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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A palavra de Guillon Ribeiro




Guillon Ribeiro (Espírito)

por Júlio Cezar Grandi Ribeiro
Reformador (FEB)  Setembro 1976


             Espíritas!

            Conscientizemo-nos de que a Doutrina Espírita é obra de restauração do Cristianismo em favor do mundo, descortinando-nos iluminado porvir.

            Em sua missão de Consolador, permanecerá entre os homens, brunindo mentes e corações para que a ciência e o sentimento, equilibrados, impulsionem, de fato, o progresso da Humanidade.

            Não nos amesquinhemos na pretensão de que seu âmbito de benefícios circunscrever-se-á mais diretamente à Pátria do Cruzeiro categorizando-nos, deste modo, em povo-eleito da Terra. Longe disto, somos Espíritos devedores, ajustados à gleba comum de nosso aperfeiçoamento e convocados a cooperar na sementeira do Bem, onde os favores recíprocos nos reunirão esforços em prol da evolução de nosso orbe.

            Em face, pois, de nossas responsabilidades maiores, providenciemos, sobre o lastro da fé legítima, a obra de cristianização das criaturas, principiando de nós mesmos o glorioso apostolado do Amor.       

            Evangelizar o Homem é garantir o equilíbrio do mundo!

            Longe a segregação de ungidos; fora as conceituações separatistas; rejeição ao individualismo no jogo de opiniões facciosas que nada dizem respeito à missão do Paracleto na seara de nossos corações.

            Os Mensageiros da Verdade, formando legiões de luz e de amor, de justiça e liberdade, postaram-se junto a Kardec, propiciando-nos a Codificação Espírita que, desde seus albores, traz as marcas da união e do cooperativismo, da fidelidade ao Pai e da disciplina nos círculos da existência, como senhas de sublimadas aspirações.

            O Espiritismo, desde suas origens, é congraçamento de muitos visando a uma confraternização de todos pelo Reino do Senhor. Daí enraizar-se, veementemente, os imperativos da Unificação no Movimento Espírita como fortalecimento de objetivos comuns em torno do Cristo.

            Mas, a Unificação de fato não será alcançada sem os preparativos que se impõem. Torna-se imprescindível estabelecer novos padrões de fraternidade e de entendimento semeando-se no terreno propício, acolhedor, indene de preconceitos e imaculado de viciações qual o coração infantil. Aí a fase mais propícia do espírito encarnado para receber as sementes da união que, com justos motivos, anelamos para a Causa Espírita.

            A cumeeira do edifício jamais antecederá as efetivações dos alicerces.

            Pretender integração de vontades de adultos, diversificadas em experiências já vividas, será, talvez, acalentar sonhos dourados em ninhos de quimeras. Porém, educar o homem com vistas à união e à fraternidade será despender esforço valioso e bem conduzido levando a criança pelos trilhos do equilíbrio em cuja luz o moço divisará as veredas da paz que tranquilizará seu prosseguimento da madureza à velhice.

            A Criança é promessa.

            O Jovem é esperança.

            Para que as construções do Cristianismo Redivivo se desenvolvam, grandiloquentes, em favor do mundo, não prescindiremos dos alicerces opimos, construídos a partir do coração infantil e da mente jovem.

            Divulguemos a mensagem consoladora que as vozes Celestes nos prodigalizam por sustentáculo às provações.

            Popularizemos, junto aos romeiros da dor, nos cenários das humanas experiências, a Mensagem do Cristo, confortadora e luminosa.

            Contudo, marchemos sustentando a tarefa da Evangelização, com base na criança e no jovem, a fim de diminuir o surto de sombra e delinquência que assola a Humanidade.

            Se reconhecemos no Brasil o Celeiro de esperanças dos Céus destinado a garantir o avanço porvindouro do mundo; se nos conscientizamos que que fomos conclamados a partilhar a oficina da cooperação no abençoado fulcro da redenção da Terra onde a Terceira Revelação tem assentados seus pilares, colaboremos na obra da Evangelização das criaturas.

            Cristianizar é o mesmo que educar preparando a Humanidade para o alvorecer de uma nova civilização.

            Como toda ação educativa se desenvolve do berço à sepultura, mobilizemos a Revelação Espírita, cônscios de que não estamos arregimentando alfaias de conhecimento nos campos da cultura. Antes, porém, estamos construindo em nós a estrutura indispensável ao raciocínio da fé, autenticando em nossa intimidade os pilares da vera sabedoria e do amor legítimo, capazes de nos reerguer do lodo da Terra às culminâncias da luz de Deus.

            Sustentar a obra da Doutrina Espírita no burilamento moral do indivíduo será garantir a presença da Luz do Evangelho que iluminará o mundo a partir de cada um de nos.


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