminho espinhoso, onde os pés se abrirão em chagas?

Quem haverá, aqui na Terra, que prefira reencarnar-se neste mundo atrasado, onde a vida é penosa e cruel, a viver em qualquer desses outros de cujas vidas acabo de dar-vos uma pálida ideia?

Qual de vós, meus irmãos, desejará condenar-se a si mesmo a viver a vida penosa e atrasada dos mundos de provações inferiores, quando poderia gozar a vida dos grandes espíritos, desfrutar as delícias do viver dos eleitos e bem aventurados?

Quem terá a coragem de afirmar que a vida da Terra é a única e a mais feliz?

Só a insensatez ou a ignorância da verdade espírita seria dado faze-lo...

Mundos divinos ainda existem além, nos quais a felicidade e o encanto do viver das almas não posso, não sei mesmo descrever, pois nunca lá fui e tão cedo lá não entrarei.

Conheço essa vida pelo que deduzo das vidas dos outros mundos que lhes são imediatamente inferiores, onde já se pode confabular, quase diretamente, com os que habitam aqueles planos celestiais.

Mundos divinos! quando lá chegaremos nós, meus amigos?

Quando seremos perfeitos para gozar as indefiníveis delícias desse viver de santos, desse existir de almas divinas?

Quando, meus irmãos, poderemos nós voar até essas celestes regiões, onde só existe amor, misericórdia, justiça, sabedoria, luz e verdade - Deus, enfim?            

Quem lá chegará? Quem logrará a ventura de subir tão alto, de galgar esses céus, escalar essas regiões feitas somente das claridades divinas?           

Quem poderá, meus irmãos, alcançar essas glórias?

Mundos de Deus! terras benditas! regiões imaculadas! planos de luz! casas do Senhor! moradas dos justos!

Que a vossa luz caia sobre nós; que os vossos doces e mágicos fluídos desçam sobre os meus irmãos da Terra, inspirando-os para o bem e para a virtude; que a luz dos vossos sóis ilumine o caminhar desta pobre humanidade terrena, guiando-lhe os passos na ascensão gloriosa em demanda dessas paragens benditas!

Fazei descer sobre este planeta os suaves clarões da glória divina, para espancarem as trevas da noite profunda que reina em torno dos meus irmãos da Terra!

Abri as vossas fontes de energias e luz e fazei jorrar essas sagradas forças sobre os meus queridos irmãos, a fim de que possam marchar com firmeza e resolução no caminho da salvação, na estrada do bem, na trilha do dever; da caridade, da luz, da paz e do amor! Oh! mundos de amor, focos de justiça, fontes de luz, mananciais inesgotáveis de doçuras e afetos sem par!

Céus Infinitos! sacrários de esperança! Escrínios eternos de caridade e de amor! derramai sobre a Terra todas essas virtudes que transbordam de vós; inundai de bênçãos e de luz esta Terra, este mundo de sofrimentos, martírios e lágrimas; entornai sobre esta pobre gente o bálsamo e as consolações da fé, os grandes lenitivos da misericórdia infinita, o conforto da sabedoria e da infinita piedade do coração de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Rolai, mundos divinos, rolai! levando convosco esta prece que o espírito de Copérnico profere aqui, na superfície da Terra, clamando justiça, suplicando perdão, pedindo luzes, implorando a infinita misericórdia de Deus para este planeta, para este mundo, onde tem cumprido parte das suas provações e onde deseja ainda reencarnar-se para auxiliar o caminhar da humanidade terrena para esses mundos de luz e amor!

Dá que possa o espírito que está na tua presença, Senhor! renascer ainda um dia neste vale de lágrimas; concede a esta alma que está diante de Ti e do Teu Filho - o divino Jesus, voltar à Terra para viver, trabalhar e morrer para o bem, para a salvação e o resgate deste mundo de trevas!

Que Deus, na Sua divina bondade, nos ouça, meus irmãos, e nos dê a paz e a salvação eternas. Adeus.
Copérnico
Janeiro de 1917

Informações Complementares

            Nicolau Copérnico - (Toruń, 19 de Fevereiro de 1473 - Frauenburgo, 24 de Maio de 1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico. Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente Teoria Geocêntrica (que considerava a Terra como o centro), é considerada como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna. Fonte: Wikipedia

Fim


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

45. 'Revelação dos Papas' - Isaías, o Profeta


45
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                               Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
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Rua do Carmo, 29
1918


Isaías, o profeta

Apresenta-se ao médium vidente o espírito de um velho meio calvo, 
de barba e cabelos brancos,  tendo aos ombros uma pele. 
Está envolvido por uma luz brilhante, viva, deslumbrante e,  
ao mesmo tempo, acompanhado de um poderoso foco verde.
Cercam-no espíritos luminosos.


