No Mundo,
mas não do Mundo JUN 26
Foi
Jesus apresentado ao governador. E o governador lhe dirigiu esta pergunta: “És
tu rei dos judeus?” Respondeu-lhe Jesus: “Sim, eu o sou, mas o meu reino não é
deste mundo.” Entretanto, não deu resposta alguma as acusações dos sacerdotes e
anciãos. Perguntou-lhe então Pilatos: “Não ouves de quanta coisa te fazem
carga”?”
Jesus,
porém, não lhe respondeu a pergunta alguma, de maneira que o governador se
admirou grandemente. Mateus 27,
11 ss; João
18, 36
Um homem reduzido a
uma chaga viva, abandonado dos seus, ludibriado de todos, a poucos passos da
morte – esse homem tem a estranha temeridade de se dizer rei, em face do
representante do império dos Césares.
Mas o seu reino não é deste mundo. É
de algum mundo incógnito, mais amplo, mais belo, mais divino que o nosso.
Ele mesmo, o Nazareno, não é deste
mundo. Por isso, o mundo não o compreende, não o quer, não lhe deu um berço
para nascer, nem lhe dará um leito para morrer.
O seu reino não é desses reinos
pueris, ridículos, mantidos à força de lâminas de ferro e de cadáveres humanos.
O seu reino é sustentado pelas
colunas da razão e da fé. Pelas energias imortais do coração e da graça. Pelas
potentes legiões do universo espiritual.
É o reino da Verdade e da Vida.
É o reino da Justiça e da Paz.
É o reino da Fé e do Amor.
É o reino da Graça e da Glória.
E estas coisas, embora no mundo, não
são do mundo.
São do céu – são de Deus...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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