A Mulher
Hemorrágica
9,20 Ora,
uma mulher atormentada por um fluxo de sangue, havia doze anos, aproximou-se
Dele por trás e tocou-lhe a orla do manto.
9,21 Dizia consigo: - Se eu somente tocar na
Sua vestimenta, serei curada.
9,22 Jesus
virou-se, viu-a e disse-lhe: “ -Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. Vai
em paz!” E a mulher ficou completamente curada.
Para Mt(9,20-22) -A Mulher Hemorrágica-, tomemos o Cap. XV de “A Gênese”, de Kardec:
“É de notar-se que o efeito não
foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização, nem
imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.
Mas, por que essa
irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez
que Jesus não pensava nela e tinha a
cercá-lo a multidão? É bem simples a razão.
Considerado como
matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de
repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou
atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente.
Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o
segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade
das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na
circunstância de que tratamos.
Razão tinha pois Jesus
para dizer: “Tua
fé te salvou!” Compreende-se que a fé a
que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas,
mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à
corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia,
que paralisa a ação. Assim sendo, também se compreende que, apresentando-se ao
curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É
este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica
certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural.”
Para Mt
(9,21), - Tua fé te salvou... - busquemos ainda “Pão Nosso” de
Emmanuel por Chico Xavier:
“É importante
observar que o Divino Mestre, após o benefício dispensado, sempre se reporta ao
prodígio da fé, patrimônio sublime daqueles que O procuram.
Diversas vezes,
ouvimo-Lo na expressiva afirmação - “A
tua fé te salvou.” Doentes do corpo e da alma, depois do alívio ou da cura,
escutam a frase generosa. É que a vontade e a confiança do homem são poderosos
fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
O navegante sem
rumo e que em nada confia, somente poderá atingir algum porto em virtude do
jogo das forças sobre as quais se equilibra, desconhecendo, porém, de maneira
absoluta, o que lhe possa ocorrer.
O enfermo, descrente da ação de todos os remédios,
é o primeiro a trabalhar contra a própria segurança. O homem que se mostra
desalentado em todas as coisas, não deverá aguardar a cooperação útil de coisa
alguma.
As almas vazias
embalde reclamam o quinhão em que perambulam, transformam-nas, perante a vida,
em zonas de amortecimento, quais isoladores em eletricidade. Passa corrente
vitalizante, mas permanecem insensíveis.
Nos empreendimentos e necessidades de teu
caminho, não te isoles nas posições negativas. Jesus pode tudo, teus amigos
verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os
companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o
concurso de tua fé, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas
possibilidades de elevação.”
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