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domingo, 7 de julho de 2013

'A Cura de um Cego' - a palavra de Marcos



Cura de Um Cego

8,22  Chegando eles a Betsaida, trouxeram-Lhe um cego e suplicaram-Lhe que o tocasse. 8,23  Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhes as mãos, perguntou-lhe:  "-Vês alguma coisa?”
 8,24 O cego levantou os olhos e respondeu: -Vejo os homens como árvores que andam! 8,25  Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos, e ele começa a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe.
8,26  E mandou-o para casa, dizendo-lhe: “ -Não entres nem mesmo na aldeia.”            

                       
               Em “A Gênese”, de A. Kardec, lemos, em seu  cap. XV,  o  trecho  que   se   segue,   para Mc (8,22-26) - Cura de um Cego:

          “Aqui, é evidente o efeito magnético; a cura não foi instantânea, porém gradual e consequente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de ótica, os objetos lhes parecem de tamanho exagerado.”

            Para  Mc (8,22-26) - Cura de um cego  - leiamos Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas”:

            “Jesus nunca se achava só. Estava sempre acompanhado. A recomendação que fez dizia respeito à visão do cego.

            Da primeira vez que lhe impôs as mãos, deu-lhe o Mestre a vista espiritual. Viu ele então os Espíritos que em torno daquele se grupavam e que lhe pareceram homens de gigantescas proporções. Pela segunda imposição das mãos, Jesus lhe curou os órgãos animais, passando ele a ver os outros homens, seus semelhantes. Fora-lhe restituída a visão corporal.

            Aquela, a espiritual, se desenvolvera pela ação dos Espíritos que cercavam o Mestre, os quais fizeram que o homem se tornasse, na ocasião, vidente, desembaraçando-lhe da matéria o Espírito.

            A explicação desse fenômeno, que foi de desprendimento, é a mesma dos fenômenos magneto-espíritas, ou seja: dos fenômenos devidos não só ao magnetismo espiritual, mas também ao magnetismo empregado com o fim de desenvolver a visão espiritual. Pelo contato dos fluidos humanos que o circunvolvem, o Espírito adquire maior força; seu perispírito, ou duplo, forrando-se, por assim dizer, aos eflúvios perispiríticos que o rodeiam, pode subtrair-se ao corpo que o retém, o que lhe permite recobrar, momentaneamente, uma certa liberdade.”

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