Não
furtar
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Julho 1978
Diz
a Lei: "não furtarás".
Sim,
não furtarás o dinheiro, nem a fazenda, nem a veste, nem a posse dos
semelhantes.
Contudo,
existem outros bens que desaparecem, subtraídos pelo assalto da
agressividade invisível que passa, impune, diante
dos tribunais articulados na Terra.
Há
muitos amigos que restituem honestamente a moeda encontrada na rua, mas que não
se pejam de roubar a esperança e o entusiasmo dos companheiros dedicados ao bem,
traçando telas de amargura e desânimo, com as quais favorecem a vitória do mal.
Muitos
respeitam a terra dos outros; entretanto, não hesitam em dilapidar-lhes o
patrimônio moral, assestando contra eles a maledicência e a calúnia.
Há
criaturas que nunca arrebataram objetos devidos ao conforto do próximo;
contudo, não vacilam em surrupiar-lhes a confiança.
E
há pessoas inúmeras que jamais invadiram a posse material de quem quer que
seja; no entanto, destroem, sem piedade, a concórdia e a segurança do ambiente
em que vivem, roubando o tempo e a alegria dos que trabalham.
"Não
furtarás" - estatui o preceito divino.
É
preciso, porém, não furtar nem os recursos do corpo, nem os bens da alma, pois
que a consequência de todo furto é prevista na Lei.
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