Guillon Ribeiro (Espírito)
por Júlio Cezar Grandi
Ribeiro
Reformador
(FEB) Setembro 1976
Espíritas!
Conscientizemo-nos
de que a Doutrina Espírita é obra de restauração do Cristianismo em favor do
mundo, descortinando-nos iluminado porvir.
Em
sua missão de Consolador, permanecerá entre os homens, brunindo mentes e
corações para que a ciência e o sentimento, equilibrados, impulsionem, de fato,
o progresso da Humanidade.
Não
nos amesquinhemos na pretensão de que seu âmbito de benefícios
circunscrever-se-á mais diretamente à Pátria do Cruzeiro categorizando-nos,
deste modo, em povo-eleito da Terra. Longe disto, somos Espíritos devedores,
ajustados à gleba comum de nosso aperfeiçoamento e convocados a cooperar na
sementeira do Bem, onde os favores recíprocos nos reunirão esforços em prol da
evolução de nosso orbe.
Em
face, pois, de nossas responsabilidades maiores, providenciemos, sobre o lastro
da fé legítima, a obra de cristianização das criaturas, principiando de nós
mesmos o glorioso apostolado do Amor.
Evangelizar
o Homem é garantir o equilíbrio do mundo!
Longe
a segregação de ungidos; fora as conceituações separatistas; rejeição ao individualismo
no jogo de opiniões facciosas que nada dizem respeito à missão do Paracleto na
seara de nossos corações.
Os
Mensageiros da Verdade, formando legiões de luz e de amor, de justiça e
liberdade, postaram-se junto a Kardec, propiciando-nos a Codificação Espírita
que, desde seus albores, traz as marcas da união e do cooperativismo, da
fidelidade ao Pai e da disciplina nos círculos da existência, como senhas de
sublimadas aspirações.
O
Espiritismo, desde suas origens, é congraçamento de muitos visando a uma
confraternização de todos pelo Reino do Senhor. Daí enraizar-se, veementemente,
os imperativos da Unificação no Movimento Espírita como fortalecimento de
objetivos comuns em torno do Cristo.
Mas,
a Unificação de fato não será alcançada sem os preparativos que se impõem. Torna-se imprescindível estabelecer novos
padrões de fraternidade e de entendimento semeando-se no terreno propício,
acolhedor, indene de preconceitos e imaculado de viciações qual o coração
infantil. Aí a fase mais propícia do espírito encarnado para receber as sementes da união que, com justos motivos,
anelamos para a Causa Espírita.
A
cumeeira do edifício jamais antecederá as efetivações dos alicerces.
Pretender
integração de vontades de adultos, diversificadas em experiências já vividas,
será, talvez, acalentar sonhos dourados em ninhos de quimeras. Porém, educar o
homem com vistas à união e à fraternidade será despender esforço valioso e bem
conduzido levando a criança pelos trilhos do equilíbrio em cuja luz o moço divisará
as veredas da paz que tranquilizará seu prosseguimento da madureza à velhice.
A
Criança é promessa.
O
Jovem é esperança.
Para
que as construções do Cristianismo Redivivo se desenvolvam, grandiloquentes, em
favor do mundo, não prescindiremos dos alicerces opimos, construídos a partir
do coração infantil e da mente jovem.
Divulguemos
a mensagem consoladora que as vozes Celestes nos prodigalizam por sustentáculo às provações.
Popularizemos,
junto aos romeiros da dor, nos cenários das humanas experiências, a Mensagem do Cristo, confortadora e luminosa.
Contudo,
marchemos sustentando a tarefa da Evangelização, com base na criança e no jovem, a fim de diminuir o surto de sombra
e delinquência que assola a Humanidade.
Se
reconhecemos no Brasil o Celeiro de esperanças dos Céus destinado a garantir o avanço porvindouro do mundo; se nos conscientizamos
que que fomos conclamados a partilhar a oficina da cooperação no abençoado
fulcro da redenção da Terra onde a Terceira Revelação tem assentados seus
pilares, colaboremos na obra da Evangelização das criaturas.
Cristianizar
é o mesmo que educar preparando a Humanidade para o alvorecer de uma nova civilização.
Como
toda ação educativa se desenvolve do berço à sepultura, mobilizemos a Revelação
Espírita, cônscios de que não estamos arregimentando alfaias de conhecimento
nos campos da cultura. Antes, porém, estamos construindo em nós a estrutura
indispensável ao raciocínio da fé, autenticando em nossa intimidade os pilares
da vera sabedoria e do amor legítimo, capazes de nos reerguer do lodo da Terra
às culminâncias da luz de Deus.
Sustentar
a obra da Doutrina Espírita no burilamento moral do indivíduo será garantir a
presença da Luz do Evangelho que iluminará o mundo a partir de cada um de nos.
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