            Sou um dos pequeninos, dos mínimos filhos de Deus. Sou um pobre, um humilde, um nada no mundo onde vivo, de grandezas de verdades puras e eternas!

            Vim à Terra para de novo profetizar, anunciar, proclamar, espalhar e divulgar grandes e benditas verdades! Vim ao vosso encontro para anunciar-vos o eclipse e a aurora que se verificarão no mundo em que habitais! Venho trazer-vos muitas certezas; venho a afirmar, acentuar, defender, edificar, consolidar o que está fraco, abalado pela fúria dos ventos da desordem que tem soprado sobre o vosso atrasado planeta!

            Estou entre os homens para dizer-lhes que a hora em que vivem, cheia de aflições e desesperos, se prolongará ainda, continuará por algum tempo, e esse eclipse que ensombra a Terra, a treva que envolve o mundo se tornará ainda mais espessa, mais densa, mais negra. O desespero do homem não terminará de pronto, a sua tranquilidade, a sua paz virá aos poucos, lentamente, devagar, à medida que o arrependimento for invadindo as almas, o sentimento da fé for enchendo os corações e a luz da verdade espírita e as claridades do Evangelho de Jesus forem dissipando as sombras em que se acha envolta a consciência do homem moderno.

            Tudo tem fim, tudo passa, extingue-se, desaparece, apaga-se, na superfície do vosso mundo, onde tudo é transitório e efêmero, por isso, a dor imensa que ora vos aflige passará, extinguir-se-á. Mas, até, que chegue o dia da felicidade, a hora da extinção da dor e do martírio, da tortura, da lágrima, muitos conhecimentos extraordinários tendo lugar; assistireis ao desabar de muita coisa, ao tombar de glórias, ao esfacelamento de muitos sonhos, à destruição de muitas esperanças, à humilhações, rebaixamentos, quedas de muitas grandezas, ofuscamento de muitos falsos brilhos; vereis muito orgulho despedaçado, muita vaidade ferida de morte, muita riqueza transformar-se na mais extrema penúria, muito ouro reduzido a pó, muita luz transformar-se em treva, a sabedoria humilhada ante a verdade, pura e absoluta e reduzida à mais crassa ignorância!

            Vereis muito sol ofuscar-se, desaparecer, apagar-se, detido na sua marcha, na ascensão que se afigura a vós outros gloriosa e incontrariável; vereis ainda a lágrima transformar-se em riso, a luz surgir das trevas, a miséria metamorfosear-se em opulência e grandeza; vereis o que hoje vos parece mentira e absurdo adquirir o brilho e o fulgor das grandes e imaculadas verdades!      

Haveis de assistir ainda ao acontecimento sublime da transformação dos costumes, da regeneração do caráter, do aperfeiçoamento da moral e da justiça, da purificação dos espíritos e da salvação das almas!

Haveis de ver ainda o fogo destruir, queimar, reduzir cinzas, o que foi escrito com a intenção de ofender, ultrajar, a Infinita Sabedoria e o Infinito Amor! Vereis ainda a chama carbonizar o que se escreveu para mentir, enganar, sofismar, contrariar a verdade, apagar o nome de Deus e de Jesus! Presenciareis também ao formidável espetáculo das multidões (desvairadas, rugindo de indignação, bramindo, abrasadas do verdadeiro sentimento e amor), despedaçarem os ídolos, destruírem os falsos templos, incendiando os palácios dos que se locupletaram com o suor dos pobres e dos humildes, em nome da fé, por amor de Deus, como afirmam, e de Jesus, o Seu filho amado!

Haveis de assistir ao rolar por terra dos falsos e ilegítimos poderes, ao abater das grandes forças até então consideradas invulneráveis!

Vereis ainda os humildes glorificados, levados em triunfo pelas multidões delirantes de alegria, embriagadas de prazer, por haverem destruído o falso para erguer, levantar, erigir, o justo e o verdadeiro!

