3e
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)
Do Livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’
Psicografias de Izaltino Barboza
(nome verdadeiro do
médium que se assinou
Abrahão Luz)
1ª Edição 1959
Editora Divino
Mestre - Rio de Janeiro RJ
Igualmente,
os ministérios da guerra já têm a sua legenda agressiva substituída pela de -
ministérios da Paz. E os aniversários das guerras, as matanças fratricidas
entre os povos, deixarão de ser festejadas ou comemoradas com
hinos e pompas de orgulhos ou exaltações nacionalistas.
E
embora a atenção da humanidade esteja fixada e atenta aos problemas graves e
complexos que dizem respeito aos seus novos destinos, um acontecimento
sensacional está ocorrendo, que empolga o mundo inteiro.
Trata-se
da descida de aviões interplanetários vindos do planeta Marte, conduzindo
delegados marcianos que vêm felicitar os seus irmãos da Terra pela nova etapa
que o planeta vai iniciar ao integrar-se na corrente dos mundos de missões
superiores.
Os
visitantes marcianos, nos seus desabafos mediante um intercâmbio mental por via
telepática, reportando-se às frustradas tentativas dos terrícolas para voarem
até aos outros planetas, classificam-nas como um atestado de grande incoerência
e leviandade; pois, - dizem, - não se justifica a dissipação de recursos
fabulosos, gastos nessas experiências para decifrar incógnitas de mundos
distantes, quando ainda não estão "decifrados" ou seja, resolvidos os
problemas graves e de alta relevância moral e social do nosso próprio mundo, como sejam os problemas
do câncer, da morfeia, a tuberculose, o
analfabetismo, a miséria da infância e da velhice abandonadas; e, acima de
todos, a fome de milhões de párias, contrastando com o dispêndio de milhões que
têm sido gastos com esses satélites pirotécnicos que resultam em nuvens de
fumaça, sem qualquer proveito em benefício da paz e da fraternidade social em
nosso mundo; pois os enviados marcianos advertem também: - todas as conquistas
científicas, em cada mundo, estão subordinadas aos desígnios e controle da
"permissão" divina. E que, no caso em apreço, os terrícolas ainda não
fazem jus a semelhante "dádiva" porque sua mentalidade belicosa e
agressiva tem demonstrado que Ciência da Terra, quanto mais avança
ou sobe no conhecimento de fenômenos potenciais da natureza, tanto mais os
homens descem em agressividade para dominar, para se matarem uns aos outros,
mais e melhor. E que, por conseguinte, não se justifica a ânsia dos sábios e
dos governantes terrícolas em devassarem o panorama dos mundos distantes,
quando no nosso a humanidade ainda tem um deserto moral no coração.
Tal
acontecimento e outros fatos de estranha singularidade, já obrigaram as
consciências a se voltarem com grande interesse, para todos os fenômenos
espíritas, que envolvem incógnitas do "outro mundo". E como
decorrência de tal fato, toda a Humanidade está olhando, está considerando de
frente, os problemas da vida, em sua amplitude de eternidade.
Os
sábios da Terra sentem-se intimados, de uma vez por todas, a esclarecerem os
enigmas da vida e da alma que têm atravessado os séculos sem uma solução
incontroversa e definitiva, como sejam: por
que nascemos? por que sofremos? por que morremos? e que nos aguarda depois da
morte?..
No
setor da espiritualidade, a palavra das religiões que tem sido causa de
divergências e litígios seculares, já não tem ressonância alguma nas
consciências. O espírito da mente coletiva já não se acomoda a essas definições
dogmáticas, vazias de sentido lógico, impostas por credos ou seitas religiosas,
que as defendem sob a alegação de estarem envoltas nas trevas do mistério. Uma nova ordem surgiu no setor espiritual.
Tratando-se
de problemas que dizem respeito à alma do indivíduo e aos destinos morais e espirituais
da Humanidade, os sábios da Terra também já proclamaram como realidades
absolutas, a pluralidade das existências, a pluralidade dos mundos habitados e
as comunicações dos espíritos, com o nosso mundo.
O
Deus criador de um céu exclusivista destinado a uns filhos preferidos; e Satanás,
o senhor do inferno destinado aos filhos enjeitados pelo Deus do Céu, já
passaram à conta de lendas mitológicas que resistiram durante séculos, por
terem sido conservadas no frigorífico da ignorância e da crença inconsciente.
Porém,
a alta relevância dos problemas espiritualistas empolga a humanidade de tal
maneira, que os derradeiros chefes das igrejas ortodoxas sentiram-se, também,
forçados a falar à Humanidade. E para termos ideia justa da situação do
ambiente moral e social que oprime as velhas igrejas em franca decadência,
ouçamos o que, através das televisoras, transmitiu ao mundo o último Chefe
supremo da Igreja Católica, cuja sede já não está localizada em Roma. O
Vaticano está sediado no Brasil, devido a circunstâncias imperativas, que
escapam ao querer dos homens.
Ouçamos
a palavra do último pontífice da Igreja romana. Falou assim:
"Meus filhos.
