16
“O Cristianismo do Cristo
e o dos seus Vigários...”
Autor: Padre Alta (Doutor pela Sorbonne)
Tradução de Guillon Ribeiro
1921
Ed. Federação Espírita Brasileira
Direitos cedidos pela Editores Vigot Frères, Paris
Eis, pois, os Hebreus, ontem
vagabundos, acomodados tranquilamente, cada um no que é seu, família por família,
tribo por tribo, tendo as respectivas propriedades asseguradas contra suas
próprias negligências, irmãos todos, todos livres, sob o governo de seus
Anciãos, isentos de toda competição politica e de toda inquietação social, cada
um cultivando o seu campo: exercendo a sua profissão, permutando ou vendendo
seus produtos, sem impostos, sem outorgas, sem burocracia, nem tirania de
espécie alguma, "Cada um vivia ditoso debaixo da sua vinha e da sua
figueira, diz ingenuamente a Bíblia, fazendo cada um o que bem lhe
parecia" (8).
(8) Livro dos Juizes,
XVII, 6; - III Livro dos Reis, IV, 25.
Enquanto
o "Povo de Deus" não teve por atacantes senão os inimigos de fora,
bastaram, para protegê-lo e lhe conservarem a tranquilidade e a liberdade, os
profetas guerreiros, como Jefté e Sansão, e até, por vezes, profetisas, como
Débora. Mas, os verdadeiros inimigos são os de dentro. A ambição de honras e a
loucura das conquistas excitaram afinal o povo a pedir um rei e, desde o quarto monarca que o governou,
o Cisma de Israel e de Judá dividiu em dois reinos inimigos aquele povo que por
tanto tempo, de Moisés a Samuel, vivera fraternalmente unido e, serenamente
feliz, sob o governo, não de uma dinastia, nem de um senado, nem de um
parlamento, mas da Escola dos Profetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário