A Prece nas Atividades Mediúnicas
por Sérgio Thiesen
Reformador (FEB) Maio 2000
“Orai assim: Pai nosso que estás nos céus ..”
Jesus. (Marcus, 6:9-15.)
Jesus. (Marcus, 6:9-15.)
Introdução:
Do ponto de vista espiritual a prece é uma emanação dos
mais puros fluidos, por meio da qual amparo e força recebem aqueles a favor de
quem ela é feita. Independentemente de uma
maior ou menor emanação fluídica, ela é a geratriz de campos eletromagnéticos
cuja frequência vibratória é, em média, mais alta do que a habitual de quem
irradia e que varia muito de acordo com a condição espiritual, emocional e
física de quem a realiza. Associado a estes campos gerados por um sublime consórcio
do pensamento (atividade mental, da razão) e do sentimento (atividade afetiva,
do amor) há a respectiva força e energia, tanto mais potentes quanto mais altas
as frequências alcançadas, e, portanto, seus efeitos. É uma magnetização moral, que se opera a distância. É divino movimento de nossa alma
no rumo transitório para a Esfera Superior, gerando matéria mental sutil e de
frequências elevadas, agindo na harmonização das criaturas por ela alcançadas.
Apelo vivo do Espírito às Potências Celestes quer no uso da formulação verbal,
quer absolutamente sem ela, na silenciosa linguagem da vibração.
Atividades mediúnicas são comuns em toda casa espírita e
vamos considerar sobre a importância da oração no âmbito geral do intercâmbio
entre os dois planos fundamentais da existência, no cenário abençoado da casa
espírita e do serviço no Bem. Para tanto, vamos recordar seus possíveis
objetivos e efeitos.
Objetivos e Efeitos da Prece nas Atividades
Mediúnicas:
1. Estabelecer e manter vínculo fluídico (eletromagnético) com
os Espíritos Superiores que coordenam e dirigem (vínculo vertical),
independentemente da manifestação ostensiva dos mesmos. Essencial para o
dirigente e para os participantes, médiuns ostensivos ou não.
2. Estabelecer e manter vínculo fluídico com todos os
integrantes da equipe encarnada, a chamada corrente de médiuns (vínculo
horizontal). O mesmo se dá com os desencarnados entre si, “entrelaçando-os”.
3. Magnetizar o ambiente em que o trabalho se desenvolve, favorecendo
a chegada, o atendimento e o encaminhamento dos Espíritos enfermos ou
necessitados. Fenômeno que ocorre nas diversas atividades mediúnicas,
consagradas ou não a isto pelos encarnados.
4. Higienizar o ambiente, dissipando energias densas e
desfavoráveis, de baixa frequência vibratória, remanescentes de outras
atividades (espirituais ou não) do mesmo recinto.
5. Favorecer o desdobramento dos médiuns e dos dirigentes das
reuniões e sua consequente sintonia com a realidade espiritual.
6. Ação
harmonizante, vivificante e saneadora para os médiuns trabalhadores.
7. Movimentação de fluidos regeneradores de origem anímica e da
espiritualidade superior, capazes de reconstituir os danos perispirituais dos
desencarnados e encarnados atendidos pela equipe, presentes às reuniões ou a
distância.
8. Intercessão para favorecer Espíritos mais endurecidos e
refratários ao diálogo fraterno nas reuniões de desobsessão e de assistência
aos desencarnados.
Todos estes itens
são parte integrante das reuniões mediúnicas em geral. Podemos verificar o
efeito de cada um deles no passe e na fluidoterapia, nas reuniões de
desobsessão, de assistência aos desencarnados, de educação mediúnica, na etapa
de preces e irradiações do trabalho público-doutrinário, na orientação
espiritual ou no receituário mediúnico, etc.
Escreve Huberto
Rohden: (*)
(*) “Metafísica do Cristinismo.”
“Repetidas vezes referem os Evangelhos que Jesus, ao
anoitecer, se retirava às alturas dos montes ou à solidão dos desertos, e lá, a
sós com Deus, passava horas, por vezes noites inteiras, absorto em profundíssima
comunhão com o Eterno, o Infinito, o Absoluto, ou, na linguagem poética dele, em
comunhão com o Pai celeste... Tinha o Mestre uma predileção especial por esses
silenciosos santuários de Deus. Ninguém sabe o que acontecia nessas longas
horas que passava a sós com o Pai, nas inspiradoras alturas das montanhas e matas
da Galileia ou na vasta solitude dos ermos da Palestina, sob o misterioso
brilho das estrelas longínquas e o discreto sussurro das brisas... Cena manhã,
ao clarear do dia, ainda estava Jesus imerso nessa profunda interação com Deus,
no deserto, quando os discípulos o surpreenderam para o levarem novamente ao meio
das turbas que o procuravam. Deve ter sido profunda e intensa a impressão que
tiveram do aspecto de Jesus em oração, porque, arrebatados pelo espetáculo,
prorromperam nestas palavras: “Mestre, ensina-nos a orar.” Os apóstolos, como
filhos de Israel, eram acostumados à oração e já haviam aprendido muito com o
próprio Mestre. Mas, diante do que presenciavam; sentiam-se ignorantes ainda e
despreparados para estes cometimentos. Cheios de encantamento e sagrada
reverência assistiram a seguir, uma das mais belas e profundas lições, sublime
legado inscrito nas páginas dos Evangelhos, comparável ao Sermão da Montanha,
em síntese religiosa e sublimidade, para a inscrição do amor; definitivamente, nos
corações humanos”.
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