domingo, 15 de maio de 2011

09/10 Os primeiros 400 anos


09/10

354      Agostinho, Santo
            354-430 d.C.
            Nasce, em Tagasta,  Numídia (Norte da Africa), Santo Agostinho, um dos teólogos mais destacados da igreja cristã primitiva. Por esforços de sua mãe,  Sta.  Mônica,  converte-se  ao cristianismo  aos  32  anos  de  idade.
            Antes, seguia a doutrina dos manicheus (o maniqueísmo, sistema religioso que conciliava elementos cristãos e elementos pagãos). 
            Produziu, já como bispo em Hipona, África, entre outros,  o escrito “A Cidade de Deus” - uma vindicação da igreja contra o paganismo e “Confissões”,  que fala de sua  vida e de sua conversão. Agostinho está muito presente na 3ª Revelação.
            Bispo cristão, um dos teólogos mais destacados da Igreja Cristã primitiva. Nascido na África do Norte, filho de pai pagão e mãe cristã, foi cedo atraído pelo maniqueísmo, sistema religioso que concilia elementos  cristãos e pagãos. Ensinou retórica em Roma e, depois, em Milão, onde abraçou o conhecimento neoplatônico do cristianismo. Agostinho passou a viver monasticamente, primeiro em isolamento, depois como padre e, após 395, como bispo de Hipona, no Norte da África. A maior parte de sua produção literária foi de caráter pastoral ou polêmico. A Cidade de Deus, uma vindicação da igreja contra o paganismo, é talvez seu trabalho mais famoso, ao lado de suas Confissões, que contém uma admirável descrição de sua vida pregressa e de sua conversão. Sua teologia influenciou toda a teologia ocidental posterior, especialmente com sua visão psicológica profunda e com o sentido de absoluta dependência do homem em relação à graça divina, elaborado em sua doutrina da predestinação, da igreja e dos sacramentos.
            Sto. Agostinho era contrário ao conceito de Purgatório, declarando:
            “-Desconhecemos completamente outro 3º lugar; ainda mais, sabemos que a Escritura não fala de tal lugar! ( AUG. HYROG. 1,5 tomo 8)º 

            Francisco Klors Werneck em artigo à página 109 no Reformador de 1934 faz citação a obra de Eusebio chamada ‘Historia da Igreja’ onde este último relata por carta ao amigo Evodio, também, como Agostinho, de Tagasta, África. O tema é comunicação com espíritos. Este fato esta narrado originalmente em De Cura Pro Mortuis, do próprio Agostinho.
            O nosso amado irmão Gennadio, um dos mais célebre esculápios, que morou anteriormente em Roma e agora está morando em Cartago, e que bem sabes ser homem piedoso e benfeitor dos pobres, referiu-me, há pouco, que, apesar do seu desejo de fazer bem aos necessitados, nos anos de sua mocidade era perseguido por martirizantes dúvidas a respeito da vida depois da morte.
            Deus, não deixando abandonada uma alma tão nobre, nem permitindo que se perdessem as boas obras de caridade que ele praticava, deu-lhe a prova desejada, da seguinte forma: Apareceu a Gennadio, em sonho, um adolescente, de resplandescente semblante, e lhe disse:
             -Vem comigo.
            Gennadio obedeceu e acompanhou o adolescente. Foram ter a uma cidade de cujo lado direito lhe vinham aos ouvidos sons de cânticos tão agradáveis, que superavam todos os que eram os lôas dos santos e bem-aventurados. Não me lembro agora  do que ele viu pelo lado esquerdo.
            Gennadio, acordando, não deu a esse sonho mais apreço do que a qualquer outro. Outra noite, porém, apareceu-lhe o mesmo adolescente e perguntou que se o conhecia.
            Gennadio respondeu que sim e narrou-lhe minuciosamente o sonho e respondeu a todas as perguntas do adolescente. Então perguntou este: -Viste tudo aquilo em sonho ou em vigília? -Em sonho, respondeu Gennadio. Ao que redargüiu o adolescente: -Tu o sabes então bem e guardaste tudo na memória. Realmente foi em sonho que viste aquelas coisas e também o que vês agora, vês em sonho. Dize-me, porém: -Onde está o teu corpo? Respondeu Gennadio: -No meu quarto de dormir. -Mas sabes que os teus olhos estão fechados, no corpo adormecidos?
            -Sei-o.
            -Então que olhos são estes com que me vês agora?
            Gennadio, não sabendo o que responder, calou-se.
            Explicou-lhe o adolescente:
             -Assim como os olhos do teu corpo, que agora está dormindo, deitado na cama, são inativos e contudo me vês, pois me vês por meio destes outros olhos que realmente em ti existem e são ativos, assim também, depois da morte, quando os olhos do teu corpo já não puderem ver, terás uma força vital para poderes ver e uma força para poderes sentir.
            Não tenhas, portanto, mais dúvidas sobre a vida depois da morte. E, desde então, Gennadio nunca mais duvidou da existência depois da  morte do corpo.”
            O Reformador (FEB) de Novembro de 1959 reproduz pequeno trecho do tratado ‘De cura por mortuis’: ‘Os espíritos dos mortos podem ser enviados aos vivos; podem revelar-lhes o porvir, do qual eles próprios têm ciência, seja por outros espíritos, seja pelos anjos, seja pela revelação divina.’


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