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terça-feira, 12 de abril de 2011

A Igreja católica


A
Igreja
Católica
                                 Enciclopédia  FOLHA  1996

Católico          Tem o sentido de Universal, em contraste com particular.

Presbítero       Palavra originária do grego. Significa ‘o mais idoso’. Na igreja primitiva, dedicava-se às funções espirituais.

Bispo   Palavra derivada de um verbo grego que significa ‘inspecionar’. Cuidava dos fundos sem prestação de contas nem fiscalização.

Catolicismo
            Segundo o Dicionário Aurélio temos:
            ‘Religião dos cristãos (?) que reconhecem o Papa como autoridade máxima, que se confirma e se expande por meio dos sacramentos, que venera a Virgem Maria e os santos, que aceita os dogmas como verdades incontestáveis e fundamentais e que tem como ato litúrgico mais importante a missa’.

Católico
            Vem do grego katholikós ou do latim catholicu e quer dizer universal.

Igreja Cristã
            Termo descritivo para as muitas igrejas independentes que acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
            A Igreja Cristã é dividida em três principais grupos, a igreja católica romana, as igrejas ortodoxas e as igrejas protestantes, sendo, dentre estas últimas, mais proeminentes a anglicana, a batista, a luterana e a metodista.
            No século 19, o cristianismo enfrentou muitos desafios como resultado das revoluções política, social e científica. Houve um enfraquecimento da íntima relação entre Igreja e Estado, e o crescimento do conhecimento científico questionou os tradicionais relatos bíblicos, principalmente a história da criação, desafiada pela teoria da evolução de Darwin (1859).
            O século 19 foi testemunha de grande atividade de missionários, particularmente das igrejas protestantes.             Houve também um crescimento da consciência das privações sociais e a crença cristã era um importante motivador por trás das campanhas pela abolição da escravatura, da legislação protegendo os trabalhadores e o estabelecimento de sistemas de educação e de bem -estar social.
            As igrejas tradicionais nem sempre chegavam às crescentes áreas urbanas, inspirando o crescimento de novos movimentos cristãos, como o Exército da Salvação.
            No século 20, os laços entre igreja e estado foram mais enfraquecidos ainda após a revolução comunista na Rússia e na China onde, igrejas foram fechadas à força.
            Em 1948, a necessidade de maior unidade entre as várias igrejas foi reconhecida com o estabelecimento do Conselho Mundial das Igrejas. Desde então, a participação em igrejas vem declinando na Europa Ocidental, mas continua crescendo em muitos países em desenvolvimento.

Igreja Católica Romana
            Igreja cristã que tem o papa como autoridade espiritual. Conta com mais de 400 milhões de membros, e até a Reforma, no século 16, era a única igreja da cristandade ocidental. A igreja católica romana tem uma hierarquia elaboradamente organizada e centralizada de bispos e padres (todos celibatários).
            A autoridade do papa está baseada na doutrina da ‘sucessão petrina’, ou seja, os papas são considerados os herdeiros espirituais do poder conferido a São Pedro por Jesus(!!!).
            A igreja católica romana é caracterizada pela autoridade suprema do papa, conforme expresso na doutrina da infalibilidade papal, promulgada em 1870; mesmo as decisões normativas, que não são consideradas tecnicamente infalíveis, gozam de grande autoridade.
            Um aspecto fundamental da crença católica é que Jesus é Filho de Deus feito carne; dessa crença se elaborou a doutrina da Trindade, segundo a qual Deus reúne em si três pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - sem deixar de ser único.
            Jesus é Deus (!!!) e homem, uma pessoa com duas naturezas (humana e divina). Ele morreu crucificado e sua morte representa um sacrifício através do qual toda a humanidade foi redimida de sua condição pecadora; sua ressurreição dentre os mortos simboliza a esperança na vida eterna, tal como expressa na doutrina da expiação ou purificação dos pecados.

Do blog: Emmanuel no Reformador de 16.06.1934 aclara que o dogma da trindade é uma adaptação da trindade da antiguidade oriental, a qual reunia nas doutrinas do bramanismo os 3 deuses - Brahma, Vishna e Siva.

