Morre a vida
– para vivificar os mortos JUL 10
Desde o meio-dia até às três horas,
esteve todo o país coberto de trevas. Por volta das três horas, soltou Jesus um
grande brado: “Eli, Eli, lama sabactani?” – isto é: “Meu Deus, Meu Deus, por
que me desamparaste?”
Alguns dos circunstantes, ouvindo isto,
observaram: “Está chamando por Elias.” Ao que um deles correu a ensopar uma
esponja em vinagre, prendeu-a numa cana e deu-lhe de beber. Outros, porém,
diziam: “Deixem! Vamos ver se vem Elias para o salvar!”
Mais uma vez soltou Jesus um grande
brado – e entregou o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou de
alto a baixo, tremeu a terra, partiram-se os rochedos, abriram-se os sepulcros
e muitos corpos de santos, que tinham morrido, ressurgiram. Saíram das suas
sepulturas, depois da ressurreição dele, foram à cidade santa e apareceram a
muitos.
Quando o comandante e os que com ele
fariam guarda a Jesus perceberam o terremoto e os demais acontecimentos,
sentiram-se tomados de grande terror e diziam: ”Em verdade, este era o Filho de
Deus!” Mateus 27, 45ss
Expulso da terra, sente-se o
divino mártir também abandonado do céu.
Momentos de
indizível angústia...
Ainda que, de
fato, não pudesse Jesus ser desamparado de Deus, sentia em si todo o amargor
que a carência da divina consolação produz na alma sensível – e Jesus se constituíra
lugar-tenente de todos os pecadores do mundo.
“Eis o cordeiro
de Deus que carrega os pecados do mundo...”
Menos duros que
os humanos corações, partem-se os rochedos.
Mais sensíveis
que os vivos, protestam os mortos contra o horrendo crime do Gólgota.
Proclama o
Império Romano a divindade de Cristo negada pela sinagoga de Israel...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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