“O Espiritismo é uma doutrina dinâmica, na qual,
mantendo-se o núcleo central, comprovadamente genuíno e maciçamente irremovível
como a substância da Verdade, cada um tem sua liberdade de pensar e deve faze-lo,
para que não vire tudo um corpo dogmático, cristalizado e imóvel, como já tem
acontecido com as religiões do passado. O mesmo se dá com a doutrina do Cristo.
Há nela um núcleo de verdade eterna, que, por mais que se queira; não se
deforma, e os dogmas que montaram, em torno dessa doutrina, não suportaram o
teste do tempo. Isso porque os filósofos do cristianismo eclesiástico cometeram
o engano de achar que deviam fornecer as ideias já inteiramente mastigadas e
digeridas ao povo. Infelizmente, por outro lado, muitos de nós sofremos de
certa "preguicite" mental e parece cômodo não ter de pensar. É muito
mais fácil receber as ideias já arrumadinhas e pensadas, mas nada há de mais
pernicioso para o desenvolvimento do espírito.
Devemos pensar com a nossa cabeça e não com a dos teólogos ou a dos articulistas que lemos. Por isso, procuro dar a estes modestos trabalhos o tom de uma conversa despretensiosa com o leitor, para que ele também se sinta encorajado a pensar, mesmo a discordar do que afirmo. Entendo ser este o meio de prevenir a eclosão de dogmas no seio do nosso movimento. Além do mais, nas suas origens gregas a palavra dogma não significa uma declaração de princípios que a gente deve aceitar cegamente, mas simplesmente opinião. Não é à toa que o Espiritismo, segundo o entendemos, não deseja culto organizado, nem sacerdócio - essa fórmula já fracassou no passado inúmeras vezes: O leitor certamente sabe disto melhor do que eu, mas sempre é bom repisar, porque todos nós às vezes descuidamos um pouco e escorregamos na "comodidade" de deixar que os outros pensem por nós. E, quando "acordamos", já estamos acorrentados.”
Devemos pensar com a nossa cabeça e não com a dos teólogos ou a dos articulistas que lemos. Por isso, procuro dar a estes modestos trabalhos o tom de uma conversa despretensiosa com o leitor, para que ele também se sinta encorajado a pensar, mesmo a discordar do que afirmo. Entendo ser este o meio de prevenir a eclosão de dogmas no seio do nosso movimento. Além do mais, nas suas origens gregas a palavra dogma não significa uma declaração de princípios que a gente deve aceitar cegamente, mas simplesmente opinião. Não é à toa que o Espiritismo, segundo o entendemos, não deseja culto organizado, nem sacerdócio - essa fórmula já fracassou no passado inúmeras vezes: O leitor certamente sabe disto melhor do que eu, mas sempre é bom repisar, porque todos nós às vezes descuidamos um pouco e escorregamos na "comodidade" de deixar que os outros pensem por nós. E, quando "acordamos", já estamos acorrentados.”
Trecho de um
artigo sob título ‘Lendo e Comentando’
publicado em
Reformador (FEB) Julho 1964
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