            As formas de culto (liturgia) variam muito entre as diferentes igrejas cristãs, diferindo também a importância que conferem aos sacramentos (sinais rituais de salvação ou graça espiritual); a maioria, porém, aceita... o batismo, pelo qual o fiel ingressa na comunidade da igreja, e a eucaristia, na qual o pão e o vinho são abençoados e distribuídos entre os fiéis como evocação ou repetição da Última Ceia de Jesus, a refeição de Páscoa celebrada por Jesus em companhia de seus discípulos, na véspera de sua morte.
            Os cristãos acreditam na vida após a morte, mas há grandes diferenças de interpretação quanto à sua natureza e quanto ao céu e ao inferno.   
            A diferença entre o protestantismo e a igreja católica romana está principalmente na importância que esta confere à tradição, ao lado da Bíblia.
            A importância dos sete sacramentos e a celebração litúrgica desenvolveram-se como parte das tradições da igreja. A maioria dos fiéis segue o rito romano, mas há cinco outras tradições de rito oriental, que também aceitam a autoridade do papa: a bizantina, a de Antióquia, a alexandrina, a caldaica e a armênia, abrangendo várias igrejas distintas.
            Outro aspecto da tradição católica é a veneração da Virgem Maria. A centralização da autoridade da igreja levou a um alto grau de elaboração e elucidação da doutrina e da crença, como por exemplo o estabelecimento de diferentes categorias de pecado e a distinção e caracterização do céu, purgatório e inferno.
            A igreja mantém sua oposição ao divórcio, mas vem reconhecendo a necessidade de renovação e reforma; a liturgia, anteriormente conduzida universalmente em latim, é hoje realizada na língua vernácula falada pelo povo em cada país.
            Nos primeiros tempos da igreja, o bispo de Roma, como sucessor de São Pedro, exercia uma autoridade limitada sobre todos os cristãos.
            Depois do cisma Oriente- Ocidente, no entanto, sua autoridade ficou restrita à igreja ocidental.
            Com as reformas, esta autoridade ficou ainda mais restrita ainda pela secessão das igrejas protestantes. Foi nesta época que o termo igreja católica romana começou a ser usado normalmente, primeiro pelos protestantes, e de forma algo preconceituosa, insinuando que a igreja católica romana era apenas uma ramificação da igreja cristã.
            Mas o termo foi também aceito por muitos católicos (romanos), visto que afirmava a primazia do papa sobre os católicos.
            Apesar das reduções em sua abrangência, a igreja católica romana continuou sendo a maior das igrejas cristãs.
            Com Pio VII, o papado assinou a Concordata (1801), com a restauração do catolicismo na França por Napoleão, mas a recusa de Pio em apoiar o Bloqueio Continental contra a Grã-Bretanha levou Napoleão a ocupar Roma e o Vaticano.
            Durante o período de declínio religioso, no século 19, a igreja e o papado reagiram defensivamente ao mundo moderno, tentando responder aos desafios a seus ensinamentos e autoridade com a exigência de estrita obediência e uniformidade na crença.
            Na Prússia, a Kulturkampf, refletindo o antagonismo entre a Igreja e o Estado, fracassou por causa da resistência passiva do clero e da população católica.
            O primeiro Concílio do Vaticano (1869-70), sob a liderança de Pio IX, declarou a infalibilidade do papa(!!!). Ao mesmo tempo, missionários católicos, principalmente a Sociedade de Jesus (jesuítas), levaram a crença católica para além da Europa, para a América Latina, Ásia e África.
            Durante a 2ª Guerra Mundial, o papa Pio XII, fiel ao Tratado de Latrão(1929), manteve a neutralidade da igreja.
            Em 1984, a igreja concluiu com o governo italiano a revisão do Tratado de Latrão.

PAPAS
            Os papas são considerados, pelos católicos, como sucessores de Pedro na chefia da Igreja.

Sacramento
            O ‘Aurélio’ define sacramento como um sinal sagrado, instituido por Jesus Cristo (!!!), para distribuição da salvação divina àqueles que, recebendo-o, fazem uma profissão de fé.
            Os sacramentos são sete:
            - o batismo, a  confirmação ou crisma, a eucaristia (os sacramentos da iniciação),
            - a penitência ou confissão, a ordem, o matrimônio - e a extrema-unção (sacramento dos enfermos).

Santo
            A palavra santo vem do latim sanctu e quer dizer ‘estabelecido segundo a lei’; e ainda ‘que se tornou sagrado’. Diz-se daquele que a igreja canonizou.

Canonização
            É definido como ato de canonizar, decisão papal que inscreve, solenemente, um membro do corpo da igreja, de excepcionais virtudes cristãs e que praticou reconhecidos milagres, no número de santos honrados pelo culto público.

Canonizar      
            A palavra canonizar mereceu os seguintes comentários: do grego kanonízo, pelo latim canonizare, inscrever no rol ou cânon dos santos, declarar santo, proceder a canonização.

Dogma
            É ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa. Na igreja católica, ponto de doutrina foi por ela definido como expressão legítima e necessária de sua fé.

Liturgia
            Do grego leitourgía, ‘função pública’. O culto público e oficial instituído por uma igreja; ritual.

