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sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Cura do paralítico



O Paralítico da Piscina - Sua Cura -

5,11  Respondeu-lhes ele: -Aquele que me curou disse: “-Toma o teu  leito e  anda!” 
5,12  Perguntaram-lhe eles: Quem é o homem que te disse: “Toma o teu leito e anda!”
5,13  O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar.
5,14  Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: “ -Eis que ficaste são, já não peques, para não te acontecer coisa pior.”
5,15  Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado. 5,16  Por este motivo os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia essas curas no dia de sábado.
5,17  Mas Ele lhes disse: “ -Meu Pai continua agindo até agora e Eu ajo também!”
5,18  Por essa razão, os judeus, com maior ardor, procuravam tirar-Lhe a vida, porque não somente violara o repouso de sábado, mas afirmava ainda que Deus era Seu Deus e se fazia igual a Deus.

           Para  Jo (5,17), -Meu Pai Trabalha Até Agora... -  tomemos  “Caminho, Verdade e Vida”, de Emmanuel por Chico Xavier:
                       
            “Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas. Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido. A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho. Os que varem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.  O problema, contudo, não é o gênero da tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida. De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.

            Mas  Jesus veio arrancar-nos da  “morte no erro”. Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida. Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade. Quando te sentires cansado, lembra-te de que  Jesus está trabalhando.        

            Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?”          

            Também para  Jo (5,17) -Meu Pai Trabalha Até Agora - leiamos as palavras de André Luiz em “Conduta Espírita”:

Conduta Espírita no Trabalho...

            -Desde que se encontre em condições orgânicas favoráveis, dedicar-se ao exercício constante de uma profissão nobre e digna. O engrandecimento da vida exige o tributo individual ao trabalho.

            -Situar em posições distintas as próprias tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a todas as obrigações com o necessário equilíbrio.  O dever, lealmente cumprido, mantém a saúde de consciência.

            - Examinar os temas de serviço que lhe digam respeito, para não estagnar os próprios recursos na irresponsabilidade destrutiva ou na rotina perniciosa. Da busca incessante de perfeição, procede a competência real.

            -Ajudar aos colegas de trabalho e compreendê-los, contribuindo para a honorabilidade da classe a que pertença. O espírita responde por sua qualificação nos múltiplos setores da experiência.

            -Cultuar a caridade nas tarefas profissionais, inclusive naquelas que se refiram às transações do comércio. O utilitarismo humano é uma ilusão como as outras.

            -Jamais prevalecer-se das possibilidades de que disponha no movimento espírita para favoritismos e vantagens na esfera profissional. Quem engana a própria fé, perde a si mesmo.

            -Em nenhuma ocasião, desprezar as ocupações de qualquer natureza, desde que nobres e úteis, conquanto humildes e anônimas. O trabalho recebe valor pela qualidade dos seus frutos.”

            Ainda para  Mt (5,17) - Meu pai Trabalha Até Agora - leiamos  “Bênção de Paz” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Muitas vezes entregas-te a melancólicas reflexões em torno de transformações espirituais que inutilmente tentaste.

            Deste o máximo de abnegação ao filho estremecido para quem planejaste luminoso futuro, sem conseguir talvez arrancá-lo à rebeldia em que persiste; ofertaste a própria existência aos pais queridos, ornamentando-lhes o caminho de auxílio e ternura, e, provavelmente, nem de leve pudeste arredá-los da discórdia a que jazem atrelados por longo tempo; situaste todo o coração no carinho por este ou aquele companheiro, aguardando-lhes  em vão o concurso nas tarefas edificantes que te felicitam a alma; empenhaste os mais nobres sentimentos na melhoria deste ou daquele grupo de entes amados, seja no lar ou na organização de serviço a que te afeiçoas, e, por maior o esforço despendido, nada colheste até agora, senão amarguras e negação.

            Em meio do trabalho absorvente costumas interromper as próprias atividades, indagando de ti mesmo se vale a pena continuar no esforço renovador... Semelhante introdução ao desespero comumente aparece porque, em muitas ocasiões, experimentas o desencanto de quem cava num monte de pedras procurando debalde o fio d’água que lhe foge à sede, ou a fadiga de quem cruza o deserto, em todas as direções, sem achar caminho para a vanguarda libertadora... Ainda assim, persevera nos bons propósitos e colabora, quanto possível, pela consecução dos objetivos de fraternidade e aprimoramento a que todos devemos visar.

            Uma pergunta só dar-nos-á reconforto: se Jesus, há milênios, trabalha por nós, para que tenhamos o pequenino clarão de conhecimento com que hoje tentamos dissipar as sombras que ainda trazemos, por que desanimar na obra de amparo aos que amamos, se apenas agora começamos a servir no terreno da luz?



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