És tu o Cristo? JUN 22
Os
esbirros levavam Jesus à presença do sumo sacerdote Caifás, onde se reuniram os
escribas e os anciãos.
Pedro
o foi seguindo de longe até o pátio do sumo sacerdote; entrou e sentou-se no
meio dos servos para ver o fim. Os príncipes do sacerdote e todo o Sinédrio
andavam em busca de algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem
à morte; mas não acharam, conquanto se apresentassem muitas falsas testemunhas.
Por fim, apareceram duas falsas testemunhas que depuseram: “Este homem afirmou:
Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.” Levantou-se então
o sumo sacerdote e o interrogou: “Não respondes coisa alguma ao que esses
depõem contra ti?” Jesus, porém, permaneceu calado. Disse-lhe então o sumo
sacerdote: “Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho
de Deus!”
Respondeu-lhes
Jesus: “Sim, eu o sou; e declaro-vos que a partir daqui, vereis o Filho do
homem sentado à direita de Deus onipotente e vir sobre as nuvens do céu.”
A
isto o sumo sacerdote rasgou as suas vestiduras, exclamando: “Blasfemou! Que
necessidade temos ainda de testemunhas? Vós mesmos acabais de ouvir a
blasfêmia; quer vos parece?”
“É
réu de morte!” – bradaram eles. Mateus 26, 57ss
“És tu o Cristo?”
“Sim, eu o sou...”
Mais de 40 séculos esperavam por
este momento histórico. Ponto culminante da história da humanidade, esse, em
que o Nazareno se proclama a si mesmo Messias, Filho de Deus.
Quase 20 séculos rolaram sobre esta
solene profissão às barras do tribunal.
E sempre de novo querem os sinédrios
e as sinagogas saber o que é o Nazareno. E, quando percebem dos seus lábios a
estupenda revelação, rasgam as suas vestes – e não creem...
E o Nazareno, é declarado “blasfemo”
e “réu de morte”...
Ó mundo, como andas longe de
Deus!...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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