Confissões...
Reformador
(FEB) Outubro 1958
Abaixo
transcrevemos pequeno trecho extraído do livro "Doutrina Espírita",
edição da FEB:
“Enviuvando
em 1881, Catarina Fox ficou com seus dois filhos órfãos, e, então, começaram a
aparecer-lhe as lutas previstas numa comunicação que recebera em 1873, que
assim dizia:
“Quando
vierem as sombras a envolver-te, ao acabar teus dias, pensa no lugar da luz.
Em
1876, a ela se reuniu a sua irmã Margarida Fox Kane, em Londres, e juntas
continuaram alguns anos, até que houve uma disputa entre a mais velha, Léa, e
as duas irmãs, tentando aquela tomar-lhe os filhos, sob a alegação de que as
duas irmãs se davam a bebidas.
Influenciada
pelo Cardeal Manning, Margarida, por promessas de dinheiro ou com o fim de
ferir indiretamente à sua irmã Léa, excitada pelo álcool e pela raiva (do mesmo
modo por que Home se deixou influenciar por algum tempo de que as suas
faculdades eram maléficas), confessou, em publicações pelo “New York Herald”,
durante os meses de Agosto e Setembro de 1888, que todos os fenômenos eram uma
farsa.
Em
Outubro desse mesmo ano de 1888, Catarina foi para Nova lorque, reunindo-se à
irmã. Nessa ocasião queixou-se de Léa haver tentado retirar-lhe os filhos e
acusou-a de invejar lhe as faculdades mediúnicas.
Depois
de quarenta anos de exibições públicas, sem a mínima compreensão do dom
mediúnico, penosa se tornou a situação das irmãs.
Como
não lhe pagassem a quantia combinada pelo escândalo que ela provocou com a sua
declaração pelo “New York Herald”, Margarida, em companhia de Catarina,
apresentou-se em 21 de Outubro de 1888 no Salão de Música de Nova Iorque,
literalmente cheio, onde reafirmou a sua reputação de médium, com a produção de
ruídos, e, em Novembro, Catarina escreveu uma carta à Sra. Cootell, em Londres,
carta que foi publicada em “Light”, em 1888, página 619. Nessa missiva,
Catarina censurava o procedimento de Margarida, por haver acusado o Espiritismo.
Eis
que, em 20 de Novembro de 1889, a imprensa novaiorquina publicava novas declarações
de Margarida, que dizia haver propalado falsidades por motivos inconfessáveis.
Nas suas entrevistas e declarações, que foram presenciadas por várias
testemunhas, entre as quais o Sr. O'Sullivan, ministro dos Estados Unidos em
Portugal durante vinte e cinco anos, há trechos como estes:
“Faço a presente retratação não só inspirada
em meus próprios sentimentos de verdade e justiça, mas também estimulada pelos Espíritos que usam do
meu organismo, apesar do bando de traidores que me fizeram promessas de felicidade e
riqueza em troca dos meus ataques ao Espiritismo, promessas que se tornaram
enganosas... Foi uma vergonha o que fez comigo Frank Stechen, que, depois de se
encher de dinheiro, como meu empresário, me deixou em Boston sem um cêntimo...”
Léa,
todavia, sempre compreendeu melhor que suas irmãs aqueles fenômenos. Percebeu a
finalidade religiosa daqueles movimentos e deixou-nos um magnífico livro
destinado a sobreviver a toda a literatura espírita, editado em Nova lorque,
por Knox & Co., em 1885.
As
irmãs Catarina Fox Jencken e Margarida Fox Kane faleceram no último decênio do
século XIX e suas mortes foram extremamente tristes, vítimas que foram das más
influências que delas se apoderaram, expondo-as ao ridículo com as falsas
informações que lhes davam, aliás, como hoje sabemos, resultantes sempre do mau
emprego da faculdade mediúnica.
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