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quarta-feira, 26 de junho de 2013

E daqui, para onde vamos?


E daqui,
para onde vamos?
por Hermínio C Miranda

Trecho de um artigo sob título ‘Lendo e Comentando’
publicado em Reformador (FEB) Junho 1964

               Se você se chegasse a um estranho na rua e lhe perguntasse à queima-roupa:  "E daqui, para onde vamos?" ele, por certo, poria em dúvida sua sanidade mental.  É o que diz o editorial de “Two Worlds" em Novembro de 1963, acentuando que essa é a questão mais vital para a Humanidade. No entanto, concordamos com o autor do artigo em que a maioria dos que hoje vivem na Terra não parecem demonstrar grande interesse pelo que lhes sucederá no além-túmulo. “Suponha - diz o articulista - que o leitor tenha de repente de emigrar para a Austrália. É claro que trataria imediatamente de adquirir toda a informação que lhe fosse possível sobre o país, sua gente, seus costumes, suas condições de vida e tudo o mais. Ora, nossa passagem para o país dos Espíritos é mais certa do que a emigração para a Austrália e, no entanto, são poucos os que procuram estudá-lo convenientemente e se preparam para a "viagem" que pode ser a qualquer instante. Mesmo diante das informações que, com impressionante frequência, nos chegam do mundo espiritual, é incrível a enormidade de gente que nem sequer deseja pensar no assunto ou, se o faz, é para recusar sumariamente as advertências ou duvidar de sua autenticidade e até mesmo questionar o equilíbrio mental daqueles que se interessam por esses problemas e analisam as observações
recebidas neste sentido.

               Enquanto bastou a fé para resolver tais questões, foi tudo razoavelmente bem, pelo menos do ponto de vista teológico, mas, quando o raciocínio, ajudado pelas descobertas científicas, começou a recusar tanto a ideia do céu como a do inferno, aí o problema da vida post-mortem perdeu sua significação para uns e adquiriu novo sentido para outros.

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