Alma e
Corpo
Anthero
de Quental por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1953
Disse a Alma, chorando, ao
Corpo aflito:
- Porque me prendes, triste
barro escuro,
Se busco o Espaço imenso, se
procuro
O império resplendente do
lnfinito?
Porque me deste a dor por
sambenito
No caminho terrestre
áspero e duro?
Porque me algemas a sinistro
muro
O coração cansado, ermo e
proscrito?
Mas o corpo exclamou: - Cala-te
e ama!
Eu sou na Terra a cruz de
cinza e lama
Que te serve de ninho,
templo e grade...
Mas dos meus braços
partirás um dia,
Para a glória celeste da
alegria,
Nos castelos de luz da eternidade!”
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