Ouvireis ainda o rumor longínquo e assustador da guerra, mas da guerra por amor da verdade; por um ideal alevantado e santo pela paz, pela ordem, pela justiça, pela moral e pelo amor! Contemplareis ainda o grande fato da unidade religiosa que se estabelecerá no planeta; assistireis ao termo desta era de horrores, misérias, e fraquezas, desgraças e infâmias, crimes e atentados, ambições e orgulhos vãos, e tereis a ventura de ver raiar a aurora da Era Nova, o advento do Espiritismo, vitória de Jesus e do seu Evangelho!

Sereis testemunhas dos grandes acontecimentos que se vão desenrolar na Terra para limpa-la, expurga-la, torna-la salubre e habitável pelas almas boas, meigas, humildes e puras que vão baixar sobre o mundo, para auxiliar o seu progresso e a sua salvação! Sereis testemunhas das gloriosas lutas filosóficas, cientificas, religiosas e sociais, em que se empenharão nobres e elevados espíritos que, de pontos diferentes do Universo, partem para a Terra, obedecendo à ordem suprema!

Haveis de ouvir as verdades trazidas nos lábios dos grandes filósofos do espaço infinito, escutareis as prédicas dos justos, dos puros e dos santos! Tereis a doce satisfação de receber, pela boca dos gloriosos arautos do Senhor, as mais puras e excelsas provas de amor e divino afeto! Sentireis ai na Terra a presença de Jesus na pessoa desses enviados, nos ensinos que semearão por toda parte, nos exemplos que vos oferecerão por todos os pontos do vosso globo, nos atos de brandura, amor e caridade que praticarão esses abnegados servos do Senhor!

Ides assistir ao advento de uma quadra feliz, ao começo de uma nova história, de uma nova ciência apoiada na verdade, no bem, na humildade e no amor! Ides assistir ao grande acontecimento da paz universal, ao congraçamento das raças, à confraternização dos povos, unidos pelo mesmo sentimento de piedade, fé, justiça, verdade, moral e amor! Assistireis à derrocada dos preconceitos, à demolição das convenções, ao ruir das pretensões absurdas e tolas de tudo saber, de tudo negar, de viver sem Deus, sem fé, sem moral, sem crença, sem amor, sem Jesus - que é a luz mais poderosa, mais brilhante, o sol mais puro que poderá guiar o homem na vida! Haveis de ver cair todos os absurdos, as incoerências, os abusos, as ambições, os despotismos, as mistificações, a autoridade apoiada na força material, o direito adquirido pela fatalidade de nascimento, os privilégios e as castas, os monopólios e as contravenções!

Contemplareis grandes coisas, os vossos olhos enxergarão ainda muitas misérias, muitas torpezas, muita lama, muito lodo! Os vossos ouvidos escutarão ainda muitas lamentações, muitos gemidos, muitos soluços, muitos gritos aflitivos, muitas imprecações, muitos anátemas e maldições! As vossas mãos apalparão muitas chagas, pensarão muitas feridas, sentirão o bater lento e pausado dos corações, onde a vida se extinguirá aos poucos! Os vossos pés percorrerão ainda muitos lugares, pisarão muitos cada veres, tingir-se-ão do sangue derramado no vosso caminho! Andareis ainda em meio das multidões vestidas de luto, varadas pela dor de haverem perdido o que de mais caro possuíam no mundo! Tereis ainda que chorar, gemer, sofrer, padecer, para poderdes alcançar a vossa liberdade e a vossa salvação!

Tendes diante de vós uma estrada espinhosa, cheia de urzes e grandes atoleiros, mas; à, medida que fordes avançando, o caminho percorrido irá se cobrindo de flores, as pedras se transformarão em frutos e sangue; convertido em doce néctar formará o córrego manso que ladeará esse caminho! À proporção que avançardes, as vossas pegadas transformar-se-ão em rastro luminoso, onde brilharão a pureza e a fé que ireis conquistando á custa dos mais cruéis e ingentes sacrifícios, dores, vicissitudes e lágrimas!

Caminhai! caminhai, meus amigos! Caminhai sem tréguas, nem desfalecimentos, porque o sacrifício que ora fazeis vos dará, um dia, a felicidade, vos conduzirá à perfectibilidade, à salvação e à gloria! Ide sempre caminhando! caminhando, lutando, sofrendo, chorando, gemendo, derramando sangue, curtindo dores, orando; implorando a Deus o auxílio e o conforto da Sua misericórdia, o amparo da Sua justiça, a força da Sua sabedoria, a luz da Sua graça, 'do Seu amor e da Sua misericórdia! Ide, meus amigos e companheiros, irmãos queridos! Ide, que "os tempos são chegados"; a hora santa vai soar, o momento da salvação aproxima-se!

