09/10
354 Agostinho, Santo
354-430 d.C.
Nasce, em Tagasta, Numídia (Norte da Africa), Santo Agostinho, um dos teólogos mais destacados da igreja cristã primitiva. Por esforços de sua mãe, Sta. Mônica, converte-se ao cristianismo aos 32 anos de idade.
Antes, seguia a doutrina dos manicheus (o maniqueísmo, sistema religioso que conciliava elementos cristãos e elementos pagãos).
Produziu, já como bispo em Hipona, África, entre outros, o escrito “A Cidade de Deus” - uma vindicação da igreja contra o paganismo e “Confissões”, que fala de sua vida e de sua conversão. Agostinho está muito presente na 3ª Revelação.
Bispo cristão, um dos teólogos mais destacados da Igreja Cristã primitiva. Nascido na África do Norte, filho de pai pagão e mãe cristã, foi cedo atraído pelo maniqueísmo, sistema religioso que concilia elementos cristãos e pagãos. Ensinou retórica em Roma e, depois, em Milão, onde abraçou o conhecimento neoplatônico do cristianismo. Agostinho passou a viver monasticamente, primeiro em isolamento, depois como padre e, após 395, como bispo de Hipona, no Norte da África. A maior parte de sua produção literária foi de caráter pastoral ou polêmico. A Cidade de Deus, uma vindicação da igreja contra o paganismo, é talvez seu trabalho mais famoso, ao lado de suas Confissões, que contém uma admirável descrição de sua vida pregressa e de sua conversão. Sua teologia influenciou toda a teologia ocidental posterior, especialmente com sua visão psicológica profunda e com o sentido de absoluta dependência do homem em relação à graça divina, elaborado em sua doutrina da predestinação, da igreja e dos sacramentos.
Sto. Agostinho era contrário ao conceito de Purgatório, declarando:
“-Desconhecemos completamente outro 3º lugar; ainda mais, sabemos que a Escritura não fala de tal lugar! ( AUG. HYROG. 1,5 tomo 8)
Francisco Klors Werneck em artigo à página 109 no Reformador de 1934 faz citação a obra de Eusebio chamada ‘Historia da Igreja’ onde este último relata por carta ao amigo Evodio, também, como Agostinho, de Tagasta, África. O tema é comunicação com espíritos. Este fato esta narrado originalmente em De Cura Pro Mortuis, do próprio Agostinho.
“O nosso amado irmão Gennadio, um dos mais célebre esculápios, que morou anteriormente em Roma e agora está morando em Cartago, e que bem sabes ser homem piedoso e benfeitor dos pobres, referiu-me, há pouco, que, apesar do seu desejo de fazer bem aos necessitados, nos anos de sua mocidade era perseguido por martirizantes dúvidas a respeito da vida depois da morte.
Deus, não deixando abandonada uma alma tão nobre, nem permitindo que se perdessem as boas obras de caridade que ele praticava, deu-lhe a prova desejada, da seguinte forma: Apareceu a Gennadio, em sonho, um adolescente, de resplandescente semblante, e lhe disse:
-Vem comigo.
Gennadio obedeceu e acompanhou o adolescente. Foram ter a uma cidade de cujo lado direito lhe vinham aos ouvidos sons de cânticos tão agradáveis, que superavam todos os que eram os lôas dos santos e bem-aventurados. Não me lembro agora do que ele viu pelo lado esquerdo.
Gennadio, acordando, não deu a esse sonho mais apreço do que a qualquer outro. Outra noite, porém, apareceu-lhe o mesmo adolescente e perguntou que se o conhecia.
Gennadio respondeu que sim e narrou-lhe minuciosamente o sonho e respondeu a todas as perguntas do adolescente. Então perguntou este: -Viste tudo aquilo em sonho ou em vigília? -Em sonho, respondeu Gennadio. Ao que redargüiu o adolescente: -Tu o sabes então bem e guardaste tudo na memória. Realmente foi em sonho que viste aquelas coisas e também o que vês agora, vês em sonho. Dize-me, porém: -Onde está o teu corpo? Respondeu Gennadio: -No meu quarto de dormir. -Mas sabes que os teus olhos estão fechados, no corpo adormecidos?
-Sei-o.
-Então que olhos são estes com que me vês agora?
Gennadio, não sabendo o que responder, calou-se.
Explicou-lhe o adolescente:
-Assim como os olhos do teu corpo, que agora está dormindo, deitado na cama, são inativos e contudo me vês, pois me vês por meio destes outros olhos que realmente em ti existem e são ativos, assim também, depois da morte, quando os olhos do teu corpo já não puderem ver, terás uma força vital para poderes ver e uma força para poderes sentir.
Não tenhas, portanto, mais dúvidas sobre a vida depois da morte. E, desde então, Gennadio nunca mais duvidou da existência depois da morte do corpo.”
O Reformador (FEB) de Novembro de 1959 reproduz pequeno trecho do tratado ‘De cura por mortuis’: ‘Os espíritos dos mortos podem ser enviados aos vivos; podem revelar-lhes o porvir, do qual eles próprios têm ciência, seja por outros espíritos, seja pelos anjos, seja pela revelação divina.’
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