Pregando
a Boa Nova
e Curando Enfermidades
9,35 Jesus percorria todas as cidades e aldeias.
Ensinava nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todas as
enfermidades.
9,36 Vendo
a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estavam enfraquecidos e abatidos
como ovelhas sem pastor.
9,37 Disse,
então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos.
9,38 Pedi, pois, ao senhor da messe, que envie operários para a messe.”
Para Mt
(9,35) -Pregando a Boa Nova e Curando Enfermidades -, lemos em
"Segue-me!” de Emmanuel por Chico Xavier:
"Segue-me!” de Emmanuel por Chico Xavier:
“Cura a catarata
e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos. Defende-te contra a surdez; entretanto retifica o teu modo de registrar as vozes e
solicitações variadas que te procuram. Medica
a arritmia e a dispnéia; contudo não entregues o coração à impulsividade
arrasadora. Combate a neurastenia e o esgotamento; no entanto cuida de
reajustar as emoções e tendências. Persegue a gastralgia, mas educa teus
apetites à mesa. Melhora as
condições do sangue; todavia não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres
inferiores. Guerreia a hepatite; entretanto livra o fígado dos excessos em que
te comprazes. Remove os perigos da uremia; contudo não sufoques os rins com
venenos de taças brilhantes. Desloca o reumatismo dos membros, reparando,
porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos. Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam;
todavia aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.
Consagra-te à própria cura, mas não esqueças
a pregação do Reino Divino aos teus órgãos. Eles são vivos e educáveis. Sem que
teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do
organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida
em transito para a inutilidade.”
Para Mt (9,37) - A
messe é grande...-, trazemos,
de “Pão Nosso” , de Emmanuel por Chico Xavier:
“O ensinamento
aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no
tempo, mas, sim à seara de consolações que o Evangelho envolve em si mesmo.
Naquela hora permanecia em torno do Mestre a
turba de corações desalentados e errantes que, segundo a narrativa de Mateus,
se assemelhava a rebanho sem pastor. Eram fisionomias acabrunhadas e olhos
súplices em penoso abatimento.
Foi então que
Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada porém de raros
ceifeiros. É que o Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial
destinada a enriquecer o espírito humano, entretanto, a percentagem de
criaturas dispostas ao trabalho da ceifa é muito reduzida. A maioria aguarda o
trigo beneficiado ou o pão completo para alimentação própria. Raríssimos são aqueles que enfrentam temporais, o rigor
do trabalho e as perigosas surpresas que o esforço de colher reclama do
trabalhador devotado e fiel.
Em razão disto, a
multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em fileira
crescente, através dos séculos. Os abnegados operários do Cristo prosseguem
onerados em virtude de tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa
coragem de buscarem por si o alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá
na Terra, até que os bons consumidores aprendam a ser também bons ceifeiros.”
Ainda Emmanuel por Chico Xavier, agora em “Livro da Esperança” para Mt (9,37) -A seara é grande mas poucos os ceifeiros...
“Se te propões colaborar no
apostolado libertador do Espiritismo, auxilia a transitar, dando-lhe passagem,
através de si mesmo.
Prevalece-te dos
títulos honrosos que o mundo te reservou, agindo conforme as sugestões que o
pensamento espírita te oferece, demonstrando que a ilustração acadêmica ou o
mandato de autoridade são instrumentos para benefício de todos e não recurso ao
levantamento de qualquer aristocracia da opressão pela inteligência.
Despende as
possibilidades materiais, centralizadas em tuas mãos, criando trabalho
respeitável e estendendo a beneficência confortadora e reconstrutiva, na pauta
da abnegação com que o pensamento
espírita te norteia as atividades, provando que o dinheiro existe para ser
disciplinado e conduzido no bem geral e não para escravizar o espírito à
loucura da ambição desregrada.
Usa a
independência digna que o pensamento espírita te dá, por intermédio do dever
retamente cumprido, patenteando à frente dos outros, que é possível pensar
livremente, com o jugo dos preconceitos, embora respeitando a condição dos
semelhantes que ainda precisam desses mesmos preconceitos para viver.
Mobiliza a
influência de que dispões, na sociedade ou na família, para edificar o
conhecimento e garantir a consolação, segundo a tolerância que o pensamento
espírita te inspira, denotando que, diante da Providência Divina, todos somos
irmãos, com esperanças e dores, lutas e aspirações, imperfeições e faltas,
igualmente irmãs uma das outras, e que, por isso mesmo, a confissão de fé
representa instituto de aperfeiçoamento espiritual, com serviço permanente ao
próximo, sem que tenhamos essa ou aquela expressão de profissionalismo
religioso.
Fala, escreve, age e trabalha, quanto possível, pela expansão do pensamento
espírita, no entanto, para que o pensamento espírita produza frutos de alegria
e concórdia, renovação e esclarecimento, é necessário vivas de acordo com as
verdades que ele te ensina.
À cada minuto, surge alguém que te
pede socorro para o frio da própria alma, contudo, para que transmitas o calor
do pensamento espírita é imperioso estejas vibrando dentro dele. Diante da
sombra, não adianta ligar o fio na tomada sem força, nem pedir luz em candeia
morta.”
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