Caminhai, caminhai! Prossegui! Marchai ao encontro do novo sol! Sai da noite para a aurora que vem rompendo além, onde, do alto, Deus Nosso Senhor vos contempla e Jesus vos abençoa e vos espera de braços abertos, para estreitar-vos num amplexo amoroso, apertando-vos contra o seu peito, onde pulsa o coração do Mestre - esse coração que é a vossa pátria, a vossa casa, a terra da promissão que vos espera!

Tenho dito.

Adeus.
Isaías, o profeta

Maio de 19I6.
           
Informações complementares
            Isaías foi um profeta notável e é o mais citado pelos apóstolos. E quando Jesus entrou na sinagoga de Nazaré, os sacerdotes apresentaram-lhe o Livro de Isaías e Ele o abriu, justamente, onde estava. escrito: - "O Espírito Santo está sobre mim, porquanto me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração. A apregoar a liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor". (Lucas 4-16/19).
            Segundo informação dada pelo espírito Ramatis,  Isaías voltou, de novo, à Terra, tendo reencarnado em 14-12-1503, sob o nome de Miguel de Nostradamus, o famoso vidente cujas profecias constam de uma obra (Centúrias ), publicada em diversos idiomas.
            As previsões de Nostradamus referem os grandes acontecimentos que hão de ocorrer na Terra até ao fim deste século.  E a fidelidade com que as mesmas estão sendo cumpridas, faz com que ele seja considerado o mais célebre profeta, depois dos profetas bíblicos. As suas premunições são fundadas também na ciência da astrologia, que ele conhecia profundamente.

página 89 do livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’

1ª Edição 1959    Ed. Divino Mestre - R  RJ

44. 'Revelação dos Papas' - Jacó, o Patriarca


44
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                                                      Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918


Jacó, o patriarca

O médium vê o espírito envolto em ondas de luz branca, suavíssima, 
semelhante ao brilho da prata,
 tendo em redor flamas de cor verde e azul pavão , 
formando um  conjunto encantador.
 Consegue depois ver a cabeça de um velho, 
com os cabelos em cachos e a barba e os bigodes não muito grandes.

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            Meus amados irmãos, filhos de Deus, descendentes de lsrael, aqui está um dos está um dos vossos antigos guias, um dos iniciadores da vossa civilização; acha-se na vossa presença um dos mais humildes e fieis servos do Senhor.

            O meu espírito evoluiu através dos séculos, viveu já muito na Terra e em outros mundos, onde pregou e semeou os ensinamentos que lhe foram dados por Deus e por Jesus, ao entrar na vida material terrena. Hoje vivo mui distante de vós, habito regiões longínquas, onde gozo a paz e a felicidade que Deus me concedeu pelos meus esforços, pelo sacrifício que fiz para auxiliar o progresso da humanidade em cujo seio fui chamado a viver. Venho, pois, de muito longe, parti de um ponto ignorado por vós outros, para vir colaborar nesta "Revelação", empenhar-me na obra de resgate do vosso mundo; a cujo inicio assisti; e tenho, assim, o prazer e a glória de trabalhar no advento da Nova Era.

            Meus amigos; fostes imprudentes abandonando o verdadeiro caminho, o mais curto que vos poderia conduzir facilmente para junto de Deus. Praticastes um grande crime voltando as costas à cruz e apagando os ensinamentos de Jesus estampados em vossos corações, gravados no fundo das vossas consciências! Feristes a lei divina, ofendestes o Criador repudiando os ensinamentos do Seu Filho, negando existência do Pai Celestial, estabelecendo no mundo o reinado da impiedade, da descrença e do materialismo. Destruístes o Decálogo, profanastes o Evangelho e violastes tudo quanto vos foi legado pelos antigos diretores espirituais: cavastes um fundo abismo aos vossos pés, abrindo vós mesmos a profunda e sombria sepultura onde sereis lançados.
             
