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sábado, 9 de abril de 2011

5 / 12 Estudando com Emmanuel: 'Carta aos Romanos' de Paulo de Tarso



5/12
“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”
Romanos  12,21
           
            Repara que, em plena casa da Natureza, todos os elementos, em face do mal, oferecem o melhor que possuem para o reajustamento da harmonia e para a vitória do bem.
            Quando o temporal parece haver destruído toda a paisagem, congregam-se as forças divinas da vida para a obra do refazimento.
            O Sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão.
            O vento acaricia o arvoredo e enxuga-se os ramos.
            O cântico das aves substitui a voz do trovão.
            A planície recebe a enxurrada, sem revoltar-se e converte-a em adubo precioso.
            O ar suporta o peso das nuvens e o choque da faísca destruidora, torna à leveza e à suavidade.
            A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos.
            A terra, nossa mãe comum, sofre a chuva de granizos e o banho de lodo, periodocamente, mas nem por isso deixa de engrandecer o bem cada vez mais.
            Por que conservaremos, por nossa vez, o fel e o azedume do mal, na intimidade do coração?
            Aprendamos a receber a visita da adversidade, educando-lhe as energias para proveito da vida.
            A ignorância é apenas uma grande noite que cederá lugar ao sol da sabedoria.
            Usa o tesouro de teu amor, em todas as direções, e estendamos o bem por toda parte.
            A fonte, quando tocada de lama, jamais se dá por vencida. Acolhe os detritos no próprio seio e, continuando a fluir, transforma-os em bênçãos, no curso de suas águas que prosseguem correndo, com brandura e humildade, para benefício de todos.
 'Fonte Viva'
Para a mesma passagem...

            Muita gente, quando não se mostre positivamente inclinada à vingança, perante o mal que recebe, demonstra atitudes de hostilidade indireta, como sejam o favor adiado, o fel da reprovação de permeio com o mel do elogio, o deliberado esquecimento quando se trate da honra ao mérito ou a diminuição do entusiasmo na prestação de serviço, em favor da pessoa menos simpática...
            Entretanto, para vencer o mal não basta essa “meia-bondade”, peculiar a quantos se devotam à desculpa cortês sem adesão do campo íntimo...
            Todas as nossas manifestações que acusem essa ou aquela percentagem de mal, são sempre plantação do mal, gerando insucesso e desgosto contra nós mesmos.
            O Evangelho é claro na fórmula apresentada para a extinção do flagelo.
            Para que estejamos libertos da baba sinistra do antigo dragão que trava o progresso da Humanidade, é indispensável guardemos paciência contra as suas investidas, procurando esquecê-lo, perdoá-lo e fazer-lhe o bem tanto quanto nos seja possível, porque o bem puro é a única força suscetível de desarmar-lhe as garras inconscientes.
            Não nos esqueçamos de que anular a sombra noturna não basta arremeter os punhos cerrados contra o domínio da noite.
            É preciso acender uma luz.
'Palavras de Vida Eterna'


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