Mediunidade Curadora
José
Monteiro Lima
Reformador
(FEB) Outubro 1947
A
força magnético-mediúnica que emana principalmente dos dedos, dos olhos, da
boca e, finalmente, do corpo todo, não é coisa nova. Desde os mais antigos
tempos tem sido empregada pelos mais diferentes povos como recurso de cura das
doenças do corpo e do Espírito. Os antigos sacerdotes da Caldeia, do Egito e da
Índia praticavam este processo de cura. Jesus e os seus apóstolos empregaram
muitas vezes a cura mediúnica com o mais extraordinário êxito. Eis como o
evangelista Lucas (4 :40) se refere a Jesus: "Todos os que tinham enfermos de várias doenças lh'os traziam, e, pondo
as mãos sobre cada um deles, os curava".
Paracelso,
Vinhelmont, Mesmer e os seus seguidores aplicaram também este processo de cura,
mas infelizmente não foram compreendidos. A História nos conta numerosos fatos,
onde o magnetismo animal foi empregado com o fim de curar.
Pirro
diz que Plutarco curava as doenças de origem nervosa, passando as mãos no lugar
onde supunha ter origem o mal. Vespasiano curou um cego, esfregando lhe saliva
nos olhos e curou um paralítico, apenas tocando-lhe com as mãos. Plínio
sustenta que há pessoas dotadas de propriedades medicinais. É o "dom de
curar" de que nos fala São Paulo.
Na
história religiosa dos judeus, egípcios, gregos e romanos, encontramos, a cada
passo, a aplicação das mãos, as fricções, o sopro, etc., como elementos de cura
das doenças. Próspero Alpino refere que os egípcios curavam por meio de
misteriosas fricções. Sto. Agostinho (admitamos aqui o "santo" para
precisar o indivíduo) reconhece que há pessoas que podem curar por meio do
contato e do sopro.
Durville,
De Rochas, Luys, Goudard e tantos outros cientistas afirmaram em caráter
científico que "todas as pessoas de ambos os sexos emitem de todo o seu
ser, especialmente dos olhos, nariz e dedos, o fluido ódico ou vital em maior
ou menor quantidade; tanto maior, quanto melhor o estado de saúde física ou
psíquica da pessoa".
As
experiências de Reichenbach provaram que o fluido humano, melhor que os raios
X, não conhece obstáculos.
"Os
seres humanos, diz o. Dr. Luys, não emitem apenas calor em torno deles.
Modernas experiências, começadas por Reichenbach e prosseguidas por De Rochas e
nos meus trabalhos sobre hipnologia, nos permitem afirmar que, ao lado do
fluido calorífico, há agentes elétricos e magnéticos que irradiam -dos seres
vivos, e que constituem forças vivas que se exteriorizam e formam, em torno
dele, uma sorte de atmosfera invisível aos nossos olhos, mas visível para
certos indivíduos e em determinadas condições" (Spiritisme et Anarchie,
Bouvery, pág. 386).
Com
efeito, o Dr. Baraduc obteve fotografias destas radiações por meio de processos
eletrográficos .
As
experiências mais extraordinárias foram, sem dúvidas, as do Dr. Iodko, que
conseguira, por meio de um dispositivo que utilizava os raios Roentgen, tornar
visível a todos a fluorescência eletro-humanas.
Como
se vê, nada há aí de miraculoso, mas apenas a exteriorização de uma força
natural, que em certos indivíduos é altamente curativa. Estão, nesse caso, as
curas conseguidas pelo padre Antônio Ribeiro Pinto, de Rio Casca, que é apenas
um médium curador.
Segundo
declarações publicadas em ‘O Globo’ de 5 do corrente, um japonês que se chama
Mituso Sato, de Lins, São Paulo, está fazendo igualmente curas extraordinárias
em nome do Buda. São os sinais dos tempos.
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