Sugestões
cristãs - 3
por Luiz de Oliveira Reformador (FEB) Setembro 1924
- Para edificação dos lares -
A mulher é o lar, o
lar é a oficina organizada pela Vontade Suprema, para formação e
desenvolvimento da espécie humana. O homem é a sociedade, a sociedade é o campo
de ação em que se exteriorizam as ideias e onde, apurando os sentimentos de
fraternidade, os que trabalham garantem a subsistência e o conforto de que
necessitam em seus lares.
A mulher no lar, consagrada a seus deveres de mãe,
esposa, filha ou Irmã, personificando a concórdia, modelando-se pelas virtudes
da sacrossanta mãe, esposa que Jesus nos indicou na manjedoura, a partir do
momento em que se tornou visível para os olhos mortais das multidões terrenas;
a mulher exemplar, que se compenetra de sua tarefa educadora e desta se não
desvia para o exercício de funções incompatíveis com o seu sexo e com a índole
da missão amorosa e santa que a sua natureza essencialmente criadora lhe assina-la
no plano da existência: a mulher, enfim, que se não desvia desse prisma
modelado pela Mãe Santíssima e nessa esfera, em que Deus a deseja, se coloca;
que sabe, por isso, manter-se dentro das
normas moralizadoras recomendadas pelo divino Mestre, nos primeiros anos da era
cristã, quando lhe sendo a adúltera submetida a julgamento, para que fosse
apedrejada, compassivo e bom lhe disse: “Eu
também te não condeno: vai e não peques mais”; a mulher que a essa divina recomendação
se subordina assume o lugar que lhe é destinado pelo Senhor para o exercício da
vida planetária e por tal modo se dignifica sob as vistas da Divindade, que
esta lhe transmite à alma fulgurações e energias que a santificam,
transformando-lhe o lar num prodigioso templo de onde a paz e a felicidade se
irradiam para a edificação dos povos.
A mulher, por conseguinte, é o lar, é o berço acolhedor
que conforta, acalenta e esclarece a infância, preparando-a, solicita e
vigilante, para os voos do Espírito, para os surtos da inteligência e do
sentimento da humildade, por que se devem caracterizar, os homens, dos gestos
de amor, pelas ações altruísticas, pelos empreendimentos nobres, pacificadores
e distintos, em que se façam meritórios e se espiritualizem pela prática
incessante da cordialidade fraterna.
A mulher, que assim não procede, que desatende às suas
obrigações de mãe, desconhece os seus deveres e se transforma, por isso, em
autora de sua própria infelicidade. Mas, a que se norteia por essa visão
superior, que vimos de sugerir, com a benção de Deus, iluminada por Jesus,
corporificando as virtudes da soberana Mãe elas mães, sob a orientação disciplinadora
dos Emissários do Alto, vê no homem a sociedade e na sociedade reflexo dos
lares, pelos quais é responsável perante o Supremo Autor de sua vida
espiritual.
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