            Derrubastes todos os ideais que nasceram convosco, todas as aspirações alimentadas pelas gerações que vos antecederam neste planeta, e reduzistes a pó todas os símbolos da fé, todos os ensinamentos que herdastes dos vossos maiores. Fostes perjuros, apóstatas, falsos, demolidores: traístes a vossa própria consciência, mentistes à vossa própria razão e falseastes todos os princípios de moral que vos foram legados pelos iniciadores da vida social no mundo que habitais. Quebrastes o elo que ligava o presente ao passado, interrompendo o encadeamento das tradições cristãs, a marcha do progresso moral, iniciada há tantos séculos, a custa de dolorosos sacrifícios, pelas primitivas gerações. Desse modo, sois criminosos, culpados das vossas infelicidades atuais e responsáveis pelo atraso do planeta que vos foi designado para ser o berço do vosso progresso espiritual.

            Transformastes a vida numa fonte de gozo material, vivestes somente pelos sentidos, cultivastes os instintos grosseiros, assim criando uma vida artificial, enganadora e desumana: procurastes apenas a satisfação dos apetites brutais e transformastes a Terra num pântano moral, onde vivestes afundados, mergulhados até hoje e de onde saís agora para lavar o lodo das vossas abjeções e misérias no sangue que está alagando a superfície do formoso planeta que habitais.

            Tudo fizestes para apagar o nome de Deus, destruir os vestígios da Sua infinita sabedoria e ofuscar o sol da Sua justiça. Negastes a existência do Criador e proclamaste a imortalidade da matéria, por vós considerada o principal fator de tudo quanto existe, afirmando a existência do homem sem alma, vivendo unicamente a vida inferior e incompleta da matéria inconsciente.

            Zombastes de tudo, encanecestes de Deus e de Jesus, desprezastes os grandes exemplos de humildade, justiça e amor que vos foram dados pelo Mestre dos mestres. Fechastes os olhos à luz que tantas vezes tem baixado sobre a Terra para chamar a vós a atenção para o Alto; não quisestes ouvir os avisos que inúmeras vezes foram trazidos ao mundo pelos espíritos eleitos, os missionários enviados por Deus e inspirados por Jesus.
             
            Teimastes em negar o poder e a sabedoria divinos, proclamando obra do acaso tudo que existe na Terra. Jamais admitistes que os que se diziam confiantes na justiça e no amor infinitos assumissem a direção dos povos.

            Tudo fizestes não só para sufocar os impulsos e sentimentos generosos que irrompiam dos corações amigos e bondosos dos crentes e humildes, como para implantar na Terra doutrinas criminosas, destruidoras da paz e tranquilidade que deviam ser desfrutadas pelos homens. Não poupastes esforços para convencer os vossos irmãos de que a força material é a única que existe, afirmando-lhes ser tudo matéria, nada havendo, portanto, além das fronteiras do vosso planeta.

            Erigistes uma Babel - supondo construir um templo consagrado à paz, à justiça e ao amor; criastes um inferno - alegando edificar onde desfrutásseis todas as delícias e venturas     durante a vida terrena; armastes uma forca - presumindo arquitetar um trono, do alto do qual o homem reinasse feliz e satisfeito, dominando o mundo com a vontade e o seu poder. 

            Consumistes todo esse tempo que decorre do período em que vivi sob o nome de Jacó, até os vossos dias, em preparar a colossal fogueira em que vos queimais neste momento. Sacrificastes tantos séculos, tantas gerações, perdestes tantas anos, esgotastes tantas energias, desperdiçastes tantas forças, tanto sangue, tanta vida - para terminardes na horrível hecatombe que vos abala e vos deixa apreensivos, a pensar nas suas consequências, nos resultados que sobrevirão a esse tremendo abalo.

            Não tivestes fé, não fostes reflexivos e cautelosos; o orgulho empolgou as vossas almas, escravizou as vossas consciências, o egoísmo e a ambição perturbaram a vossa inteligência, tolheram o vosso raciocínio, escavaram na vossa alma imenso vácuo que não sabeis agora como preencher, e faltam-vos elementos para entulhar o abismo em que se transformou a consciência do homem moderno.

