A Derrota Gloriosa JUL 12
Num outro dia – após o
dia dos preparativos – reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e fariseus em
casa de Pilatos e disseram: “Senhor, estamos lembrados de que aquele
embusteiro, quando vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei. Manda, pois,
guardar o sepulcro até ao terceiro dia; do contrário, poderiam os seus
discípulos vir roubá-lo e dizer ao povo: Ressuscitou dentre os mortos. E assim
viria o último embuste a ser pior que o primeiro.”
Respondeu
Pilatos: Tereis uma guarda; ide e guardai o sepulcro como entendeis.”
Foram-se
e seguraram o sepulcro, selando a pedra e postando uma sentinela diante dele. João
19, 38 ss
Um sepulcro... Um
cadáver...
Ponto final da
mais gloriosa vida que sobre a terra foi vivida...
Será possível
derrota mais completa que esta? fracasso mais triste que o do Gólgota? ruína
mais universal que a do Nazareno?
Quem ousará ainda
professar-se discípulo dele? dum condenado pelas autoridades religiosa a civil?
E, no entanto,
era esta derrota a maior das vitórias que já se conquistaram no mundo, porque
era o triunfo da força do direito sobre o direito da força...
Que estais a
fazer, ó humanos pigmeus? ligardes com as teias de aranha da vossa prudência o
divino gigante da eternidade?...
Que valem todas
as forças da humana impotência contra a fragilidade da divina onipotência?...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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