sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O administrador infiel \ Nenhum servo pode servir a dois senhores



O Administrador Infiel - Parábola  /
        Nenhum Servo Pode Servir a dois Senhores                  

16,10 “ -Aquele que é fiel nas coisas pequenas, será também fiel nas coisas grandes. E, quem é injusto nas coisas pequenas, ser-lo-á também nas grandes;       
16,11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas ilusórias, quem vos confiará as verdadeiras? 
16,12 E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 
16,13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: Ou há que odiar a um e amar o       outro ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” 16,14 Ora, ouviam tudo isso os fariseus, que eram avarentos e zombavam dele. 
16,15 Jesus disse-lhes: “ -Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas, Deus  vos conhece os corações, pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.” 
16,16 A lei e os profetas duraram até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus e cada um faz esforços para aí entrar 
16,17 mais facilmente, porém, é mais fácil passar o céu e a terra, do que se perder uma só letra da lei. 
16,18  Todo o que abandonar sua mulher e casar com outra, comete adultério; e quem casar com a mulher rejeitada comete adultério também.”  

         Para Lc (16,13) -Nenhum Servo Pode Servir a Dois Senhores -,  “Caminho, Verdade e  Vida”, de Emmanuel por Chico Xavier, nos fornece a orientação: 

            “Se os cristãos de todos os tempos encontraram dolorosas situações de perplexidade nas estradas do mundo é que, depois dos apóstolos e dos mártires, a maioria tem cooperado na divulgação de falsos sentimentos, com respeito ao Senhor a que devem servir.

            Como o Reino do Cristo ainda não é da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo, a um só tempo. O vício e o dever não se aliam na marcha diária. Que dizer de um homem que pretenda dirigir dois centros de atividade antagônica, em simultâneo esforço?

            Cristo é a linha central de nossas cogitações.

            Ele é o Senhor único, depois de Deus, para os filhos da Terra, com direitos inalienáveis, porquanto é a nossa luz do primeiro dia evolutivo e adquiriu-nos para a redenção com os sacrifícios de seu amor.

            Somos servos d’Ele. Precisamos atender-lhe aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta, em cédula de trabalho do Cristo.

            A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios.”

            Ainda para Lc (16,13) -Nenhum Servo Pode Servir a Dois Senhores  - cabe, agora, aprender com a palavra de André Luiz por Waldo Vieira, em “Conduta Espírita”:

“Conduta Espírita nos Embates políticos...

            -Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor. Só o Espírito possui eternidade.

            -Distanciar-se do partidarismo extremado. Paixão em campo, sombra em torno.

            -Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade. O despistamento favorece a dominação do mal.

            -Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei. O discernimento é caminho para o acerto.

            -Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar votos ou solidariedade a partidos e candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.

            -Não comerciar com o voto dos companheiros de ideal, sobre quem a palavra ou cooperação possam exercer alguma influência. A fé nunca será produto para mercado humano.

            -Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos. Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica.

            Impedir palestra e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial. A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana.”

            Para  Lc (16,18)  -Casamento e divórcio - leiamos um pequeno trecho de autoria de Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas”(Ed. FEB):

            “Relativamente ao divórcio, o objetivo imediato do ensino de Jesus foi impedir se multiplicasse o número de mulheres repudiadas sob os mais fúteis pretextos, como era de costume entre os judeus, mediante a carta de divórcio que Moisés permitira.

             Nem foi com objetivo diverso que, doutra feita, apoiando-se na letra da Gênese, se referiu figuradamente, à criação inicial de um homem e de uma mulher, para origem da Humanidade, a fim de concluir recomendando não se separasse o que Deus unira.

             De fato, o homem não deve equiparar-se ao bruto, tendo a mulher apenas como meio de satisfazer aos seus apetites materiais, ao instinto da procriação. Cumpre-lhe, ao contrário, considerá-la    o que ela realmente é - um Espírito criado como o dele, a este em tudo semelhante e posto na Terra, pela encarnação, para também expiar e resgatar faltas, depurar-se, progredir, suportando, do mesmo modo que ele, os trabalhos e, como ele, gozando das alegrias que lhe proporcione a vida humana.”     
        

Nenhum comentário:

Postar um comentário