            Estais aflitos, desesperados, tristes e sem saber como fazer cessar a tempestade que vós mesmos fizestes desencadear sobre o vosso mundo e sobre a vossa humanidade! Choras a vossa ruína e a vossa desgraça, sem saber como achar alívio para a imensa dor que devora o vosso coração! Sentis agora quanto andastes errados no caminho que seguistes; começais a compreender que sois fracos, impotentes para apagar esse incêndio que ateastes com as vossas próprias mãos; principiais a ver que não sois tão fortes como pensáveis e quão reduzida é a vossa sabedoria e débeis os recursos morais de que dispondes para falar de paz,
concórdia; compreendeis hoje que só a paz, o amor, a justiça e a fraternidade são capazes de tornar o homem feliz sobre a Terra.

            Tendes agora a visão de melhores dias, vividos à sombra da paz, alentados pela fé e embalados pelo amor! Chegou a hora em que haveis de refletir sobre tudo quanto afirmastes, tudo quanto negastes, o que destruístes, o que violastes, o que profanastes, o que repudiastes; o momento em que ides compreender o valor das palavras de Jesus -  "O meu reino não é deste mundo”; aproxima-se a hora em que ides ter a desilusão completa do valor da vossa ciência, do poder da vossa sabedoria; vai bater a hora em que haveis de saber que existe alguma coisa além da matéria, um poder muito maior que o vosso, uma sabedoria infinita, uma justiça também infinita e um Deus infinitamente justo, bom e sábio!

            Bate à vossa porta, humanidade, o dia em que vos convencereis da inutilidade de todos os esforços que fizestes para apagar o nome de Deus - gravado no fundo de todas as coisas humanas - e as luminosas verdades ensinadas por Jesus.

            Ides ouvir a voz da vossa própria consciência clamando contra os vossos erros, crimes e faltas gravíssimas que cometestes pelo caminho errado que seguistes, e os desmandos, horrores e desgraças que semeastes no vosso globo.

            Deus, entretanto, virá em socorro dos homens. Ele vos dará alívio mandando proclamar estas grandes verdades, que vos servirão de bálsamo e vos darão paz e tranquilidade de espírito e de consciência. Deus estará convosco nessa hora, Jesus baixará sobre vós para suavizar as vossas dores com os doces eflúvios do seu coração boníssimo e puro.

            Jesus não vos abandonará; ele virá, em pessoa, ajudar-vos nesse instante dolorosíssimo para a humanidade terrena, O Salvador do Mundo virá visitar-vos, trazendo a nova luz que promete seria dada de boa vontade, aos homens de boa fé e coração puro: Ele ai vem.

            Aproxima-se a hora, vem raiando o dia sublime da vossa redenção; aparecem já os primeiros clarões dessa alvorada, dessa manhã cheia de luz, alegrias, risos e esperanças; desponta já o sol do Espiritismo, que há de encher de felicidade esse dia formoso que vem nascendo para o mundo cristão!

            Está prestes a soar a hora da vossa libertação; deveis, portanto, orar sem cessar, erguer os olhos para o Alto, pedindo a Deus que vos dê a luz necessária para poderdes, no dia glorioso de que vos falo, compreender as luminosas palavras contidas no Evangelho de Jesus.

            Que a misericórdia divina ampare a humanidade terrena.

            Adeus.

Jacó, o patriarca
Março de 1916

Informações complementares
            Foi grande sacerdote. Era filho de Isaac e de Rebeca. 
página 52 do Livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’

1ª Edição 1959    Ed. Divino Mestre - RJ  RJ

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

43. 'Revelação dos Papas' - Tereza D' Ávila




43
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                              Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918

Teresa de Jesus (Sta.)
O espírito, que aparece entre luzes verde e prateada, trás hábito de monja.
 O rosto é fino e belo. A irradiação luminosa, que é extraordinária, impossibilita a vidente
 de fazer a descrição dos traços fisionômicos e de outros detalhes da aparição.
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            Queridos irmãos meus, aqui estou, pequenina e fraca, sem outra coisa para vos dar a não ser o que Jesus me deu - o seu amor e a luz dos seus ensinamentos.

            Quando vos dirigistes a mim, dissestes que muito vos tenho dado e muito vos tenho socorrido nas vossas aflições. Como é grande a vossa ilusão e falsa a vossa convicção nesse sentido. Teresa nada é, meus amigos; esta humilde serva não está na altura em que a vossa bondade a quer colocar. Esta que aqui está nada pode fazer por vós outros, porque, de todos os espíritos que vivem nas regiões onde ela habita é o mais insignificante, o que menos prestígio tem perante Deus e Jesus.

