Saulo de Tarso ou Paulo, da tribo de Benjamim, tinha de seu pai a cidadania romana.
“História da Igreja Cristã” por Williston Walker, Co-Ed. JUERP-ASTE.
Por decreto de Pompeu confirmado por Júlio César todo cidadão de Tarso
- nascido livre - teria o privilégio da cidadania romana.
“Saulo, o predestinado!” por João Duarte de Castro Reformador (FEB) Fevereiro 1991[1])
Saulo e Paulo
por Pedro de Camargo, o Vinícius
Reformador (FEB) pg. 381 Ano 1932
Saulo, ardendo em zelos, perseguia desapiedadamente os primeiros prosélitos do Cristianismo nascente.
Dirigindo-se, certa vez, à Damasco, respirando ameaças por todos os poros contra os discípulos do Senhor, teve uma visão, quando se aproximava daquela cidade. Subitamente, brilhou-lhe ao derredor uma luz intensa que, descendo do alto, o envolveu completamente, e ele ouviu uma voz dizer-lhe em tom claro e distinto: “-Saulo, Saulo, por que Me persegues?”
Aturdido com o insólito fenômeno, Saulo retrucou:
“-Quem és Tu que assim me falas?” “-Eu sou Jesus a quem persegues!”, responde a voz do céu; “mas, levanta-te e entra na cidade, lá saberás o que deve fazer.”
Ergueu-se Saulo e, abrindo os olhos nada viu; guiado pelas mãos dos outros, entrou em Damasco.
Esse acontecimento transformou Saulo, o inimigo fidagal do Cristo e de sua doutrina, em Paulo, o grande pioneiro, o arauto incomparável do Cristianismo de Jesus.
Mas por que será que o Senhor se manifestou ao adversário declarado de sua igreja, provocando de tal maneira a sua conversão?
A razão é simples: Saulo repudiava Jesus, porque não O conhecia; e Jesus o buscava porque sabia muito bem quem era ele.
A Verdade sabe que aqueles que a combatem o fazem por ignorância do que ela realmente é. E Jesus é a Verdade.
Quando os Saulos chegam a perceber e sentir o resplendor da Verdade, convertem-se logo em Paulos. Demais, Saulo estava mais próximo da Verdade, combatendo-a com lealdade, de viseira erguida, do que entre os que a defendiam dissimulando interesses rasteiros e subalternos.
A Verdade não se deixa enganar: conhece perfeitamente os que dela se tornam dignos. Não julga pelas aparências: sonda o íntimo, penetra o âmago dos corações, revelando-se aos que de fato a buscam e querem.
O traço indelével do caráter de Saulo era a sinceridade. É precisamente esse o caminho que conduz à Verdade. Combatendo embora o Cristo, Saulo ia, sem perceber, ao seu encontro porque Jesus mesmo é a Verdade.
[1] Esta informação aparece também à página 39 da 3ª Edição FEB do livro “As Marcas do Cristo” Volume I - onde o autor - Hermínio C. Miranda - registra que Ernani Cabral a colheu em “Scholem Asch”.
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