Era fluídico o corpo de Jesus?
A Redação
Reformador (FEB) Maio 1953
''Mundo
Espírita", agora não mais sob a direção do saudoso confrade Lins de
Vasconcelos, mas sob a orientação dos dirigentes da Federação Espírita do
Paraná, transcreveu em seu nº 825, de 21 de Março do corrente ano, um artigo
publicado no "Diário de S. Paulo" e subscrito com o pseudônimo de
Irmão Saulo, e que tem por titulo o que encima esta coluna.
Nesse artigo conta
o seu autor, velho adversário de Roustaing, que, assistindo a uma sessão
espírita, presenciou a manífestação do antigo companheiro desta Casa, Frederico
Figner, o qual teria declarado reconhecer agora o erro que diz conter a obra de
Roustaing, e que havia tentado, SEM O CONSEGUIR, esclarecer esse ponto no livro
"Voltei", que ditou sob o pseudônimo de lrmão Jacob.
A
"afirmativa" atribuída a Figner, exposta vagamente como o foi no
artigo a que aludimos, deixa crer que os obstáculos que se teriam anteposto ao
seu desejo partiriam ou da Diretoria da Federação Espírita Brasileira, que
editou o livro, ou do próprio médium que o recebeu, o nosso bom Francisco
Cândido Xavier.
Uma e outra
suspeita, para serem lançadas em letra de forma, imporiam, a quem as
veiculasse, a obtenção, do Espírito comunicante, de elementos positivos que
indicassem o verdadeiro ocasionador de suas dificuldades.
É contrário ao bom
senso supor que um Espírito da altura moral de um Fígner viesse, em qualquer
sessão, assacar uma acusação tão injuriosa quão injusta, a nós os da FEB, ou ao
Chico Xavier, que ele tanto amou e admirou.
É também fora de
toda a lógica o pensar que o Espírito de Fígner procurasse uma reunião familiar
e estranha para confessar o seu erro, em vez de o fazer diretamente dentro da
própria Federação Espírita Brasileira, por um dos bons médiuns do Grupo Ismael
ou de outros Grupos que ali funcionam (nos quais ele se tem comunicado) ou
mesmo no lar de algum diretor dessa instituição.
Por essas razões,
estimaríamos que o autor do artigo tornasse bem claras as coisas que deixou no
ar, perguntando ao tal Espírito, que se manifestou com o nome de Frederico
Fígner, quem impediu que este escrevesse contra o corpo fluídico.
A ética jornalística
e a dignidade exigem que acusações tão graves sejam apresentadas às claras, e
não assim tão vagamente.
Que Irmão Saulo e
''Mundo Espírita" nos atendam ao pedido, é o que desejamos.
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