domingo, 21 de julho de 2013

O Estado Laico



            "Creio em uma América do Norte onde a separação da Igreja e do Estado seja absoluta - onde nenhum prelado católico possa indicar a um presidente (caso este seja católico) a forma em que deveria agir, e que nenhum ministro protestante deve dizer aos seus fiéis em quem deverão votar - onde nenhuma igreja ou escola religiosa receba fundos públicos ou preferência política - e onde não seja negado a ninguém um cargo público meramente porque sua religião é diferente da do presidente que poderia nomeá-la ou das pessoas que poderiam elegê-lo."

por John Kennedy
conforme citação em ‘Folha da Tarde’ Porto Alegre, Setembro de 1960

            Em nosso país, apesar de existir a separação constitucional entre a Igreja e o Estado, infelizmente a atitude é bem outra, registando-se a mais triste subserviência da maioria dos políticos ao clero, os quais, não obstante a proibição da Carta Magna, carreiam somas astronômicas para os cofres da Igreja, em flagrante e condenável desrespeito à nossa Lei Máxima.

            Precisávamos também no Brasil de uma atitude corajosa dos dirigentes da Nação, guardiães da Constituição, no sentido de pôr cobro a tais abusos, fazendo cumprir rigorosamente e em relação a todos os cultos religiosos as restrições constitucionais.

            As declarações do senador Kennedy abordam outros pontos também nevrálgicos, como a intromissão do clero na política e o tratamento das escolas mantidas por confissões religiosas.
            Fonte: Reformador (FEB) Fevereiro 1961


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