do livro “Depois da Morte”, pág. 242
por Léon Denis
É nessas moradas fluídicas que se ostentam as pompas das
festas espirituais. Os Espíritos puros, ofuscantes de luz, se agrupam em famílias.
Seu brilho, as cores variadas de seus invólucros, permitem medir a sua
elevação, determinar os seus atributos. Suaves e encantadores concertos,
comparados aos quais os da Terra não são mais que ruídos discordantes: por cenários
têm eles o espaço infinito, o espetáculo maravilhoso dos mundos que rolam na
extensão, unindo suas notas às vozes celestes, ao hino universal que sobe a
Deus.
Todos esses espíritos, associados em bandos inumeráveis, se conhecem e se amam. Os laços de família, os afetos que os uniam na vida material, quebrados pela morte, aí se reconstituem para sempre. Destacam-se dos diversos pontos do espaço e dos mundos superiores para comunicarem mutuamente os resultados de suas missões, de seus trabalhos, para se felicitarem pelos sucessos obtidos e coadjuvarem-se uns aos outros nas empresas difíceis. Nenhum pensamento oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas delicadas a essas reuniões onde todos recolhem as instruções dos mensageiros divinos, onde se aceitam as tarefas que contribuem para elevá-los ainda mais.
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