sexta-feira, 22 de junho de 2012

És Tu o Cristo?


És tu o Cristo? JUN 22

                    
            Os esbirros levavam Jesus à presença do sumo sacerdote Caifás, onde se reuniram os escribas e os anciãos.
            Pedro o foi seguindo de longe até o pátio do sumo sacerdote; entrou e sentou-se no meio dos servos para ver o fim. Os príncipes do sacerdote e todo o Sinédrio andavam em busca de algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem à morte; mas não acharam, conquanto se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, apareceram duas falsas testemunhas que depuseram: “Este homem afirmou: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.” Levantou-se então o sumo sacerdote e o interrogou: “Não respondes coisa alguma ao que esses depõem contra ti?” Jesus, porém, permaneceu calado. Disse-lhe então o sumo sacerdote: “Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus!”
            Respondeu-lhes Jesus: “Sim, eu o sou; e declaro-vos que a partir daqui, vereis o Filho do homem sentado à direita de Deus onipotente e vir sobre as nuvens do céu.”
            A isto o sumo sacerdote rasgou as suas vestiduras, exclamando: “Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vós mesmos acabais de ouvir a blasfêmia; quer vos parece?”
            “É réu de morte!” – bradaram eles.                              Mateus 26,  57ss
                                                          




            “És tu o Cristo?”

            “Sim, eu o sou...”

            Mais de 40 séculos esperavam por este momento histórico. Ponto culminante da história da humanidade, esse, em que o Nazareno se proclama a si mesmo Messias, Filho de Deus.

            Quase 20 séculos rolaram sobre esta solene profissão às barras do tribunal.

            E sempre de novo querem os sinédrios e as sinagogas saber o que é o Nazareno. E, quando percebem dos seus lábios a estupenda revelação, rasgam as suas vestes – e não creem...

            E o Nazareno, é declarado “blasfemo” e “réu de morte”...

            Ó mundo, como andas longe de Deus!...

           
Huberto Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista dos Tribunais, SP – 1941  



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