O Fermento
dos Fariseus
16,5 Ora, passando para outra margem do lago,
os discípulos haviam esquecido de levar pão.
16,6 Jesus disse-lhes: “Guardai-vos com cuidado
do fermento dos fariseus e dos saduceus.”
16,7 Eles pensavam: - É que não trouxemos
pão...
16,8 Jesus, penetrando nos seus pensamentos,
disse-lhes: “Homens de pouca fé! Por que julgais que vos falei por não terdes
pão?
16,9 Ainda não compreendeis? Nem vos lembrais
dos cinco pães e dos cinco mil homens e de quantos cestos recolhestes?
16,10 Nem
dos sete pães para os quatro mil homens e de quantos cestos enchestes?
16,11 Por
que não compreendeis que não é do pão que Eu vos falava, quando vos disse:
“Guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus!”.”
16,12 Então,
entenderam que não dissera para se guardarem do fermento do pão, mas da
doutrina dos fariseus e dos saduceus.
Para Mt
(16,5-12) -Fermento dos Fariseus - leiamos a palavra de Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações
Evangélicas (FEB)”:
“Nesses conselhos que dava a seus
discípulos, Jesus falava para aquela época e para o futuro, no qual a sua presciência
lhe facultava ver o que sucederia.
Na
interpretação que lhes deram os discípulos, encontramos a explicação precisa
dessas palavras do divino Mestre. Constituem o fermento dos fariseus, do qual
devemos preservar-nos, como aconselhado era aos discípulos, além das
inspirações do orgulho, toda submissão covarde ao poder, o que significa a toda
doutrina que nos queiram impor, desde que seja contrária à que o Cristo pregou
e exemplificou, como o é, atualmente, a dos ortodoxos, católicos e
protestantes, a qual, na maioria dos casos, de modo algum se conforma com a
doutrina cristã, estando mesmo, as mais das vezes, em flagrante antagonismo com
esta.
Sim,
devemos preservar-nos de todas as inspirações do orgulho e de toda submissão
covarde ao poder, sempre que este tente exercer qualquer ação sobre as nossas
consciências, ou sobre os nossos atos morais. Demos a César o que é de César,
mas não esqueçamos que os césares estão submetidos a Deus e que só Este tem
direito sobre todas as criaturas.
Espíritas convictos, que, por efeito
do estudo, da meditação e dos ditames da nossa razão livre, aceitamos a
revelação nova, que vem concluir a obra do Cristo, obra de regeneração da
Humanidade, por meio da luz e da verdade, pela implantação da justiça, do amor,
da caridade e da fraternidade universal, na Terra, devemos resistir, com
respeito, mas também com firmeza, a qualquer oposição, venha de onde vier,
visando impedir que executem a vontade de Deus os bons Espíritos que se
comunicam com os homens, como portadores daquela revelação.
Temos um só Mestre, um único Senhor e somos
todos irmãos. Convencidos e
conscientes disto, propaguemos a verdade evangélica e, firmados nela,
defendamos o nosso livre arbítrio, a liberdade da nossa consciência.”
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