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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Xavier, o médium polígrafo




Xavier, o Médium


            No início era o Xavier. Chegou de mansinho como sempre foi o seu jeito de ser. Seu primeiro trabalho mediúnico publicado foi o livro “Parnaso de Além-Túmulo” que, em Abril de 1932, quando ainda estava no prelo, já merecia rasgados elogios de parte de Manoel Quintão, através do periódico Reformador, da FEB.

            “Parnaso...” apresenta uma coletânea de poesias de autores famosos, já desencarnados à época da publicação. A variedade de estilos literários inibia qualquer possibilidade de ser contemplada a hipótese de fraude. Os trabalhos apresentados eram tão semelhantes à  obra deixada pelos desencarnados que o fraudador teria de ser um gênio para alcançar tal capacidade de reprodução de tantos estilos de  diferentes autores. Chico silenciou as elites culturais e aos formadores de opinião da época. Daqueles, muitos foram os que reformularam seus conceitos espirituais e tomaram a trilha consoladora do Espiritismo. Manoel Quintão assim exprimiu-se sobre o tema:

            “Admitimos que, com tempo, paciência e aptidões necessárias, possa alguém apossar-se da técnica de um grande escritor a ponto de iludir os menos argutos, conhecedores do mister.

            De um, mas não de muitos escritores, entenda-se, e isto na prosa porque, no verso, a empresa se torna quase senão de todo, insuperável.

            Depois, há de convir, na mais otimista das hipóteses que, a quem dispusesse de tais virtudes e habilidade melhor e mais prático lhe fora construir obra sua do que atribuí-la a outrem.

            ... sobre o médium polígrafo Xavier, haveríamos de o supor, antes de tudo um tolo, deslocado do seu tempo e do seu meio, e depois de tudo, um velho faiscador de não menos velhos patrimônios literários.     Mineração passadista, ao demais inútil, porque nem admite proventos pecuniários, de vez que ele, de tudo cedeu e concedeu a benefício da Federação, com vistas à propaganda. E Xavier é jovem, é mesmo muito jovem e pobre de bens materiais.

            ...Curioso, interessante, magnífico; guarde-se o leitor para a surpresa que nos destinam de bem alto, como verdadeiro maná neste deserto árido em trânsito para a Terra da Promissão.”

            Os anos se passaram, Xavier se fez Chico e através dele cerca de 400 livros foram a nós enviados pelo Plano Maior.  Deus o abençoe e no regaço de Maria, sua mãezinha querida, aceite nossas lágrimas de reconhecimento e agradecimento pelo seu trabalho de amor e renúncia por todos nós.

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