            Tudo quanto tendes recebido vos tem sido dado pelo Pai de caridade e amor e por aquele que é o Seu filho dileto - Nosso Senhor Jesus Cristo - Eu apenas peço, suplico, imploro, mas sempre receosa de alcançar um insucesso, pois não me acho ainda em condições de ser mediadora dos homens junto a Jesus. Se algumas vezes, ao apelar para mim, tendes recebido graças, isto tem sido, unicamente devido ao vosso próprio mérito e não ao prestígio e valor da que escolhestes para ser a vossa intermediaria.

            Quisera eu ter poder e merecimento perante a Infinita Sabedoria e o bondoso coração de Jesus, para, assim, envidar esforços no sentido de obter para cada um de vós energia e força, a fim de poderdes lutar contra o mal que constantemente vos assalta no caminho da vida!  Tivesse eu mérito ante a Infinita Misericórdia para, desse modo, fazer o possível, por alcançar a luz de que carecem as vossas consciências, o conforto de que necessitas para suportar as vossas provações!

            Se assim fosse, isto é, se Teresa tivesse poder, derramaria no momento em que vos fala, infinitas doçuras nos vossos corações, deixaria cair nas vossas almas os delicados aromas da pureza espiritual! Se eu tivesse poder, todos vós, que buscais abrigo sob as dobras da minha túnica, estaríeis já muito adiantados no caminho da perfeição!

            Que posso fazer, entretanto? Que tenho, para dar a vós outros, que aqui viestes desejosos de receber de mim alguma coisa que sirva para uso dos vossos espíritos? Nada, meus amigos, nada vos pode ofertar Teresa, a ser grande a sua pobreza; mas para não perderdes o vosso tempo vindo ao meu encontro, vos darei o que Jesus me deu - a luz dos seus ensinamentos: - segui todos vós o caminho luminoso do Espiritismo Cristão; perseverai nos atos de piedade que costumais praticar aqui, orando pelos que sofrem; prossegui, repartindo o vosso pão com os infelizes, dando abrigo, sob o vosso teto, aos deserdados da sorte.

            A vós, que sois mulheres, dirijo, de preferência, este apelo: - abri os vossos corações e expulsai os maus sentimentos que, tantas vezes, por fraqueza, abrigais ai; tende sempre piedade das mulheres, como vós outras e jamais deixeis de amparar as que não, tem abrigo; reparti com elas o que vos sobra; dai-lhes do vosso pão fazendo-as coparticipantes da vossa felicidade. Vós, mulheres, como eu o fui, tendes uma grande missão a cumprir na Terra, - velar pela sorte dos infortunados, sendo mediadoras entre o rigor dos homens e os sofrimentos dos pobrezinhas. Vós, mulheres, mais do que os vossos irmãos do outro sexo, tendes o dever de ser espíritas porque espírita quer dizer - viver para amar, e a mulher tem no mundo a nobre e santa missão de amar e perdoar.

            Sede espíritas, mulheres, sede caridosas, minhas irmãs, porque a mulher espírita que cumpre a sua missão de caridade e de amor, pode dizer, com satisfação – sou filha de Deus e irmã de Jesus.  

            Não vos descuideis do espírito, Que não deveis sacrificar ao corpo e às vaidades humanas, pois todas as coisas que tanto vos seduzem na vida material nada valem, nada representam, comparadas ao que se desfruta no mundo dos espíritos, quando nos retiramos da Terra, depois de haver bem cumprido o nosso dever de filha, esposa e mãe.

            Ai tendes o que Teresa pode ofertar a todos vós que viestes ávidos de receber alguma coisa.

            Deixo-vos a luz dos ensinamentos de Jesus; ele vos conduzirá à felicidade e ao paraíso.

            Adeus! Aceitem todos um abraço da irmãzinha que, na Terra, se chamou

Teresa D’Avila
-Outubro de 1918-

Informações Complementares

            Nascida em Espanha em 28 de Março de 1515 e falecida em 4 de Outubro de 1582.


            É dela a seguinte frase: “...Não, minhas irmãs, não. O Senhor quer obras. Quer, por exemplo, que se virdes uma doente a quem podeis aliviar, deixeis de lado as vossas devoções para lhe dar assistência, e que lhe testemunheis compaixão, que o seu sofrimento seja o vosso, e que, se necessário, jejueis para que ela tenha o alimento necessário...” Fonte: Wikipedia