... Em verdade vos digo, convém que me vá,
porquanto, se não me for daqui, o Consolador não virá a vós, e eu indo o
enviarei. Tenho, ainda, muitas coisas para vos dizer, mas não agora. Quando o
Espírito da Verdade vier, ensinar-vos-á todas as coisas, pois não falará por si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido. Será ele quem me glorificará, porque tomará
do que é meu e vo-lo anunciará.
O Espírito Consolador, portanto, não deverá contradizer o Cristo, pois
que “tomará o que é dele”; deverá, ao contrário, completar seus ensinos,
revelando-nos, pelos séculos afora, verdades que nossos pais ainda não estavam
em condição de entender. Jesus, conforme a sua expressão, não quis lançar
“pérolas aos porcos”. Receou que Verdades muito altas deslumbrassem a multidão
dos simples que o cercava. Deixou ao Espírito de Verdade, ao Consolador íntimo
das almas, o encargo de completar a boa
nova, à proporção que a humanidade avançasse no caminho da luz, guiada pela
ciência, e o de promulgar, enfim, o Evangelho
Eterno...
por P.V. Marchal
in ‘O
Espírito Consolador’ (2ª Edição)
1914
Typ. da Emprêsa Litteraria e
Typographica
Porto Portugal
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