Liturgia da missa

            Culto público e oficial instituído pela igreja católica para a missa cujo rito sofreu alterações a partir do Concílio Vaticano II (1962-65) e que consta das seguintes partes:
-ritos iniciais (saudação, ato penitencial, Kyrie e Glória);
-liturgia da palavra (duas leituras do Antigo e do Novo Testamento, aleluia, 
evangelho, homilia, credo ou profissão de fé);
-liturgia eucarística (oferendas, prefácio, sanctus benedictus, 
cânon romano ou introdução à consagração);
-rito da comunhão (pai-nosso Agnus Dei, comunhão) e
-ritos finais (oração e bênção final).
            Agnus Dei quer dizer ‘cordeiro de Deus’ em latim. 
Trata-se de oração recitada ou cantada na missa e que antecede à comunhão.
            Sanctus é parte da missa que se inicia com a repetição tríplice dessa palavra, 
recitada ou cantada, em aclamação ao Senhor.

Missa
            Substantivada do latim mittere ‘enviar’, da fórmula final do ofício religioso; na igreja católica, celebração da eucaristia, sacrifício do corpo e do sangue de Jesus, feito no altar pelo ministério de um sacerdote.
            É dita campal quando realizada ao ar livre.
            É dita conventual quando rezada pelo pároco em domingos e dias santificados.
            É dita das almas quando celebrada antes do nascer do sol.
            É dita de esmola quando pedida.
            É dita do galo a de Natal, a meia noite.
            É dita pedida quando solicitada em cumprimento a promessa etc.
  
 Eucaristia
            Segundo a Bíblia Sagrada editada pela Ed. Clarentina -1982:
            No antigo Testamento a Ceia Pascal era um memorial que pelos gestos e pelos alimentos (cordeiro pascal, pão sem fermento, ervas amargas) lembrava a libertação milagrosa do povo de Israel da escravidão do Egito e sua partida para a terra prometida.
            A Ceia Pascal é celebrada por Cristo e é ocasião da instituição da Sagrada Eucaristia.
            A Ceia Pascal é uma figura da vida, morte e ressurreição de Cristo, e tem aí sua plena realização:
            O Cordeiro Pascal é substituído pelo Cordeiro de Deus; em vez da libertação do jugo egípcio, temos a libertação do jugo do pecado (!?!); o caminho para a terra prometida é o caminho para o céu; a presença de Jeová no meio do povo é a presença eucarística.

Réquiem
            Parte do ofício da liturgia católica romana aos mortos, que principia com a palavras latinas Requiem aeternum dona eis Domine (Dê-lhes descanso eterno, é Senhor), cantadas enquanto o padre aproxima-se do altar para a eucaristia. O texto segue a linha básica das missas comuns, porém omite as partes mais alegres (a ‘Glória’ e o ‘Credo’), e inclui a seqüência do século 13, Dies irae, dies illa (em latim, ‘Dia de cólera, dia do julgamento’)

Páscoa
            Festividade anual cristã que comemora a ressurreição de Jesus após sua crucificação, como narrado nos Evangelhos.
            Segundo antigo costume, tem conexão com a data da Páscoa Judaica - Pessach - que comemora o êxodo israelita do Egito), e o domingo de páscoa é calculado em relação à primeira lua cheia após o equinócio de 21 de março. O emprego de diferentes métodos de cálculo da data resultam, freqüentemente, na celebração da Páscoa em datas diferentes nas igrejas ocidental e ortodoxa. Como, no hemisfério norte, a Páscoa coincide aproximadamente com o início da primavera, ela foi tradicionalmente associada à idéia de renovação da vida, e mistura as tradições cristã e pagã (o nome inglês da festividade - easter - deriva do nome da deusa pagã da primavera - Eostre).
            A Páscoa é a  mais importante das festividades cristãs.
            Tradicionalmente, catecúmenos (os que estão se preparando para o batismo) permaneciam acordados durante toda a noite de sábado e eram batizados na manhã de domingo de páscoa, prática mantida na igreja ortodoxa oriental e recentemente retomada pela igreja católica romana. Os costumes da páscoa incluem iluminação, ofícios ao nascer do sol e troca de ovos, simbolizando a nova vida.

Bispado Universal
            No século VII o imperador Phocas outorga a Bonifácio a primazia injustificavel de Bispo Universal. (Emmanuel no Reformador 16.06.1934)

Excomunhão
            Exclusão de um indivíduo de uma associação, especialmente dos sacramentos da Igreja Cristã.
            O processo de excomunhão foi utilizado, a princípio, contra indivíduos que mantinham crenças religiosas não ortodoxas ou heréticas.
            Posteriormente foi empregado como arma disciplinadora e política contra governantes que se opunham à Igreja e, especialmente, ao papado; o papa Adriano IV foi um dos primeiros a utilizar a excomunhão desta forma.
            O processo poderia incluir a liberação do subordinado da obrigatoriedade de prestar obediência ao seu senhor transgressor. O rei João da Inglaterra foi punido desta forma como o imperador Henrique IV, que finalmente rendeu-se ao papa Gregório VII, em Canossa.
            Sua eficiência como arma dependia de seu poder de ameaça, e assim foi freqüentemente utilizada durante a Idade Média. 

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