O Administrador Infiel - Parábola /
Nenhum Servo Pode Servir a dois Senhores
16,10 “ -Aquele que é fiel nas coisas
pequenas, será também fiel nas coisas grandes. E, quem é injusto nas coisas
pequenas, ser-lo-á também nas grandes;
16,11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas ilusórias, quem vos
confiará as verdadeiras?
16,12 E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará
o que é vosso?
16,13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: Ou há que odiar
a um e amar o outro ou há de aderir
a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” 16,14 Ora,
ouviam tudo isso os fariseus, que eram avarentos e zombavam dele.
16,15 Jesus
disse-lhes: “ -Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas,
Deus vos conhece os corações, pois o que
é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.”
16,16 A lei e
os profetas duraram até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus e cada um
faz esforços para aí entrar
16,17 mais facilmente, porém, é mais fácil passar o
céu e a terra, do que se perder uma só letra da lei.
16,18 Todo o que abandonar sua mulher e casar com
outra, comete adultério; e quem casar com a mulher rejeitada comete adultério
também.”
Para
Lc (16,13) -Nenhum Servo Pode Servir a Dois Senhores -,
“Caminho, Verdade e Vida”, de
Emmanuel por Chico Xavier, nos fornece a orientação:
“Se os cristãos de todos os tempos
encontraram dolorosas situações de perplexidade nas estradas do mundo é que,
depois dos apóstolos e dos mártires, a maioria tem cooperado na divulgação de
falsos sentimentos, com respeito ao Senhor a que devem servir.
Como o Reino do Cristo ainda não é
da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo, a um só tempo. O vício e o
dever não se aliam na marcha diária. Que dizer de um homem que pretenda dirigir
dois centros de atividade antagônica, em simultâneo esforço?
Cristo é a linha central de nossas
cogitações.
Ele é o Senhor único, depois de
Deus, para os filhos da Terra, com direitos inalienáveis, porquanto é a nossa
luz do primeiro dia evolutivo e adquiriu-nos para a redenção com os sacrifícios
de seu amor.
Somos servos d’Ele. Precisamos
atender-lhe aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário
não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim,
transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta,
em cédula de trabalho do Cristo.
A
tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório
da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos
semelhantes os seus divinos benefícios.”
Ainda para Lc (16,13) -Nenhum Servo Pode Servir a Dois Senhores -
cabe, agora, aprender com a palavra de André Luiz por Waldo Vieira, em “Conduta
Espírita”:
“Conduta Espírita nos Embates políticos...
-Situar em posição clara e definida
as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os
deveres para com o Senhor. Só o Espírito possui eternidade.
-Distanciar-se do partidarismo
extremado. Paixão em campo, sombra em torno.
-Em
nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda
política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade. O
despistamento favorece a dominação do mal.
-Cumprir os deveres de cidadão e
eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da
própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei. O
discernimento é caminho para o acerto.
-Repelir
acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem
defender os princípios doutrinários ou aliciar votos ou solidariedade a
partidos e candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente
terrenos.
-Não comerciar com o voto dos
companheiros de ideal, sobre quem a palavra ou cooperação possam exercer alguma
influência. A fé nunca será produto para mercado humano.
-Por nenhum pretexto, condenar
aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de
interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam
satisfatoriamente dos compromissos assumidos. Para que o bem se faça, é preciso
que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica.
Impedir palestra e discussões de ordem
política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço
de evangelização é tarefa essencial. A rigor, não há representantes oficiais do
Espiritismo em setor algum da política humana.”
Para Lc
(16,18) -Casamento
e divórcio - leiamos um
pequeno trecho de autoria de Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas”(Ed. FEB):
“Relativamente ao divórcio, o
objetivo imediato do ensino de Jesus foi impedir se multiplicasse o número de
mulheres repudiadas sob os mais fúteis pretextos, como era de costume entre os
judeus, mediante a carta de divórcio que Moisés permitira.
Nem foi com objetivo diverso que, doutra
feita, apoiando-se na letra da Gênese, se referiu figuradamente, à criação
inicial de um homem e de uma mulher, para origem da Humanidade, a fim de
concluir recomendando não se separasse o que Deus unira.
De fato, o homem não deve equiparar-se ao
bruto, tendo a mulher apenas como meio de satisfazer aos seus apetites
materiais, ao instinto da procriação. Cumpre-lhe, ao contrário, considerá-la o que
ela realmente é - um Espírito criado como o dele, a este em tudo semelhante e
posto na Terra, pela encarnação, para também expiar e resgatar faltas,
depurar-se, progredir, suportando, do mesmo modo que ele, os trabalhos e, como
ele, gozando das alegrias que lhe proporcione a vida humana.”
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