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“Amor
à Verdade”
por
Alpheu Gomes O. Campos
Marques Araújo & C. – R. S. Pedro, 216
1927
Pondo a mira em executar nossos
deveres, caminhando e expiando os delitos de passadas encarnações, um dia, pela
escrita, recebemos a um dos nossos Educadores, que nos disse correrem
satisfatoriamente os trabalhos. Entre carinhosos conselhos, deu-nos a ver a
obrigação de propagarmos tudo aquilo que obtínhamos. “Guardá-lo tanto montava como
colocar a luz em baixo do alqueire. A atmosfera, ao receber os raios solares,
difunde-os, levando a claridade a pontos mui distantes. Assim a verdade vem por
um, mas é para todos. Ninguém vive só por si e para si. A todo o que se
interessa realmente pela avançada geral, incumbe espargir a ciência adquirida.
A infelicidade dos homens é consectário (consequência) do egoísmo e
desmarcada ambição dos mais ilustrados. Falar, pois, de tais serviços aos
amigos e confrades; demonstrar-lhes como se aproveita para o referido objetivo
a força fluídica dos médiuns de efeitos físicos; conversar amplamente sobre
doutrina assim consoladora que propulsora do progresso. Muitos dentre os homens
trazem os seus
princípios,
abafados, é exato, pela multidão de Infelizes; porém, ao serem chamados,
receberão inspirações para atenderem. Com eles a pouco e pouco formar-se-á um núcleo
capaz de acarrear muita prosperidade ao povo”.
Colineando (alinhando) esses conselhos, sempre que se apresentava
oportunidade, versávamos com uns generalidades da doutrina, e com outros, já seu
tanto enfronhados nela, a particularidade dos trabalhos.
Ao toque de reunir acudiu primeiro o
professor Aldo Muylaert. Ao cabo de quase um ano, acompanhava-nos Seraphim de
Almeida, presidente do Grupo Espirita S. João Baptista.
Orando constantemente pelo médium
que desgarrara, conseguimos, com esforço não pequeno, libertá-lo da falange que
o dominava. Readmitido aos trabalhos, segundo instruções dos Guias, veio de
novo a cair, ao fim de alguns meses, por não aguentar a prova a que a Suprema
Sabedoria houve por bem submetê-lo.
Nunca tiveram nossas sessões assistência
superior a dez pessoas, cláusula imprescindível para boa concentração e
melhores resultados.
Ademais doutros, menos assíduos,
presentemente são nossos companheiros: Aldo Muylaert, catedrático do Lyceu e
Escola Normal de Campos ; Dr. Renato Machado, médico; Seraphim de Almeida,
industrial; Dr. Obertal Chaves, promotor público da comarca; José
Martins Manhães, farmacêutico; Waldebrando Rossi, artista; Leovigildo Leal,
guarda-lívros; Antonio Rangel de Souza, poeta.
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