16,16 “-Ainda um pouco de tempo, e já não Me vereis e, depois, mais um pouco de tempo e Me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”
16,17 Nisso, alguns de seus discípulos, perguntavam uns aos outros: -Que é isso que Ele diz: Ainda um pouco de tempo e não Me vereis, e, depois, mais um pouco de tempo e Me tornareis a ver? E que significa também: -Vou para o Pai!
16,18 Diziam então: -Que significa este “pouco de tempo” de que fala? -Não sabemos o que Ele quer dizer!
16,19 Jesus notou que Lho queriam perguntar e disse-lhes: “-Perguntais uns aos outros acerca do que Eu disse: Ainda um pouco de tempo e não Me vereis, e depois mais um pouco de tempo e Me tornareis a ver.
16,20 Em verdade, em verdade vos digo, haveis de estar tristes mas, a vossa tristeza se converterá em alegria.
16,21 Quando a mulher está para dar a luz, sofre porque veio a sua hora mas, depois que deu a luz à criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido seu filho
16,22 Assim também vós, sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria.
16,23 Naquele dia não Me perguntareis mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo, o que pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo dará”
Para
Jo (15,20) -Alegria Cristã - vejamos
“Caminho, Verdade e Vida” (Ed. FEB), de Emmanuel, por psicografia de Francisco C.
Xavier:
Através de séculos, viu-se no
Evangelho um conjunto de notícias dolorosas - um Salvador abnegado e puro
conduzido ao madeiro destinado aos infames, discípulos debandados, perseguições
sem conta, martírios e lágrimas para todos os seguidores...
No
entanto, essa pesada bagagem de sofrimentos constitui os alicerces de uma vida
superior, repleta de paz e alegria. Essas dores representam auxílio de Deus à terra
estéril dos corações humanos. Chegam como adubo divino aos sentimentos das
criaturas terrestres, para que de pântanos desprezados nasçam lírios de
esperança.
Os
inquietos salvadores da política e da ciência, na crosta planetária, receitam
repouso e prazer a fim de que o espírito chore depois, por tempo indeterminado,
atirado aos desvãos sombrios da consciência ferida pelas atitudes criminosas.
Cristo, porém, evidenciando suprema sabedoria, ensinou a ordem natural para a
aquisição das alegrias eternas, demonstrando que fornecer caprichos
satisfeitos, sem advertência e medida, às criaturas do mundo, no presente
estado evolutivo, é depor substâncias perigosas em mãos infantis. Por esses
motivo, reservou trabalhos e sacrifícios aos companheiros amados, para que se
não perdessem na ilusão e chegassem à vida real com valioso patrimônio da
estáveis edificações.
Eis por que a alegria cristã não consta de
prazeres de inconsciência, mas da sublime certeza de que todas as dores são
caminhos para júbilos imortais.”
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