Semeadura e Colheita
Fontes de Luz
Reformador (FEB)
Maio 1949
"Entesourastes
para os últimos dias." – Tiago, 5:3
Na carta que
escreveu aos gálatas, disse Paulo “que cada um levará a sua carga” (6:5) e que
“aquilo que semear o homem, isso também segará” (6:8). O grande apóstolo não
disse novidades, pois nada mais fez que reafirmar o preceito de Jesus: - “a
cada um segundo as suas obras.”
Confirmando e
esclarecendo esses juízos, o Espiritismo trouxe à luz a lei de causa e efeito
que rege a vida humana, demonstrando, a sobejo, que ninguém pode lançar à conta
de injustiça os males de que padece, como se não pode, igualmente, atribuir a felicidade
de alguém a uma ininteligível parcialidade da Divina Justiça.
Todavia, cristãos e
espiritistas, sabedores de todas essas coisas, parecem não atinar com a
realidade dos fatos, permanecendo num lastimável desequilíbrio d'alma, imersos
no oceano turvo dos reclamos e das queixas contra a sorte.
Queixam-se - do mal
que semearam;
Irritam-se - com os
insucessos a que deram causa;
Lastimam - as
oportunidades que desbarataram;
Exigem - salários
aos quais não fizeram jus;
Reclamam -
facilidades não adquiridas;
Requerem - direitos
não conquistados;
Suplicam - bênçãos
que relegaram;
Choram - situações
que construíram;
Inocentam-se - de
crimes cometidos;
Inconformam-se - com
a própria condição.
Contudo, esse modo
de ser, de negativos resultados, nada edifica; antes, impossibilita ou dificulta
qualquer reconstrução.
A inconformação e a
revolta, a queixa e o desalento, são inimigos terríveis de qualquer coração
desejoso de retificar caminhos para o ressurgimento interior.
Antes de tudo, deve
o discípulo do Cristo identificar a sua situação, pondo-se à luta pela melhoria
sempre maior da própria alma, exercitando-se no amor, na renúncia e no
trabalho.
Se no presente a
situação do seu espírito não é boa, pode faze-la melhor, de futuro, com o
esforço perseverante da boa vontade construtiva; mas, pode faze-la pior ainda,
pelo descaso da indiferença ou pelos prejuízos da rebeldia.
Se uma vida mal
vivida traz por resultado uma aluvião de dores e remorsos, uma existência bem aproveitada
possibilita uma colheita generosa de bênçãos e de paz.
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