Falta de
fé
Emmanuel por Chico Xavier Reformador (FEB) Janeiro 1967
Não se deve julgar a criatura sem fé pelo padrão moral daquela que a possui como não se pode considerar o enfermo à maneira de alguém que se encontre sem saúde porque assim o deseje. E assim como não se extingue a doença com pancadas e sim à custa de amparo e remédio, não se remove a descrença a preço de controvérsia e sim pelo concurso do amor e da educação.
Existem motivações diversas para a incredulidade, tanto
quanto existem causas variadas para a moléstia.
Em toda parte, onde se alinham seres humanos, encontramos
aqueles irmãos que ainda se privam de mais amplo entendimento no domínio das
questões essencialmente espirituais:
- os que da infância à madureza tão-somente estiveram no
clima da mais profunda ignorância acerca dos assuntos da alma;
- os que se enredaram na inquietação, à face de
compromissos inconfessáveis e temem o contato com as realidades do Espírito;
- os que se apegam a preconceitos estéreis fogem de
incrementar no próprio ser o conhecimento da Vida Superior;
- os que sofrem processos obsessivos, temporariamente
incapacitados para raciocinar com segurança, em torno da orientação pessoal;
- os que caíram em extrema revolta, ante as lides
expiatórias que eles mesmos fizeram por merecer.
Quando te vires confrontado pelos companheiros sem fé ou
portadores de confiança ainda muito frágil, compadece-te deles e auxilia-o,
quanto possas. Segundo a solicitação do apóstolo Paulo, saibamos colhe-los ao
calor da bondade, nunca ao fogo da discussão.
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