"Aqui estamos para vos falar a
respeito do que a ciência oficial do mundo acaba de nos transmitir quanto à
pluralidade das existências, à pluralidade dos mundos habitados e sobre outros
problemas referentes ao destino das
almas após a morte do corpo.
"E nós vos dizemos: A nossa
Igreja também, de há muito, possui a sua academia de ciências, cuja função é, justamente, estudar e
acompanhar as novas afirmações ou conquistas da ciência, conforme fazem as
diversas universidades do mundo; e tudo que vai sendo revelado à luz de
equações irrefutáveis, a nossa Igreja também se preocupa em certificá-las para,
depois, manifestar-se definitivamente.
"Assim, quanto às revelações da pluralidade
das existências e dos mundos habitados, já definidas e comprovadas, a nossa
Igreja vem declarar, também reconhecê-las como verdades positivas.
"Aliás, os sábios da nossa
academia pontifícia, já há muito tempo, admitiam essas realidades; mas a
prudência que sempre guiou nossos passos, nos aconselhava que ficássemos em expectativa
até que outros expoentes do pensamento humano se manifestassem a tal respeito.
"Além disso, a inteligência das
massas ainda não estava amadurecida para assimilar, para receber de chofre, revelações
que, embora verdadeiras, provocariam certo distúrbio moral nas consciências.
"Quanto aos dogmas referentes a
um céu e a um inferno, o caso é o mesmo.
"As épocas truculentas do
passado, em que a maior parte dos indivíduos da nossa humanidade manifestava recalques
indomáveis, de rebeldia animalizada, era indispensável, impunha-se como
necessidade imperativa, que se afirmasse
existir um céu de venturas celestiais para os que fossem bons; e, em
contraposição, se ameaçasse os maus, os
incorrigíveis, mediante um inferno de tormentos eternos; porquanto, semelhantes
almas, eram insensíveis, eram impermeáveis
às palavras doces e ternas do, amai-vos uns aos outros, que incendiaram a alma
de Jesus!
"Porém, agora, os tempos são
chegados para que a humanidade seja esclarecida e orientada sob preceitos mais em
conformidade com a sua compreensão, já desenvolvida.
"Por conseguinte, como vedes, a
nossa Igreja jamais se recusa a acompanhar a marcha do progresso:"
..................................................
.
Foi
assim que falou ao mundo o chefe, o Pastor máximo dessa Igreja, que, conforme
sempre tem acontecido, para sobreviver, mais uma vez, o seu espírito de adaptação se adaptou, se submeteu às
contingências imperativas dos fatos. E esta mentalidade plástica tem sido,
justamente, o segredo que lhe tem possibilitado subsistir durante vinte
séculos!
As
almas de raciocínio inerte, os remanescentes da crença estática, que se
julgavam credenciados para subirem ao Céu mediante um passaporte gracioso,
concedido pela Igreja que se arrogava ser representante exclusiva do próprio
Deus, ei-los, todos, estonteados, sem pouso, como aves perseguidas por
caçadores.
A
nova "Reforma" teológica produziu um colapso espiritual na alma dos
fiéis às Igrejas seculares cujas colunas-mestras estão agora sendo derruídas
pelas forças ruidosas da Verdade. E com tal violência que, jamais poderão ser
levantadas sobre os fundamentos teológicos do seu passado.
Como
efeito de tais decorrências em todos os setores do pensamento humano, as
consciências se agitam, empolgadas pelo novo panorama espiritual que agora se
apresenta à consciência da nova Humanidade.
Chegou
a hora definitiva em que as concepções filosóficas e científicas das obras de
Alan Kardec, Pietro Ubaldi, Francisco Xavier e de Ramatis, são consideradas
como forças aglutinadoras de uma nova estrutura moral da sociedade, cujos
alicerces são os Evangelhos de Jesus, o Mestre já reconhecido como sendo o
maior sábio, o maior estadista e sociólogo de todos os tempos!
Enfim,
a raça dourada do terceiro milênio transformará o nosso planeta em um mundo
mais decente, pois as concepções morais e sociais de seus habitantes serão
estruturadas à base do Evangelho de Jesus, o estadista ímpar, o sociólogo
máximo, que, na sua sentença singela ama o teu, próximo como a ti mesmo,
estatuiu a lei eterna e única que, de modo absoluto e infalível, conseguirá
estabelecer a verdadeira fraternidade entre os moradores da Terra; lei que
ainda não foi superada pelos milhares de códigos que os sociólogos e estadistas
terrenos têm criado para fundar a paz entre os homens, sem, no entanto,
conseguirem alcançá-la com as suas experiências, que já duram há vinte séculos.
Finalmente:
- As fulgurações morais e espirituais do terceiro milênio serão a Nova Luz que
jamais se apagará. E então, a Humanidade, integrada na paz, no amor, na
fraternidade universalista,sentirá vibrar eternamente em seu
espírito as harmonias celestiais do mesmo cântico que, há dois mil anos os
anjos entoaram nos céus da Palestina: -
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade!
...........................................................
E
só então, Jesus, ao nosso mundo poderá retornar, serenamente, pregar seu
Evangelho, sem receio de ser crucificado novamente! ...
José Fuzeira
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