E daqui,
para onde vamos?
por Hermínio C Miranda
Trecho de um
artigo sob título ‘Lendo e Comentando’
publicado em Reformador
(FEB) Junho 1964
Se
você se chegasse a um estranho na rua e lhe perguntasse à queima-roupa: "E daqui, para onde vamos?" ele,
por certo, poria em dúvida sua sanidade mental. É o que diz o editorial de “Two Worlds"
em Novembro de 1963, acentuando que essa é a questão mais vital para a
Humanidade. No entanto, concordamos com o autor do artigo em que a maioria dos
que hoje vivem na Terra não parecem demonstrar grande interesse pelo que lhes
sucederá no além-túmulo. “Suponha - diz o articulista - que o leitor tenha de
repente de emigrar para a Austrália. É claro que trataria imediatamente de
adquirir toda a informação que lhe fosse possível sobre o país, sua gente, seus
costumes, suas condições de vida e tudo o mais. Ora, nossa passagem para o país
dos Espíritos é mais certa do que a emigração para a Austrália e, no entanto, são poucos os
que procuram estudá-lo convenientemente e se preparam para a "viagem"
que pode ser a qualquer instante. Mesmo diante das informações que, com
impressionante frequência, nos chegam do mundo espiritual, é incrível a
enormidade de gente que nem sequer deseja pensar no assunto ou, se o faz, é
para recusar sumariamente as advertências ou duvidar de sua autenticidade e até
mesmo questionar o equilíbrio mental daqueles que se interessam por esses
problemas e analisam as observações
recebidas neste sentido.
Enquanto
bastou a fé para resolver tais questões, foi tudo razoavelmente bem, pelo menos
do ponto de vista teológico, mas, quando o raciocínio,
ajudado pelas descobertas científicas, começou a recusar tanto a ideia do céu
como a do inferno, aí o problema da vida post-mortem perdeu sua significação
para uns e adquiriu novo sentido para outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário