25d
“Amor
à Verdade”
por
Alpheu Gomes O. Campos
Marques Araújo & C. – R. S. Pedro, 216
1927
Acima dissemos, a força fluídica -
trate-se da sua exteriorização, quer do seu emprego - varia com as disposições
mentais de cada um. Certo, uma educação mais ou menos longa dessa faculdade é
necessária; mas a vontade é o seu primeiro regulador, notadamente no tocante
aos efeitos.
Muita e utilíssima pode aos
Trabalhadores fornecer quem se interesse pelo alívio e esclarecimento do
próximo, quem procure sentir a doutrina e sublimar a caridade. Nas vibrações de
nosso ser os Grandes leem maravilhosamente. Conhecedores da lei, respeitam
nosso livre arbítrio. Só tomam de quem quer dar, só se valem de quem quer
servir. Todos podemos, na medida do nosso desenvolvimento; por na salva (bandeja) de queridos
antepassados um óbulo de luz com que esclarecer e salvar uma infinidade de
irmãos retardatários. Todos podemos, na medida do nosso esforço em
moralizar-nos, fornecer elementos para calar muito gemido. Um semelhante sofre?
A seu lado, produzindo ou agravando o mal, existem sombras, que o punem de
remotas injúrias. - Quereis valer-lhes? Rogai por eles. Substituindo pela fé os
passes muito em voga, rogai por todos, pelo doente e pelos desencarnados. Os
Luzeiros do astral baixarão e, tendo utilizado os vossos fluidos, já serenaram
aquela agonia, já reconduziram estes operários, deitando bênçãos sobre quem
Ihes deu força para trabalhar e mais ainda subir.
O anverso agora. Sabemo-la por
instruções também dos nossos Guias. O que para tanto préstimo não busca
habilitar-se e deixa a toa tamanha riqueza, mais do que pode imaginar comete
falta. É malefício deixar de fazer o bem possível. - Uma falta pequena,
dir-se-á, uma falta por omissão... Engano! Para todas as suas obras ajudam-se
os invisíveis de nossos
fluidos. Quem, por amor, não os empresta aos divinos obreiros, cede-os
fatalmente aos frívolos e maus. Estes a nada respeitam; para as suas peças e
maldades só não podem retirá-las daqueles que, por uma longa e severa
disciplina do pensamento, vão assegurando
a assistência das almas boas. Desaproveitados é que não ficam os eflúvios do
corpo humano: cristãos de verdade, oferecemo-los para o Bem; fúteis ou
indiferentes, prodigalizamo-los para o Mal.
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